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Franca Horta visita Sorocaba
180411/04/2024 00:30:45

O parecer foi feito com o objetivo de responder ao pedido de esclarecimentos realizado pelo Conselho Ultramarino sobre as intenções dos camarários de Sorocaba. Na parte inicial do documento, Franca e Horta apresenta problemas econômicos para a fundação, alegando que a Vila de Sorocaba era muito pobre e com poucas famílias abastadas para manter o recolhimento; fato que poderia ser contestado, pois, com ainstalação do registro de animais, as fortunas locais cresceram (Bacellar, 2001).

A viagem de Franca e Horta aconteceu em 1804, quando ele passou pelas vilas de Itu, Sorocaba e Porto Feliz. Segundo a descrição de sua viagem (Horta, 1906), os motivos do deslocamento teriam sido dois: obter mais informações sobre a construção do novo caminho que ligava Itu à cidade de São Paulo e sobre a fundação de duas Irmandades da Misericórdia – uma em Sorocaba, outra em Itu.

Na mesma narrativa, o governador descreveu os cidadãos das duas vilas como muito honrados e bons servidores do Estado. Como afirmara em seu parecer ao Conselho Ultramarino, durante a viagem, ele não só conhecera Manoela de Santa Clara – e provavelmente seus familiares –, como talvez tenha sido recebido por Salvador de Oliveira Leme, falecido em 1805. Outro ponto importante:

ele visitou o local onde a construção do prédio do Recolhimento de Santa Clara tinha sido iniciada. A historiografia (Algranti, 1993; Almeida, 2003; Azzi, 1983) mostra vários exemplos de recolhimentos que começaram a construção de seus prédios antes mesmo dereceber a autorização régia. Segundo o relato de Franca e Horta, Manoela de Santa Clara coordenava a construção, e ele afirma que o prédio não era adequado por sua construção ser conduzida por uma mulher. [1]

A primeira vez que essas mulheres aparecem claramente é na documentação sobre os pedidos para a fundação de um recolhimento. De forma indireta no parecer, o então capitão-general de São Paulo Franca e Horta apresenta a opinião desfavorável à fundação de um recolhimento na vila.

Resta-me finalmente informar a Vossa Alteza motivos particulares que tiveram estes camaristas para [ileg.] a presente súplica, circunstâncias que pessoalmente examinei, quando por outra diligência que interessava o Real Serviço, me foi preciso chegar à vila de Sorocaba. Existe ali uma insensata mulher, que pelo vaidoso entusiasmo de ser fundadora, e regente, havendo-lhe tocado uma pequena fonte de terras por herança, deu princípio a um edifício com essa destinação.

O terreno onde tem algumas casinhas, e uma asseada capela, suposto tenha capacidade para os ofícios de um recolhimento, falta-lhe, contudo, o essencial, que é o seu interior uma área indispensavelmente [ileg.] para [ileg.] e passeio das Recolhidas, o que é impossível de conseguir-se por achar situado no centro da vila cercado por toda a parte das casas de moradores.

Este informe edifício de taipas de terra, mal construído pela direção daquela mulher, que sem discurso, nem força para a dita obra, não faz mais que levantar este ano, o que no passado se desfez, foi olhando por aqueles homens como um fundo suficiente para o dito recolhimento lisonjeados da esperança de que outros concorreriam com esmolas para o complementarem como se tão débeis fundamentos [ileg.] se pudessem contar alguma coisa [2]
Franca Horta visita Sorocaba


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