Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
Data: 01/01/1883
Créditos: Capistrano de Abreu
Página 104
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*Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Ped...
De S. Paulo, as bandeiras são numerosas. Diz o epitáfio de Braz Cubas que este descobriu ouro no ano de 1560. Em 1562 sabemos que João Ramalho foi por capitão das guerras contra os Indios do Parahiba.
*“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carv...
Mem de Sá havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolhendo então para cabo da expedição nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjuntamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560.
Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o município de Apyahy ou Paranapanema. O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.
Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).
Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mór Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino.
Mogi da Cruzes foi fundada por Brás Cubas a 1o. de setembro de 1560, elevada á categoria de vila em 18 de agosto de 1611 e à de município em 15 de março de 1855. Tinha anteriormente o nome de Santa Ana de Mogi da Cruzes.
*“Gaspar Vaz, fundador de Moji das Cruzes”. Isaac Grinberg
Gaspar Vaz Guedes foi um bandeirante paulista, fundador do povoado que viria a ser a cidade de Mogi das Cruzes. Vaz abriu o primeiro caminho que ligaria o povoado a São Paulo de Piratininga em 1560. Seu filho, Antônio Vaz Cardoso foi casado com Filipa da Cunha Gago, filha de Henrique da Cunha Gago e Catarina de Uñate.
*“Edição de documentos oitocentistas e estudo da variedade linguí...
Dois personagens fundamentais iniciaram a povoação de Parnaíba: Suzana Dias e seu marido Manoel Fernandes Ramos. Durante a administração de Mem de Sá, terceiro governador - geral do Brasil, no século XVI, por volta de 1560, a bandeira de Jerônimo Leitão foi defender a Vila de São Paulo de Piratininga (São Paulo atual) dos assaltos das tribos vizinhas a ela. Manoel Fernandes Ramos pertenceu a esta bandeira que, desmatando o sertão que existia depois da Vila de São Paulo, resolveu estabelecer-se próximo a uma cachoeira de nome “Cachoeira do Inferno”, devido ao barulho do movimento das águas batendo nas rochas ser assustador e violento. Em sua fazenda, mandou construir uma capela em louvor a Santo Antônio, cuja estrutura frágil não resistiu às constantes enchentes do rio Tietê e ruiu.
Governo do Estado de SP - Secretário de Turismo e Viagens
O povoado que viria a se tornar Mogi das Cruzes foi fundado em 1 de setembro de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre a capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à "Vila", com o nome "Vila de Sant´Ana de Mogi Mirim". O fato foi oficializado em 1º de setembro de 1611. [Governo do Estado de SP - Secretário de Turismo e Viagens. Consultado em 08.05.2022 turismo.sp.gov.br]
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202