Bloem escreveu uma carta ao ministro da Marinha, em 27 de abril de 1840, propondo que fosse criada uma oficina de construção de barcas de vapor e fundição de objetos bélicos, e o melhor lugar seria num porto no rio Juquiá, na província de São Paulo. [1]
Naquele mesmo dia 27 de abril de 1840, Bloem escreveu uma outra carta para o Ministério da Guerra, informando que enviara a proposta acima ao Ministério da Marinha, e que tinha um plano para fundir canhões:
“Eu mandei fazer, há tempos, um modelo de uma peça de calibre 6 pela forma ordinária para uso da Armada. Vou experimentar a broquear no mesmo modelo e quero adaptar para calibre, pois julgo que o nosso ferro é tão bom, que resistirá a toda prova; examinados e experimentados, os farei conduzir para a Corte; julgo que se deva adaptar a artilharia ao sistema do general Blomefield, que ele inventou quando diretor da fundição de artilharia no arsenal de Woolwich, pois dão melhor resultado, são mais cômodos no manejo, por que são de menos peso de metal, e curtas, por este motivo preferível por fazer menos peso sobre os lados externos dos navios que, por consequência, não joga tanto”. [2]
Os canhões de Ipanema: tecnologia, indústria, logística e política em 1840