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Salvador Correia de Sá, Velho, assume o cargo de D. Francisco de Sousa
161404/04/2024 20:09:53

Documentos Históricos
Data: 01/01/1950
Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683. Página 124

Que no ano de 1606 tornou a renovar D. Francisco de Souza as notícias das minas de São Paulo, e morreu neste serviço, fabricando um engenho de ferro (de que há muito é bom). Morreu também um mineiro alemão que levava consigo que ouviu dizer a muitos moradores de São Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer-lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavalo, morrera um e outro.

Que El-Rei de Castela com estas notícias mandara seu avô Salvador Correa de Sá, no ano de 1614, suceder ao mesmo D. Francisco de Souza com as mesmas juridições e mercês (que eram grandes) e em sua companhia um frade Trinetário, que tinha fama de grande mineiro pelo haver sido no Potossi, em sua companhia.
[Documentos Históricos, vol. LXXXVIII, 1950. Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683. Páginas 119 e 120]

Da gestão deste, que durou pouco mais de dois annos,sabe- se apenas que mandou a sua custa uma expedição aGuayrá, em fins de 1611, a preiar indios para a lavra das ininas de Biraçoyaba, tentativa que se mallogrou ante a ener gica repulsa do general d . Antonio Anasco ; e em Agosto de 1612 o governador de Ciudad - Real oppôs resistencia, bem suc cedida em parte, a uma nova arrancada dos paulistas com aquelle mesmo escopo .A metropole , entretanto, nomeou a Salvador Correia de Sá ( o velho ) , em 4 de Novembro de 1613 , para exercer os mesmos poderes de d . Francisco de Sousa na Repartição do Sul .Do pae de Martim de Sá e avò de Salvador Correia de Sá e Benevides pouco dizem os chronistas quanto á actividade desta sua terceira gestão governativa no Brasil ( a primeira foi de 1568 a 1572 e a segunda de 1577 a 1599, ambas no Rio de Janeiro , a qual deve ter -se extendido até 1618. Referem apenas os historiographos, baralhando datas, que elle proveu successivamente, na administração geral das minas de S. Paulo,a seus dois filhos Martim e Gonçalo Correia de Sá , bem como aManuel João Branco .Temos, porém ,sobre tal periodo o depoimento de SalvadorCorreia de Sá e Benevides, prestado em 3 de Maio de 11677,quando este, - que tambem aqui estivera menino, acompawhando o pae e o avó , era membro do Conselho Ultramarino ( doc . cit . , « Rev. do Inst. Hist . e Geogr. Bras. » LXIII ,p . 1 ", 9 ) .Disse elle o seguinte :« Que no anno de 606 , tornou D. Francisco de Sousa arenovar as noticias das minas de S. Paulo , e morreu neste serviço, havendo fabricado um engenho de ferro (de que ha muito é bom ) . Morreu tambem um mineiro allemão que levava comsigo que ouviu dizer a muitos moradores de S. Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer- lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavallo ;morrera um e outro .« Que el - rei de Castella com estas noticias mandara a seu avò Salvador Corrêa de Sáa, no anno de 614, succeder ao mesmo D. Francisco, com as mesmas jurisdicções, e mercês ( que eram grandes ) , e em sua companhia um frade trinitario, que tinha fama de grande mineiro, pelo haver sido no Potossy, em sua companhia.

Que sendo ele conselheiro de 12 para 13 anos, passara ao Brasil, aonde particularmente em São Paulo estiveram por uns cinco anos, fazendo diferentes fundições, e em todas elas achando metais não conhecidos, porque parecia ferro ou cobre, e nem um destes dois generos era.

Vendo-se seu avô atalhado, avisara ao Marquez de Alenquer, que governava este reino, por vezes, pedindo-lhe mineiros, beneficiadores, ensaiadores, e a última vez dando notícias de uma serra chamada Sabarabussú, donde uns moradores que a ela foram, e entre eles um ourives de prata trouxeram uma tomboladeira, dizendo que era de prata que daquela serra tiraram, que ele conselheiro viu, e tem de peso o mesmo que um prato pequeno, e vira tirar. (Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas, 1915. Página 81) [0]

« Que o que se affirma é que ha muito ferro e cobre no rio que vai a metter - se no da Prata, que fica nas costas do Pernaguá para Oeste, muito ouro de lavagem , que naquelle tempo se tirava em quantidade, por haver muitos indios, e elle trouxera um grão de quarenta e oito oitavas ao Marquez V. rei; vendo seu avô que lhe não deferiam com mineiros, se viera a represental - o, e dar noticias do que tinha obrado, com o que ficou em calma por aquella parte » .A expressão « perto de cinco annos » indica bem claramente que o periodo de governo de Salvador Correia de Sá ( o velho)se prolongou até 1618 .Neste anno ( e não a 11 de Junho de 1623, como pretende Porto Seguro, « Historia Geral do Brasil » , II, 1208) é que foi nomeado governador da Repartição do Sul Martim Correia de Sá, cuja administração se extendeu até 1632 .A corða fez expedir , a 18 de Agosto de 1618, um regimento( in Silva Lisboa, op . cit . , II, 355-365 ) , mandando largar aos seus descobridores as terras mineraes das capitanias de S. Paulo e S. Vicente, mediante apenas o pagamento do quinto . Começa esse_documento fazendo referencia ás missões especiaes de d . Francisco de Sousa e Salvador Correia, missões inuteis,« por se não poder por ellas averiguar a certeza das ditas minas,e não se ter tirado dellas proveito algum para a minha Fa zenda » . Usa Taques ( « Informação » , 13) de expressão per feita, quando diz que « tornou o mesmo Senhor a repetir esta graça » , porquanto o acto de 30 de Janeiro de 1619 (in Silva Lisboa, op . cit. , II, 306-338é a simples reedição do regi mento de 15 de Agosto de 1603, analogo, nos seus effeitos, ao de 18 de Agosto de 1618 .Não se verificou augmento algum na expansão desco bridora com a mira de riquezas do sub- sólo, ao tempo da admi nistração de Salvador Correia ou de seus prepostos em S. Paulo . Restam apenas os informes de Taques ( « Nobiliarchia » ,XXXIII, p . 24 , 331-332) quanto á expedição de Antonio Pe droso de Alvarenga, o qual, « formando uma grande tropa á sua custa, com ella penetrou distante de S. Paulo mais de 300 leguas, e se achou em 1616 postado no centro do sertão do grande rio Paraupava ao norte da capitania , que hoje é de Goyazes, e encaminha o curso de suas aguas a sepultal-as no caudaloso rio do Maranhão » . Assevera o illustre linhagista que esta leva foi animada por d . Luís de Sousa, com o in tuito da revelação de minas de ouro ou prata. Si ella porém ,deve o favoneio ao filho de d . Francisco de Sousa, então partiu de S. Paulo em 1613, pelo menos .Dessa época é tambem a longinqua jornada de Antonio Castanho da Silva ( Az . Marques, op . cit ., I, 21 ) . Numa das bandeiras que chefiou de 1618 a 1620 , presumivelmente em busca de riquezas mineraes, internou - se aquelle paulista nos sertões de Cuyabá e foi sair no Perú , onde falleceu a 9 de Fevereiro de 1622, « nas minas de Tataci, provincia dos Chi chas » , segundo Taques (« Nobiliarchia » , XXXIII, p . 24, 214 )
*Salvador Correia de Sá, Velho, assume o cargo de D. Francisco de Sousa

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*Raio-x do Brasil

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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