A propósito convém lembrar, que, Anchieta, que melhor do que ninguém poderia escrever bem o nóme da primitiva gente de São Paulo, que o secundava nos trabalhos iniciaes de Piratininga, escreveu: GUAIANÃ, preferindo a orthoépia mais approximada da enunciação aborígene e da verdade etymológica, como a orthographia mais digna de ser trans- mittida á posteridade. Não o comprehenderam, porem, os homens das nóvas gerações, e, assim attribuiram á palavra origens várias como á própria gente que ella designava. (Página 115) [0]
Este é o nome primitivo, brasílico, da ilha de S. Vicente onde assenta a cidade de Santos, como se vê na escriptura das primeiras terras doadas a Pero de Góes, em 1532. Gohayó é corruptéla de GU-AÍ-ÓG "cortada, despegada"; de GU — reciproco — Aí — "despegar, abrir, separar", e ÓG — "cortar, arrancar", sendo que os verbos Aí e ÓG apparécem unidos para exprimirem separação por força. Allusivo a ter .sido a ilha, separada do continente pela força e pressão das aguas ou por algum phenómeno sismico occorrido no correr dos séculos.
Deste nome saiu a denominação GUAIANAZES havida pelos indígenas originários da região, os famósos GUAIANÂ das cartas de Anchieta, que tão marcante papel tiveram em toda a antiga Capitania de São Vicente.
O nóme São Vicente, como já demonstrámos no Capitulo próprio, foi dado á mesma ilha, em 1502, a 22 de Janeiro desse anno, por Américo Vespucio, o célebre florentino, cos- mógrapho da Expedição official de André Gonçalves, quan- do elle denominou o actual estuário santista, de "Rio de São Vicente". (Página 104) [0]
Itororó - Nome da fonte histórica junto á qual se estabeleceram Paschoal Fernandes e Domingos Pires, os dois principais fundadores da cidade, logo após a chegada de Martim Afonso de Souza. Ficava como fica ainda hoje (1937), na encosta do Morro de São Jerônimo, nome depois trocado pelo de Monte Serrate, desde que se construiu entre os anos de 1603 e 1605, a ermida de Nossa Senhora de Montserrat. (Página 110) [0]
Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.
Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (História do Brasil, História de São Paulo, História de Santos, 1937. Francisco Martins dos Santos. Página 268) [0]
*Francisco Martins dos Santos também concordava com a tese segundo a qual o Bacharel de Cananeia se chamava Cosme Fernandes, ao qual nome era precedido o título de Bacharel Mestre. Em sua “História de Santos”, Martins afirma ter sido ele o primeiro a identificar o Bacharel como sendo Mestre Cosme FernandesFrancisco Martins dos Santos também concordava com a tese segundo a qual o Bacharel de Cananeia se chamava Cosme Fernandes, ao qual nome era precedido o título de Bacharel Mestre. Em sua “História de Santos”, Martins afirma ter sido ele o primeiro a identificar o Bacharel como sendo Mestre Cosme Fernandes, isso no ano de 1937. [2] |
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