Documento faz referência a via-crúcis composta de “14 maderos”, a composição da sociedade e outras regras, recordando a carta de obrigações ditada por João Maria no Morro do Campestre
31 de dezembro de 1898
04/04/2024 22:31:23
Essa e outras questões integram a pesquisa do historiador Alexandre de O. Karsburg, o qual desenvolve tese de doutorado que tem o peregrino italiano Giovanni Mã de Agostini como objeto. Seguindo as pistas localizadas por Karsburg, verificou-se que a coleção de documentos digitais da Biblioteca da Universidade do Novo México apresenta interessante documento sobre a constituição de uma sociedade inspirada na pregação de Juan Maria.
O documento, intitulado “Sociedad del Ermitano”, datado de 31 de dezembro de 1898, versa sobre a organização da devoção a Paixão de Cristo e a Virgem Maria, conforme estabelecidas por “Juan Maria Agostiniani” desde 1863. O documento faz referência a via-crúcis composta de “14 maderos”, a composição da sociedade e outras regras, recordando a carta de obrigações ditada por João Maria no Morro do Campestre.
Sua obrigação é escalar o Cerro del Ermitaño todos os anos às vésperas do dia 3 Maio e a primeira sexta-feira de setembro. Em ambas as vésperas é feita a Visita, que consiste em rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, ajoelhando-se diante de cada um as 14 toras, que o Eremita levantava de vez em quando, de cerca de 60 para 90 jardas, e levando ao Calvário feito de três cruzes enormes.
“Chegando ao Calvário reze o Santo Rosário e, no final da oração, acendam-se luzes na margem da colina. Nas manhãs de 3 de maio, e na primeira sexta-feira de setembro a Via-Crucis é recitada com sua considerações e orações, como está nos livros de oração, e passando pelas 14 cruzes até El Calvario, onde o Santo Rosário é recitado. É assim que tudo termina, e o Os membros voltam para suas casas.”
Documento faz referência a via-crúcis composta de “14 maderos”, a composição da sociedade e outras regras, recordando a carta de obrigações ditada por João Maria no Morro do Campestre
Diziam uns que aquilo era o anti-Cristo, que vinha chegando; outros, o enviado celeste para avisar o fim do mundo; outros, ainda que um castigo vindo pela proibição da saída da procissão de João de Camargo, conhecido curandeiro da Estrada da Água Vermelha, a realizar-se ontem e que as terras por sobre as quais ele passasse jamais produziriam o que quer que fosse.
Férteis como são na criação de tais lendas, ficaram, como se vê, imensamente alarmados os matutos dos sítios longínquos da cidade com a aparição do "gavião do diabo", como foi pelos mesmos apelidado, o aparelho do aviador americano. Gavião do Diabo? Anti-Cristo? Mensageiro do fim do mundo? Castigo de João de Camargo? Avião assustou Sorocabanos
“
Duas vezes a morte hei sofrido. Pois morre o pai com o filho morto. Para tamanha dor, não há conforto. Diliu-se em prantos o coração partido. Para que ninguém ouça o meu gemido, encerro-me na sombra do meu horto. Entregue ao pranto ao sofrer absurdo. Querendo ver se vejo o bem perdido! Brota a saudade onde a esperança finda. Sinto na alma ecoar dores de sinos! Só a resignação me resta ainda.
