Antes de 1680 eram sertanistas caçadores de índios, por exemplo, Braz Teves e seu sôgro, o primeiro Pascoal Moreira Cabral
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Memória Histórica de Sorocaba II
Data: 01/01/1970
Créditos: Aluísio de Almeida
Página 79
caçar índios, mas todos viviam sob o ciclo econômico das bandeiras, porque sem os índios capturados e seus descendentesnão havia fazendas e sítios maiores que dão vida aos pequenos comerciantes e artesãos da cidade e agregados da roça,nem entrava algum dinheiro amoedado para a circulação poisinfelizmente, o escravo era também vendido para fora. Custava20 mil réis por cabeça . O algodão era para consumo local, como os mantimentos. Sobrava pouco gado vacum para tangerpara São Paulo e Parnaíba, onde Guilherme Pompeu, o pai efilho, compravam para revender.Antes de 1680 eram sertanistas caçadores de índios, por exemplo, Braz Teves e seu sôgro, o primeiro Pascoal Moreira Cabral. Com os índios já cristãos e mansos caçavam-se outros: eram os "arcos" dos "potentados". Os Moreira e Domingues, os Pais, André de Zunega, nasceram nessa lida, na qualse enterraram até o pescoço
Antes de 1680 eram sertanistas caçadores de índios, por exemplo, Braz Teves e seu sôgro, o primeiro Pascoal Moreira Cabral
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
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É a ciência feita de suor como dissemos. Temos sobressaltos de lógica, temos anos de indagações não respondidas, temos frustrações, temos horas de arrancar os cabelos, mas o verdadeiro poder do gênio é a força de vontade para fazer todos os erros necessários para chegar a resposta.