Uma parte, portanto, com missão povoadora e a outra, punitiva. Tanto o Conselho de Guerra quanto o rei rejeitaram a proposta. Em resposta, o rei afirmou que a divisão exigiria muita estrutura, muita gente e ainda mais mantimentos. Assim sendo, mesmo que a missão se dilatasse em 40 ou 50 dias, a armada deveria levar Pedro Sarmiento ao Estreito, Alonso de Sotomayor ao Chile, passar pelas Ilhas dos Açores e dar a “vuelta pelas Índias” combatendo corsários. [1]No entanto, aos poucos, o Brasil foi ganhando cada vez mais significado naviagem e na missão da armada. Na ocasião da “limpeza” de corsários a se fazer nolitoral sul-americano, o rei enviou através de Valdés uma carta a ser entregue àsautoridades no Brasil. Nela, o rei ordenava às autoridades locais que prendessem eentregassem ao almirante todos os corsários ingleses que já estivessem presos, por “elaviso que se tiene”. O objetivo era trazê-los ao reino para serem julgados. [2]Contudo, a passagem da armada pelo Brasil esbarrava na dúvida quanto aomelhor porto para ancorarem. No Conselho de Guerra, debatia-se onde, na costabrasileira, a armada deveria invernar, e sobre a conveniência de “reduzir” a mesmacosta antes ou depois de cumprir a missão principal de fortificar o Estreito. Algunsconselheiros avisaram ao rei que chegavam notícias reportando que parte da costa doBrasil “no esta reducida al servicio de VM”, e, portanto, convinha “deixar alguna genteen terra y pelear”. Cautelosos diante de qualquer desvio da função principal, elesrecomendavam, se não fosse possível à armada de Valdés reduzir o Brasil ao império,que se mandassem, em separado, pelo menos uma caravela abastecida e algumas nauspara fazê-lo.