O local pertencia ao Mosteiro de São Bento e abrigava parte de seu pomar e horta. Em 1864, Frei Baraúna doou o terreno à cidade. Era um grande campo onde, no canto próximo à Rua Cesário Mota, segundo o historiador Afonso Celso de Oliveira, estavam três canhões fincados no chão, com a boca enterrada, remanescentes da Revolução Liberal de 1842, ocorrida em Sorocaba. Estes canhões foram fabricados em Ipanema e, posteriormente, dois deles transferidos para a Praça Arthur Fajardo e o terceiro, mais completo, levado para o Museu Paulista da USP, conhecido popularmente como Museu do Ipiranga.
Na praça, com poucas casas, realizavam-se as famosas Cavalhadas de Sorocaba: representações tradicionais e festivas das lutas entre os mouros e cristãos. Dois grupos de cavaleiros, cada qual com roupas próprias na cor azul para os cristãos e vermelha para os mouros, disputavam entre si o poder. O final, o grupocristão vencedorera aclamado pelospresentes. Os mouros,então, se convertiamao cristianismo.
Em 1916, ali se instalou o Jardim Municipal, popularmente conhecido comoJardim dos Bichos, fechado por grades e quatro portões laterais feitos emIpanema. Havia um coreto onde, nos finais de semana, as bandas apresentavamse, um lago com peixes ornamentais, viveiros com pássaros e muitas árvores. Uma grande figueira abrigava um bicho-preguiça. Flores eram cuidadosamentecultivadas. Aberto às 6h e fechado às 19h, atraía os moradores para seuspasseios. Segundo o historiador Aluísio de Almeida, o local era recomendadopara aqueles com problemas respiratórios, que passeavam no Jardim pelamanhã, respirando o ar puro do local. O Parque foi desativado em 1930.A Praça Frei Baraúna foi palco de importantes eventos. Desde as já citadasCavalhadas, passando pelo Jardim Municipal, Congresso Eucarístico.Aconteceram apresentações musicais (Orquestra Sinfônica do Estado e [Página 10]