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relato do padre Andrea Lopez
160006/04/2024 19:48:40

Foi do Paraguai, para onde se passara do Brasil, que o mesmo São Tomé se dirigiu em seguida ao Peru, onde seu prestígio vai sofrer, todavia, a concorrência de outro apóstolo, de São Bartolomeu, que para alguns autores teria igualmente vindo ao Novo Mundo. De Assunção, segundo muitas opiniões, corria o caminho até a famosa lagoa do Paititi, sobre uma dis- tância estimada em duzentas léguas, a qual lagoa assim se chamou por uma corruptela da voz “Pay Tomé”, nome dado ao apóstolo santo. Prosseguindo o dito caminho ia ter ao povo de Garabuco, onde se venerou antigamente uma cruz milagrosa, que muitos pretendiam ser do tempo das andanças de São Tomé 22 . [1]

Em 2001, o arqueólogo italiano Mario Polia descobriu o relatório do padre Andrea Lopez nos arquivos dos jesuítas em Roma. Este relatório falava acerca da misteriosa cidade de Paititi, ou talvez Eldorado – um reino perdido situado nos lados inexplorados das florestas peruanas, na região abrangida pelas densas e hostis selvas amazônicas. Segundo esse relatório, os missionários Jesuítas daqueles tempos, liderados pelo Padre Andrea Lopez, teriam encontrado Paititi, ou Eldorado (segundo descreveram uma cidade adornado pelo ouro, prata e pedras preciosas) e pediram, então, a devida permissão ao Papa para evangelizar os seus habitantes, o que foi de pronto negado e abafado pela Igreja Católica, escondendo ainda a sua localização, de modo a “evitar uma corrida do ouro ao local, e ainda, a eventual ocorrência de uma histeria em massa”. Paitíti (em castelhano, Paytiti ou Paititi) ou Candire é uma cidade lendária supostamente oculta a leste dos Andes, em alguma parte da selva tropical do sudeste do Peru (Madre de Dios), nordeste da Bolivia (Beni ou Pando) ou noroeste do Brasil (Acre, Rondônia ou Mato Grosso), capital de um reino chamado Moxos (em castelhano, Mojos) ou Grande Paitíti (em castelhano, Gran Paititi), governado por um soberano conhecido como Gran Moxo, descendente de um irmão mais novo de Huáscar e Atahuallpa. Outros nomes dados à cidade oculta em alguma parte do sul da Amazônia ou norte do Prata incluem Waipite, Mairubi, Enim, Ambaya, Telan, Yunculo, Conlara, Ruparupa, Picora, Linlín, Tierra dos Musus, Los Caracaraes, Tierra de los Chunchos, Chunguri, Zenú, Meta, Macatoa, Candiré, Niawa, Dodoiba e Supayurca. O mito é semelhante ao de Manoa ou Eldorado, que também seria uma cidade cheia de riquezas que teria servido de refúgio a incas que escaparam da conquista espanhola, mas costuma ser localizada muito mais ao norte, entre a Colômbia e as Guianas. Os dois mitos têm origem comum no sonho de conquistadores de enriquecer repetindo a façanha de Francisco Pizarro, o conquistador dos incas, e influenciaram-se mutuamente, mas o de Paitíti associou-se, em tempos mais recentes, com a nostalgia de povos andinos pelo antigo Império Inca, ganhando conotações nativistas e associando-se ao mito de Inkarri. Quem já procurou Paititi Estes são alguns dos mais conhecidos exploradores que fizeram expedições em busca do Paititi: Carlos Neuenschwander Landa (Peru), médico; Juan Carlos Polentini Wester (Argentina), padre; Gregory Deyermenjian (EUA), psicólogo; Paulino Mamani (Peru), cartógrafo. Estas são as áreas exploradas, como possíveis localizações: a zona fronteiriça entre a Bolívia e o Brasil e a parte oriental do Peru, a leste do rio Vilcanota. Para o historiador Francisco Matias, sobreviventes incas correram para a Amazônia Ocidental brasileira, na vã tentativa de fugir do degolamento que haviam sido condenados pelos espanhóis. “No coração da floresta amazônica, eles construíram um templo e um grande cemitério para onde os sobreviventes levavam os corpos daqueles que eram assassinados”. Ainda conforme Matias, os incas exploravam o minério de estanho (cassiterita), com o qual fabricavam seus ornamentos e peças. Ou seja: há séculos os povos, maia e inca, conheciam a técnica de produzir estanho e cobre. “Também produziam ouro, prata, bronze, rubis, esmeraldas e outras gemas preciosas, e conheciam a técnica de lapidação. Conheciam 144 elementos químicos e a técnica de embalsamar cadáveres”. Quem sabe, os vestígios encontrados entre Rolim de Moura e Alto Alegre dos Parecis evidenciem que tenha sido mesmo aqui o novo território inca, pós-massacre. Avança estudos sobre geoglifos na Zona da Mata, em Rondônia Em Santa Luzia do Oeste, Rondônia – rica em pedras, minérios e geoglifos, a Zona da Mata Rondoniense já não é mais desconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhAN). A presença de pesquisadores vindos de Brasília atende ao pedido do pesquisador, farmacêutico e bioquímico Joaquim Cunha da Silva, descobridor dos geoglifos, artefatos e outras evidências arqueológicas na região, cujo estudo de coordenadas, localização e georreferenciamento já foi colocado no programa Google Earth. “Não há dúvida, isso é milenar”, afirmou o geólogo Amilcar Adamy, ao examinar admirado cada uma das peças. Em Alto Alegre dos Parecis e Santa Luzia, a mais de 500 quilômetros de Porto Velho, a equipe encontrou peças de quartzo e argila em profusão e algumas cuscuzeiras usadas há pelo menos dois mil anos. Em algumas áreas existem amostras de cobre. Anteriormente, Cunha encontrara uma calculadora de pedra, correspondente naqueles primórdios às máquinas de somar nos escritórios de contabilidade e lojas nos anos 50, 60 e 70. Ele brinca: “Se precisarem de provas materiais, além das que já existem, vamos continuar procurando oficinas de cobre do tempo inca; se pesquisarem, um dia ela será encontrada, com certeza”. Trabalhando desde 1972 em Rondônia, desde a época da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), Adamy participa desse reconhecimento. “O que me preocupa é o vandalismo a cada curva dessas estradas”, disse. Com o que concordou o pesquisador do Centro Nacional de Arqueologia do Iphan, Francisco Pugliese. Mulheres das tribos Ajuru, Sakariabiá e Tupari apontaram-lhes Alta Floresta do Oeste como destino das peças arrancadas sem técnica, voluntária ou involuntariamente – resultantes da abertura de pastagens e roçados. Não houve ainda conclusões definitivas a respeito das elevações com geoglifos batizadas de Pirâmides do Condor e da Via Láctea, no município de Alta Floresta do Oeste, tampouco dos morros, das hoakas (supostamente oráculos) e dos objetos de imensurável valor histórico existentes nesta região. A equipe começou a sobrevoar a região agora e até o momento definiu apenas um geoglifo, num dos trechos da rodovia BR-429. Em Alto Alegre dos Parecis a equipe visitou o paranaense Ademir Carraro, na Linha P42, num sítio agrícola, que agora é um sítio arqueológico também. Em 2009, ao gradear as terras, muitas pedras e cerâmicas vieram à flor da terra, entre as quais um pote inteiro com ossos queimados, de procedência indígena. Posteriormente em outro local, ou seja na linha 36, descobriu uma grande vala, “Um buracão que é só cobre”, segundo ele. Iphan espera mais evidências O IPhAN recolheu o resumo dos estudos feitos por Joaquim Cunha, fundamentado principalmente na cosmologia inca, mas ainda tem dúvidas a serem esclarecidas nas próximas pesquisas. Pugliese prometeu retornar à região para um trabalho de campo. Prossegue assim a expectativa a respeito da constatação de que a Zona da Mata e o Vale do Guaporé abrigavam civilizações expulsas do Peru pelos espanhóis há mais de um milênio e que aqui teriam erguido o lendário Reino Gran-Moxo, ou o Paititi. No dialeto Aymara PAI significa Dois e TITI significa a Puma(Onça,Jaguar) O IPhAN ainda não se ateve ao aspecto das escadarias de pedra, cuja perfeição leva a crer terem sido feitas por mãos humanas. A visita inicial à Pirâmide do Condor, por exemplo, foi feita apenas num sobrevoo com o helicóptero do IBAMA. Anteriormente, acompanhado por um grupo de proprietários rurais, Cunha percorrera toda área a pé, fotografando essas escadas, que se assemelham às de Cuzco e Machu-Picchu, no Peru.
*relato do padre Andrea Lopez


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