PERO CAPICO foi o primeiro Capitão de São Vicente, segundo declaração do próprio Rei– Capitão de uma das Capitanias do Brasil – (a outra era Itamaracá), trazido por CristóvãoJacques em 1516/17, e levado de volta para Portugal em 1527, por ele mesmo, segundo oAlvará Régio de 15 de julho de 1526 e retornando a São Vicente com Martim Afonso deSousa em 1532, na qualidade de Prático da região e Escrivão da Armada. [1]Varnhagem ainda, publica a respeito deste Pero Capico, o seguinte importante documento: "ÁLVARA DE 15 DE JULHO DE 1526" "Eu El-Rei faço saber a vós, Christovam Jacques, que óra envio por Governador ás partes do Brasil, que Pero Capico, capitão de uma das capitanias do dito Brasil, me enviou dizer que lhe era acabado o tempo de sua capitania e que queria vir para este Reino, e trazer comsigo todas as peças de escravos e mais fa- zendas que tivesse, — hei por bem e me apraz que na primeira caravella ou navio que vier das ditas partes, o deixeis vir, com todas as suas peças de escravos e mais fazendas; comtanto que virão direitamente á Casa da índia, para nella pagarem os direitos de quarto e vin- tena, e o mais a que forem obrigados, na forma qu|e costumam pagar todas as fazendas que veem das so- breditas partes". A Capitania a que se refére o Rei neste alvará é a de S. Vicente, onde permanecera Pero Capico por déz annos, havendo naquella época, alem dessa Capitania apenas mais uma — a de Pernambuco ou Itamaracá — cujo primeiro capitão, nomeado ao mesmo tempo de Capico (1516) fôra o seu próprio fundador Christovam Jacques. Por isso é que diz o Rei: "CAPITÃO DE UMA DAS CAPITANIAS DO BRASIL". Este documento, de inilludivel importância, diz Var- nhagem, que foi, aliás, um dos maiores pesquizadores dos archivos portuguezes, ter sido passado em Almeirim a 15 de Julho de 1526, por Jorge Rodrigues, e achar-se á Fl. 25 do Livro de Reformações (anteriormente chamado de Re- portações) da Casa da índia, e por elle vemos confirmado tudo quanto expendemos sobre a S. Vicente que existiu antes da vinda de Martim Affonso, apenas sem o caracter de villa, mas como Capitania.[2]
, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.
Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE MSS2355) fala- se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.