Wildcard SSL Certificates
1836
1837
1838
1839
1840
1841
1842
1843
1844
Registros (142)



Ocorre uma longa discussão no senado que traduz, com clareza, dois pontos de vista opostos sobre o futuro da Fábrica
6 de setembro de 184004/04/2024 22:39:56

Em 5 de setembro de 1840, ocorre uma longa discussão no senado quetraduz, com clareza, dois pontos de vista opostos sobre o futuro da Fábrica.70 De umlado, o senador Bernardo Pereira de Vasconcelos, contrário ao gabinete liberal, e,de outro, o ministro da Fazenda Martim Francisco e o senador Vergueiro. Selecionandoalguns pontos interessantes, o debate inicia-se com Vasconcelos afirmando que:esta fábrica tem custado e continuará a custar muito dinheiro ao Tesouro; mas o Tesouronão sabe o que a fábrica vende e parece que se esqueceu dos avultados capitais que alise empregaram; o expediente mais acertado era a alienação da fábrica de Ipanema: seesta fábrica se ocupasse ao menos de armamentos, eu, nesse caso, quereria que fosseconservada, ainda que o Tesouro público não tivesse lucro, ainda mesmo que fosse muitoprejudicado porque, em matéria de tanta monta, não convém que fiquemos dependentesdo estrangeiro, não devemos esperar do fornecimento do comércio as armas necessáriaspara defesa do País; mas a fábrica de Ipanema, como acabamos de ouvir, é fábrica industrial, é um estabelecimento que, pela natureza, deve pertencer a um particular.71Vasconcelos ignorava que a Fábrica fornecia munição para o Exército. Porexemplo, em maio de 1837, o almoxarife de Ipanema reportou o envio para oArsenal de Guerra do Rio de Janeiro de 4.156 kg de projéteis de artilharia dediferentes tipos, inclusive granadas ocas.72 Naquela sessão do Senado, o ministroMartim Francisco respondeu que toda fábrica exige algum tempo para se firmar edar lucro, que Ipanema fabrica e vende todos os tipos de produto de ferro e que,se ainda não dá muito rendimento, é porque lhe falta carvão, por faltar demarcarárea, e o diretor diz que faltam braços. O senador Vergueiro veio em apoio:Esta fábrica não precisaria outro socorro do Estado senão a desapropriação das matas,para não ficar aquele estabelecimento isolado e sem recurso algum de carvão e não se verna necessidade de ir à grande distância buscar combustível, o que não faria conta; mas,havendo uma certa extensão de matas, está visto que nunca terá falta de carvão, pois quese vão fazendo os cortes anuais com método, e, quando se chega à última mata, as primeiras que serviram estão em termos de produzirem carvão; bom seria que houvesse uma minade carvão de pedra; conforme o carvão de que se usa e o ferro melhor ou pior, e a razãoda diferença que há entre o ferro inglês e o da Suécia é porque um é fundido com carvãode pedra e outro com carvão de madeira; convém estabelecer ali uma escola de indústriatanto de extração como de manufaturação. É para esse fim que deve ser conservada e, porisso, convido o nobre ministro da Guerra a que procure nacionalizá-la, perpetuá-la, metendo ali aprendizes nacionais.O senador conde de Lages, que fora o ministro da guerra que aprovara oinvestimento associado à viagem para a Europa, acrescentou que o diretor propôsao governo um estabelecimento filial para construção de máquinas, no qual sepoderiam fazer armas, instrumentos bélicos e mais petrechos militares, até mesmobarcos de vapor. O assunto estava, portanto, bem colocado em vários aspectos etinha o apoio do ministro da Fazenda.
Ocorre uma longa discussão no senado que traduz, com clareza, dois pontos de vista opostos sobre o futuro da Fábrica

Relacionamentos
-
Cidades (1)
testeSorocaba/SP10973 registros
-
Temas (1)
testeFazenda Ipanema
414 registros
Você sabia?
Como explicar a colonização ter iniciado-se na América e não na África? A África era mais próxima e a conheciam melhor. O périplo africano inicia por volta de 1412, com a tomada de Ceuta. A viagem de Vasco da Gama foi 1497 e a de Bartholomeu Dias em 1499. Ou seja, temos quase 1 século de conhecimento da África. Mas a colonização deu-se na África, mas sim na América.
*“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8

344
É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.
erro
erro registros


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP