Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa
28 de julho de 1591, domingo. Há 434 anos
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No caso dos Capítulos, o perigo não se referia aos arcana imperii, os segredos de Estado, mas ao procedimento tão ou mais arriscado de denunciar a atuação da já poderosa Companhia de Jesus especialmente num momento crítico de recrudescimento da Inquisição na Ibéria cujo alcance chegaria quase simultaneamente ao próprio retorno de Soares ao Brasil, em 1591. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 3]
1° de 2 fonte(s) [27056] Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Data: 1 de julho de 2013, ver ano (126 registros)
Em algum momento entre o seu retorno e fim da sua expedição, o que temia veio a acontecer: o texto que oferecera na corte chegou ao conhecimento dos padres jesuítas. Contudo não chegou a sofrer qualquer consequência direta ou indiretamente, estava certamente muito bem amparado por concessões régias além de envolvido em seu empreendimento tão custoso do qual não retornaria. Não podemos deixar de considerar o fato do primeiro visitador do Santo Ofício em terras brasileiras mancomunar-se com os “homens bons” do lugar, como observou Ronaldo Vainfas (1997:8). As suas acusações não chegam a corresponder à lista dos delitos expostos no Edito de fé e Monitório publicados em Salvador em 28 de julho de 1591, concedendo o período da graça por trinta dias aos seus moradores e arredores. No entanto, como notou Vainfas, a chegada da Primeira visitação do Santo Ofício provocou uma onda de medo, destruiu famílias e amizades. Coincidentemente, o sobrinho indireto de Gabriel Soares foi um dos primeiros delatados. [Página 7]
2° de 2 fonte(s) [28527] O pecado nefando na primeira visitação do Santo Ofício ao Brasil (1591-1595) Ronaldo Manoel Silva Data: 2016, ver ano (148 registros)
Furtado de Mendonça, nosso primeiro visitador, devia ter entre 30 e 40 anos quando veio ao Brasil. Homem de foro nobre, passara por dezesseis investigações de pureza de sangue para se habilitar ao cargo de deputado inquisitorial. Depois de restabelecido dos achaques da viagem, se apresentou ao bispo da Bahia, D. Antônio Barreiros, que lhe prometeu ajudá-lo em tudo o que fosse necessário. No dia 28 de julho de 1591, teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa (VAINFAS, 1997, p. 17-20).
Soleníssima procissão da igreja de Nossa Senhora da Ajuda saiu em direção à Sé Catedral, acompanhada pelo bispo, D. Antônio Barreiros, os da governança e da justiça, clérigos e confrarias. O visitador seguia o cortejo debaixo de um pálio de tela de ouro e, ao entrar na Sé, sentou-se numa cadeira de veludo carmesim, guarnecida de ouro, sob um dossel de damasco também carmesim, junto do altar, ao lado do Evangelho. Em seguida, o chantre, auxiliado por dois cônegos, celebrou o Santo Sacrífico da Missa. Terminada a celebração eucarística, o padre Marçal Beliarte, provincial da Companhia de Jesus, fez a pregação da fé. Após o sermão, subiu ao púlpito o arcediago Baltasar Lopes, com uma capa de asperge de damasco branco e tela de ouro, e com a cabeça descoberta publicou em alta e inteligível voz os éditos da fé e da graça3 e o alvará de Sua Majestade que perdoava o confisco de bens aos que confessassem suas culpas nos 30 dias seguidos do tempo da graça (CONFISSÕES DABAHIA, 1922, p. 11-12).
Na sequência, o visitador se dirigiu ao centro da capela maior e diante de um altar ornado com uma cruz de prata arvorada e quatro castiçais grandes de prata, com velas acesas, e com dois livros missais abertos em cima de almofadas de damasco, sobre os quais estavam deitadas duas cruzes de prata, sentou-se numa cadeira de veludo que lhe foi trazida por um capelão. E permanecendo sentado, fizeram perante ele o juramento da fé, conforme o Regimento, o governador, os juízes, os vereadores e oficiais, ajoelhados com as mãos sobre os missais e cruzes de prata sobre o altar. Em seguida, todo o povo de joelhos e com os olhos fixos na cruz fez o mesmo juramento (ibid., p. 12-13). Furtado de Mendonça impressionava a todos pela pompa e pelo pronto juramento de obediência das autoridades que configuravam até então a máxima representação do poder metropolitano em terras coloniais. Desobedecer ao Visitador Apostólico, significava, na prática, romper com Cristo, com a Igreja e com a Coroa (VIEIRA, 2006, p. 54).
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