A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga”
25 de dezembro de 1591, quarta-feira. Há 433 anos
Fontes (2)
A vila de Santos é assaltada e surpreendida por destacamentos do “Roebuck” (capitão Cocke), “Desire and Content” (capitão John Davies) e “Blacke Pinesse”, navios da esquadra do corsário inglês Thomas Cavendish
É sabido, no entanto, pela narração de Anthony Knivet, que em 1591 os ingleses de Thomas Cavendish encontraram em Santos depósitos de ouro levados de Mutinga, onde os portugueses tinham minas. Se está certa a identificação já tentada entre essa Mutinga e um ribeirão que, com o mesmo nome, corre do Jaraguá para o Tietê, desaguando adiante de Osas- co, é forçoso admitir que principiara o serviço de mineração em local mais tarde celebrado pela produção aurífera. Ou então já se tomaria por ouro o que não passava de ogó, numa confusão que se repetirá muitas vezes. ["História Da Civilização Brasileira. Página 277][1]
A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, não fica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente através dos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege, que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido ali o lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio um imenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sobre o solo, estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do que um dedo. Disseram- lhe os índios que aquilo fora milagre e que a rocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais, que o apóstolo falava aos peixes e destes era ouvido. Para a parte do mar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguir pessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igual tamanho". [2]
Outro relato remete aos tamaoios do rio de janeiro que levaram o aventureiro inglês Anthony Knivet ao que hoje é o cabo frio para que testemunhasse as obras do civilizador branco, primeiro mostraram um rochedo de facilita onde segundo a tradição o herói abrirá uma câmara ali ali ele viverá pregando a nova religião. Knivet descreve ainda um outro momento rústico atribuído aos primeiros civilizador branco como eu chamo de sumé uma grande massa de rocha montada sobre quatro pequenos eixos [3]Primeira visão de um Jacaré
“Vi uma coisa imensa saindo da água, com escamas enormes nas costas, garras horríveis e uma cauda muito comprida. Essa fera avançou em minha direção e quando vi que não tinha medos de afugentá-la, decidi enfrentá-la, mas ao me aproximar estanquei espantado por ver uma criatura monstruosa.
Nesse instante a fera parou, abriu a sua bocarra e lançou para fora uma língua tão comprida como um arpão, encomendei a minha alma a Deus esperando ser despedaçado, mas a fera virou-se e voltou para dentro do rio da onde tinha saído e eu continuei pela beira dele.” [0]Os ingleses de Thomas Cavendish encontraram em Santos depósitos de ouro levados de Mutinga, onde os portugueses tinham minas. Se está certa a identificação já tentada entre essa Mutinga e um ribeirão que, com o mesmo nome, corre do Jaraguá para o TietêOs moradores estavam reunidos na igreja, enenhuma resistência puderam opor. Cavendish, que ficara na ilhade São Sebastião, chegou dias depois com o Leicester e o Daintie.Os ingleses fortificaram-se em Santos, incendiaram vários engenhosno caminho de São Vicente e partiram para o sul, ao cabo de doismeses, levando tudo quanto tinha algum valor. Voltaram a Santos noano seguinte; no entanto, todos os que desembarcaram foram mortos,entrando nesse número os capitães Stafford, Southwell e Barker.No Espírito Santo, foram repelidos com grande perda e sofreramainda pequenos reveses na ilha de São Sebastião e na Ilha Grande.Cavendish morreu em viagem, quando regressava para a Inglaterra.As divergências que se notam entre as datas de John Janes (Hackluyt,III, 842 e segs.) e Knivet (Purchas, IV, 1.201 e segs.) resultamprincipalmente da diferença dos calendários juliano e gregoriano. Odia 25 de dezembro, entre os portugueses, que já haviam adotado areforma gregoriana, correspondia ao 15 de dezembro do antigo estilo.Os ingleses só adotaram a reforma em 1752.em 1591, o pirata inglez az Cavendish, tomou e saqueou la de Santos, nella encontrou ouro que os Índios trouxeram 1 logar chamado por elles Mutinga [4]
Deixando o cargo de vereador ficava livre, mais uma vez, Afonso Sardinha para ocupar -se todo, de seus grandes negócios.Muitos anos antes iniciara- se no comércio de múltiplos artigos, quer produzidos na sua fazenda, quer importados. Assim é que do tes:tamento que fizera antes de partir para a guerra declarara que ocapitão Jorge Correia devia-lhe, além de um empréstimo de 10 cruzados, outros 50 provenientes de cincoenta caixas de marme lada e de quarenta alqueires de farinha, que " êle levou a seu cunhado Francisco Rodrigues" . Devia-lhe mais o capitão, quarenta e seis alqueires de farinha, pedidos por intermédio de João Rodrigues, quando do assalto dos piratas inglêses, e mais cinco cargas de vinte e três alqueires, “ que levou seu compadre Francisco Domingues”. [Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, 1969. Página 61]
1° de fonte(s) [24356] Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Data: 1915, ver ano (45 registros)
Á participação de Withall atribui frei Vicente do Salvador as arremetidas dos piratas e corsários ingleses contra as vilas do litoral paulista. Estas, 1588, 1591 e 1591 por Thomas Cavendish. No assalto que o último dirigiu contra São Vicente, ao findar o ano de 1591, levou, além do produto do saque, de acordo com a narrativa de Anthony Knivet, testemunha presencial do feito, boa quantidade de ouro, já explorado pelos portugueses, e que os nativos extraíram da Mutinga (ribeirão de Amaitinga, segundo o dr.F. L. Leite Pereira; garganta de Itutinga, conforme o dr. O. Derby; ou Piratininga, consoante com o dr. J. H. Duarte Pereira).