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48
Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.
1948


Além de Belchior Dias, Francisco Nunes Cubas, Francisco Nunes Cuba( descendente de Braz Cubas, teria sido o genro deManuel Preto, Antônio Luiz Orou, Rafael de Proença É posslvel, também, que, esse Proença seja neto de Braz Cubas, filho de Paulo de Proença e de Isabel Cubas.


Os irmãos André e Domingos Fernandes participam da bandeira de Nicolau Barreto a Guairá (sem confirmação)

Saiu de São Paulo para buscar e trazer índios, Nicolau Barreto com o pretexto de buscar minas e levou em sua companhia 270 portugueses e três clérigos. Sem confirmação.

Começaram, pois, os aprestos da nova expedição, antes mesmo que, chegassem ao povoado os componentes da entrada de Leão.Só o fáto da entrada de Barreto apresentar-se, no fim do ano, para penetrar no sertão, nos traz, pelo menos, um indício longínquo de que a região a a ser trilhada pelos expedicionários não seria a de temperatura mais elevada nos mêses do verão, que se aproximava, e sim a que .tivesse mais amenidade de clima, durante essa fase estacionai.

Ora, as regiões ao norte do trópico, à medida que se aproximam do Equador, vão tendo mais quentes os mêses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Os paulistas, compreendendo que lhes seria muito mais agradável fugir a essas intempéries, oriundas do calor intenso, faziam suas expedições, buscando as terras sulinas, justamente quando êsses mêses se aproximavam, e objetivando as plagas do Norte, quando tinham precisão de mais calor nas atmosferas, que iam. ser atravessadas.

Assim, logo à primeira vista, temos um indicio de que a região a ser atravessada pelos expedicionários paulistas, que Dom Francisco de Sousa ia partir para o sertão, não seria ao norte do vilarejo planaltino.

Ao conhecer-se a composição da bandeira, que seria chefiada por Nicolau Barreto depara-se Fºm . outro indício de que a região a ser trilhada pela expedição não seria a nortista, como até então havia sido do pensamento geral (Azevedo Marques, Silva Leme Alfredo Êllis Junior e outros), mas a sulina, ou antes, a de sudoeste, porque era nessa direção que se localisava o abundante celeiro de índios mansos de Guairá, região que seria, pela quantidade humana, elevada a uma das provf ncias do Império teocrático-guarani, que se erigia em território castelhano (27):

Essa bandeira de Barreto compreendia cêrca de 300 lusos, paulistas e mamelucos, além de alguns milhares de índios flecheiros. Fôram, nessa ocasião, com Barreto, todos os futuros grandes vultos do bandeirismo da primeira metade de seiscentismo, a época heróica dessa epopéia.

Graças à organização militar que Dom Francisco deu às empreitadas de penetração bandeirante,a tropa estava bem repartida, com seus serviços em ordem, desemelhando-se, nesse particular, do que fôram, no quinhentismo, as expedições dêsse gênero.

Derby, no seu trabalho, a propósito dêsse feito do sertanismo, publicou, na "Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo", vol. VIII, pág. 401, uma nominata de componentes dessa leva, mas eu, graças à documentação municipal ("Atas", vol. II, pág. 126) e ao inventário de. Martins Rodrigues Tenório, do qual consta o testamento do mesmo, feito no sertão ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 21 a 27), conseguí elaborar uma nominata · um pouco mais completa, que consta dos seguintes nomes (28):

(27) Oualr4, nessa ocasião ainda não estava salpicada de reduçlle1, 11 quais, só em 1610, começaram a ser fundadas (Sto. lgnaclo menl), mas desde o século anterior os paulistas vergastavam os lndlos da re- &lão, apresando-os, (Taun ay, "Hlst. (}era/" , vol. 1).(28) Salvador Pires de Medeiros é um dos expediclonArlos da bandeira de Nicolau Barreto, Teria nascido, aproximadamente, em 1580, sendo filho de Salvador Pires-o-Moço e de Mecla Ussú (Silva Lerne, lac. clt.), tendo., portanto, sani:ue lndlgena. A propósito dêle, diz Silva Leme, toe. clt., vol. 1, pág. 123:

"A seu respeito, escreveu Pedra Taques: "Foi capltlia da gente deS . Pauto pelos annos de 1620 coma pessoa das principais da terra, quea.,tm II declara na pat,nt, rtilltrada na Camara de S. Paulo. Fol 1 "Meio século de bandeirismo 55Aleixo Leme, Antônio Luiz Orou (28 .. )

Antônio Bicudo
Antônio Pedroso (deve ser/ o de Alvarenga)
Antônio Pinto
Antônio de Andrade
Antônio Rodrigues Velho
André de Escudeiro
Ascenço Ribeiro
Braz Gonçalves-o-Velho e seu filho Braz Gonçalves-o-Moço
Baltasar Gonçalves
Baltasar de Godói
Bento Fernandes
Domingos Barbosa
Domingos Dias-o-moço
Domingos Fernandes (o mameluco fundador de ltú, filho de Manuel Fernandes Ramos?)
Domingos Gonçalves
Domingos Pareda, Duarte Machado
Estêvão Ribeiro
Francisco Alvarenga, Geraldo Correia, Henrique da Cunha Gago-o-Velho, João Berna!, JoãoDias, João Gago da Cunha-o,Velho, João Morzelho, João Jorge ( deve ser Jorge João, ao qual se refere Carvalho Franco, loc. cit., pág. 21), Jorge Rodrigues,José Gaspar Sanches
Lourenço da Costa
Lourenço Nunes
Luiz Eanes,
Manuel Afonso, Manuel Chaves
Manuel Mendes Alemão (Jacques Oalte)
Manuel de Saveral, MateusGomes, Mateus Neto
Nicolau Barreto (cabo da tropa)
Manuel Pais
Manuel Preto (o futuro herói de Guairá)
Nicolau Machado
Pascoal Leite Furtado
Paulo Guimarães
Pero Leme, Velho (genro de João do Prado)
Pero Martins
Pero Nunes
Rafael de Proença
Salvador Pires de Medeiros (grande sertanista do século XVII), Simão Leitão, Simão Borges de Ce~queira( que Carvalho Franco inclue, também, entre os· cpmpanheiros de Dom Francisco), Sebastião Pires Caieiro
Antônio Gonçalves Daví, Diogo de 01iveira Gago,Francisco de Siqueíra, Francisco Ferreira, FranciscoAlvares Correia (não nos está dizendo qualquer coisaa similitude com o nome do Caramurú, da Baia, deonde veio Dom Francisco?), Francisco Nunes Cuba (descendente de Braz Cubas, teria sido o genro de Manuel Preto?)
Manuel Machado
Miguel Gonçalves
Martim Rodrigues Tenório.

( O Bandeirismo Paulistae o Recuo do Meridiano, 1.ª edição, pág. 75).(SIiva Leme, toe. clt., vol. VII, pig. 224). É verdade que, em Slo Paulohavia outras estirpes, desse nome!••••Creio que, Baltasar de Godói, da lista citada, o castelhano vindodepois de 1580, que aqui se casou com Paula Moreira (apud S11va Leme,vol. VI, pég. 3, loc. clt.), pois o filho dêsse casal, e que teve êssec mesmo nome, só deveria ter nascido depois da chegada da expedição de Barreto, cm 1604, porquanto faleceu em 1679 e, segundo todas pro- babilidades, deveria ter, então, 7!! anos de Idade.• • •O nome de Pedro ,Leme faz crer que ae trate do filho mais velhode Leonor Leme e de Braz Esteves, devendo ter nascido, aproximadamente, em 1570, (SIiva Leme, loc. clt., vol. li, pég. 186), para ter,por ocasião da bandeira de Barreto, cêrca de 32 anos.



Qanto ao nome de Rafael de Proença, da ata citada, nlo conse- gui ldcntlflcé-lo, pois SIiva Leme não menciona hsc apelido. É possível que, se trate de algum filho de Antonio Proença, o moço fldall{o da Camara do lnlante Dom Luiz, que se teria casado, entre 1564 e 1565, com Maria Castanho, tendo sido, portantll, Irmão de Francisco Proença, que, no governo de Dom Francisco de Sousa, desempenhou Importante atividade.
Nada encontrei, também, no mesmo autor, em outro parte do seu monumental trabalho (o tlt. Cubas), que pudesse conduzir-nos a uma conclusão plauslvcl.

É posslvel, também, que, esse Proença seja neto de Braz Cubas, filho de Paulo de Proença e de Isabel Cubas.

Tudo me leva a crer que, o Simão Borges de Cerqueira, da lista citada tenha sido o velho dEsse nome, aqui aportado com Dom Francisco, em fins do quinhentismo, pois seu filho, desse mesmo nome, só mais tarde ficou em Idade de entrar no sertão.

Por ocasião da expedição de Barretto teria o ll!ho cerca de 2 anos, Quanto a Diogo de Oliveira Oago, penso ter sido o filho mais novo do cavaleiro fidalgo Antônio de Oliveira, cujo nome SIiva Lemenão poude consignar. Deveria &te ter nascido em IIIIO, aproximadamente [Página 53]

Com o Capitão João Pereira de Souza, que Deus levou, recebemos nesta Camara uma carta de Vmc. o ano passado na qual nos manda que lhe escreavmos miudamente tudo que aparecer. Alguns traslados de cartas de acham aqui das quais escreveram a Vmc. mas parece que não lhe foram dadas.

O que de presente se poderá avisar muito papel e tempo era necessário, porque são tão varlas e de tanta altura as coisas que cada dia sucedem que não falta matéria de escrever e avisar e se poderá dizer de chorar. Só faremos lembranças a Vmc. que se sua pessoa ou coisa muito sua d´esta Capitania não acudir com brevidade pode entender que não terá cá nada, pois que estão as coisas d´esta terra com a candêa na mão e cedo se despovoará, porque assim os capitães e ouvidores que Vmc. manda, como os que cada quinze dias nos metem os governadores gerais em outra coisa não entendem, nem estudam senão como hão de esfolar, destruir e afrontar, e nisto gastam o seu tempo, eles não vem nos governar e reger, nem aumentar a terra
[Página 72]

Casou-se com D. Isabel de Gois, e qundo D. Francisco chegou a São Paulo, acompanhou-o "a serra de Biraçoaba e Cahativa e Bituruna, com sua pessoa e escravizados e depois disto acompanhou as minas de ouro de Jaraguá e depois disto tendo eu aviso que na barra desta Capitania andavam alguns inimigos corsários e indo eu de socorro ao porto e vila de Santos me acompanhou sempre com sua pessoa e armas e escravizados e tornando eu outra vez de socorro a tomar uma urcar holandesa que na dita parte estava, me acompanhou sempre na (Página 90)

Nos "Inventários e Testamentos", vol VII, pág. 425, encontra-se referência a uma bándeira paulista que, comandada por Mateus Grou ( um dos mais intrépidos mamelucos planaltinos, talvez de origem britanica, se internou no sertão de lbiaguira, que era e é o Alto Ribeira de Iguape, onde hoje, aproximadamente, se assenta Curitiba. Em 10 de janeiro de 1629, como se verifica no documento, estava essa bandeira no Assungí (como nos mostra o inventário de Luiz Eanes, ali falecido).

Ora, êsse lugar era, precisamente, o marcador da rota, por onde deveria ter seguido a grande exposição de Raposo Tavares, em 1629. Ela não podia ter começado a sua faina apresadora sinão pelo Alto Tibagí, próximo do qual se localizára a gente de Mateus Grou, em 10 de janeiro de 1629. Vejamos, pois onde poderia ter estado a grande bandeira de Raposo, nessa ocasião, [Páginas 128 e 129]

O brilho ofuscante das riquezas prodigiosas, que a Espanha auferia no seu quinhão ocidental das Américas, cegava as ambições lusitanas, que não cessavam de demandar, aos coloniais, esforços, no sentido de serem desvendadas as Lagôas Douradas, as Manôas e os Pactolos da entranhas terrenas.

Fôram, pois, duas as fôrças que se uniram para realizar a penetração no continente virgem das selvas americaAas: a) a necessidade imperiosa, de ordem econômica, no planalto, desprovido de outra fonte de riqueza, a exigir o apresamento do gentio, sincronisada com a precisão de braços por parte do Nordéste; b) a gula de riquezas, por parte dos elementos portuguêses e coloniais, que exigiam a exploração do subsólo. Eis os elementos de fôrça, que levaram o mora-dor planaltino a penetrar nos sertões, durante o sé-culo XVII. Mas, pergunta-se porque não se realizou o ban-deirismo em outra parte da região portuguêsa da Amé-rica? Si os restantes luso-coloniais eram mais nume-rosos, mais aparelhados, mais pujantes em recursos, porque permaneceram "arranhando o litoral como ca-ranguejos", na expressão de frei Vicente do Salvador, enquanto os planaltinos devassavam os sertões, em obediência àquelas duas fôrças conjugadas? É que, aquelas fôrças conjugadas só deveriam influir no planalto; porque, si a segunda existia em todos os núcleos coloniais, a primeira só se fazia sentir no planalto e no litoral vicentino. Os outros coloniais tinham outras fontes de renda que ocupavam as atividades, não permitindo que elas fossem distraídas com o. apresamento . (Meio século de bandeirismo, 1948. Alfredo Ellis Jr. Página 100)
*Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.
Meio Século de Bandeirismo
Data: 01/01/1948
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Páginas 71 e 72(.242.
Meio Século de Bandeirismo
Data: 01/01/1948
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Página 128
Meio Século de Bandeirismo
Data: 01/01/1948
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Página 90(.242.
ID
SENHA


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