“Romagens piedosas se fazem àquelas paragens, onde todos quantos se acham onerados pelo peso das doenças e das dores encontram doce lenitivo para suas mágoas.” - 01/01/1938 de ( registros)
“Romagens piedosas se fazem àquelas paragens, onde todos quantos se acham onerados pelo peso das doenças e das dores encontram doce lenitivo para suas mágoas.”
1938. Há 86 anos
Elias Magalhães, escrevendo no Almanaque da Parnaíba de 1938, assim se referiu sobre as romarias ao pétreo símbolo sagrado oeirense:“Romagens piedosas se fazem àquelas paragens, onde todos quantos se acham onerados pelo peso das doenças e das dores encontram doce lenitivo para suas mágoas.”
1° de fonte(s) [k-899] A pegada sagrada de Oeiras, por Reinaldo Coutinho, em Portalpiracuruca.com Data: 7 de março de 2014, ver ano (137 registros)
Nas margens lajeadas do intermitente riacho Pouca Vergonha, uns 70 metros da secular construção de pedras Casa da Pólvora, está o mais intrigante dos mistérios da antiga capital do Piauí, Oeiras, localizada na porção central do Estado, a uns 340 km ao sul de Teresina. Lá, na aconchegante Velhacap (Velha Capital), encontra-se uma pegada indelevelmente marcada num lajedo, conhecida como Pé de Deus ou Pé de Jesus, orientada no sentido oeste-leste.
A marca é de tamanho aproximado da de um homem adulto, embora o calcanhar seja um pouco estreito. Foi feita com sulco de contorno bem regular, apresentando uma suave concavidade em sua palma. Os dedos também foram polidos em concavidade. Estas depressões foram se aprofundando progressivamente com a raspagem da rocha para amuletos por antigos e atuais beatos e curiosos. Ao seu redor, os restos de incontáveis velas que os mais crentes acendem em prece e devoção.
A inabalável marca da devoção se perde na nebulosa noite dos tempos antigos do sertão piauiense. É um dos maiores enigmas do Estado, de origem seguramente pré-cabralina. Elias Magalhães, escrevendo no Almanaque da Parnaíba de 1938, assim se referiu sobre as romarias ao pétreo símbolo sagrado oeirense:
"Romagens piedosas se fazem àquelas paragens, onde todos quantos se acham onerados pelo peso das doenças e das dores encontram doce lenitivo para suas mágoas.”
Os mais idosos oeirenses afirmam que seus bisavós e afins já encontraram gravadas, ali no riacho Pouca Vergonha, aquela impressão mística, hoje objeto de veneração, romaria e curiosidade. Tradição e memórias, passadas de geração a geração por séculos… Uma crença sempre fortalecida e arraigada, e que desafia a cética modernidade…