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Joao
1 de maio de 2018, terça-feira. Há 6 anos
Ver São Paulo/SP em 2018
33 registros
Lendo, com bom senso e critério comparativo, Gilberto Leite de Barros (GLB), Alcântara Machado (AM), Vianna Moog (VM), Nelson Omegna (NO), Eduardo Bueno (EB), Cândido Mendes (CM), Carlos da Silveira (CS) e Francisco de Assis Carvalho Franco (CF), Caio Prado Jr., Revista Genealógica Latina nº 6 do Instituto Genealógico Brasileiro (RGL-nº-6-IGB) e, apenas registrando o que eles informam, se obtém uma realidade muitíssimo diferente do conceito habitualmente difundido que "empresta à sociedade paulista dos dois primeiros séculos o luzimento e o donaire de um salão de Versalhes com homens muito grossos de haveres e muito finos de maneiras, opulentos e cultos, vivendo a lei da nobreza numa atmosfera de elegância e fausto" como descreve Oliveira Viana (OV) a São Paulo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Para Alcântara Machado, "só a fantasia delirante de um deus seria capaz desse disparate esplêndido".Sem dúvida, os números da economia brasileira nos Sec XVI/XVII, fazem com que as descrições do Brasil de Alcântara Machado sejam muito mais realistas do que os delírios de Oliveira Viana.Abaixo temos uma resenha de todos esses livros para informar/orientar quem tem um real interesse histórico e capacidade de raciocínio comparativo e, alem disso, é atilado, perspicaz e conciso, para apreender/aprender a verdade histórica enquadrando-a nas reais circunstâncias geográficas, econômicas e sociais da época, sem fantasias delirantes que possam romantizar a dura realidade sobre a maneira de contar o começo de São Paulo. Sem dúvida há que se destacar a bravura, a coragem, o destemor e a tenacidade dos portugueses que para cá vieram, uma vez que as condições da viagem eram abaixo de crítica e havia um perigo real de morte com os barcos super incômodos e com as técnicas marítimas primárias que não davam nenhuma segurança, nem quanto ao tempo de viagem, nem quanto à certeza de chegar ao Brasil e, alem do mais, as condições cá na terra, com índios hostis, doenças tropicais que eram uma prova diária de sobrevivência para os que aqui chegavam para viver. Esta deve ser a abordagem historicamente mais correta, mais inteligente e, sem dúvida, mais honesta ao se descrever o selvagem e arriscado cenário inicial para os moradores de nosso Brasil nos 3 séculos iniciais, sem forçar uma gênese de pura e sofisticada nobreza como foi enfatizado.Caio Prado Jr. primeiro grande intelectual marxista brasileiro, soube aplicar o materialismo histórico para pensar o Brasil sem transformá-lo em uma camisa-de-força teórico-ideológica, mas usando-o de forma criativa como um método crítico, aberto e dialético e sua análise da natureza da colonização brasileira diz que, foi uma colonização de exploração mercantil em vez de uma colonização de povoamento como ocorreu no Nordeste dos Estados Unidos, é uma das análises mais esclarecedoras do Brasil e dos fundamentos do seu atraso econômico. Caio Prado estabelece a diferença entre as colônias de povoamento, como a dos EUA, que reconstituem no Novo Mundo uma sociedade à semelhança do modelo europeu, e as colônias tropicais, como a do Brasil, onde surgirá uma sociedade original. Ele explica: A colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização portuguesa. Seu livro, Formação do Brasil Contemporâneo, colocou Caio Prado ao lado de Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre como um dos grandes intérpretes do Brasil. Tornou-se um clássico, no sentido de obra que ainda é viva e que, portanto, dialoga com historiadores contemporâneos.Nota: Caio Prado Jr. reconhecia que a monarquia, durante os anos de Império, garantiu a unidade e a estabilidade do Brasil, sempre apoiada na aristocracia rural (Oliveira Vianna) que continha em seus quadros o que havia de mais culto no Brasil e evitou exemplarmente a desordem completa de nossos vizinhos sul-americanos, vivendo sob ditadura ou desenfreada demagogia.Vianna Moog de maneira crua e lapidar assim coloca: os portugueses que vieram ter primeiro às terras de Santa Cruz, vinham sem a mulher, sem os filhos e sem os haveres, traziam já os olhos demasiadamente dilatados pela cobiça, eram conquistadores não colonizadores e ninguém embarcava para o Brasil senão com o pensamento de enriquecer depressa e voltar mais depressa ainda, havia um sentido predatório, extrativista na formação brasileira e os bandeirantes iam e tornavam não se fixavam nunca nos territórios percorridos, antes despovoavam que povoavam trazendo índios dos lugares que habitavam, causando sua morte em grande número ora com maus tratos ora pelas doenças e epidemias que disseminavam entre os índios. Em sua sede de ouro, eram completamente desprevenidos de virtudes econômicas, espírito público e vontade de autodeterminação política. Não havia mundo menos moral que a bandeira. Para começar o seu móvel principal, senão único, era a cobiça. Cobiça e luxúria, caça ao índio e à fêmea e imperava unicamente a lei do mais forte, o princípio da autoridade, bem ilustrada por Fernão Dias Pais mandando matar o filho mestiço por insubordinação. Até meados do séc. XVII e começo do séc. XVIII o termo brasileiro como expressão e afirmação de uma nacionalidade, era praticamente inexistente. Os filhos de portugueses nascidos no Brasil eram os mazonbos, categoria social à parte a que ninguém queria pertencer, tanto é que o filho do reinol não vacilava em reivindicar o nascimento no Reino, amparando-o em nobres ancestralidades. Fato sintomático entre os 4 primeiros povoadores brancos, dois eram degredados. Mas, terra para explorar ou refúgio de trânsfugas e fugitivos o Brasil não passava de intermezzo de aventuras, para os donatários, para os governadores-gerais e para a corte de D. João VI.1º) O que era Piratininga, depois São Paulo, não passa de um lugarejo humilde habitado por um Bandeirante, pobre e analfabeto e grosseiro de modos e de haveres parcos, vivendo quase na indigência (AM). Em 1606 tinha 190 moradores (GLB) e não passa por longos anos, de miserável aldeia (AM), pois não interessava à Coroa Portuguesa a expansão da agricultura em regiões longínquas do litoral. D. João III dificultou a entrada no campo, reservando-o para o tempo futuro quando estivesse cheia e bem cultivada a terra vizinha aos portos, nos dois primeiros séculos, (GLB) a intenção era consolidar o litoral para protegê-lo dos ataques externos, principalmente de franceses e holandeses. Com a corrida para as minas de ouro em 1748 a capitania de São Paulo, praticamente acaba com o êxodo que acontece e entra em brutal decadência só vindo a ser restaurada em 1765, graças ao açúcar e às tropas de mulas que eram a companhias de transporte da época.Nos 3 séculos iniciais do país, XVI/XVII/XVIII, a única riqueza de São Paulo era o tráfico de escravos índios, pois era uma vila miserável que sobrevivia à margem da civilização, totalmente isolada pela difícil situação geográfica por conta de uma serra quase intransponível e só em 1792 tem o acesso melhorado com a construção da calçada de Lorena, alargada e pavimentada, que foi assim descrita: uma ladeira espaçosa que permite subir com pouca fatiga e se descer com segurança (Frei Gaspar), porém era interrompida no trecho de Cubatão até Santos que continuou a ser feito por canoas até 1827Quando a Inquisição inicia a perseguição aos judeus no Brasil o mameluco de Santo André ameaça: "acabarei com a Inquisição a frechadas". Os fatos se incumbem de demonstrar aos descendentes de João Ramalho que a fera não se deixa matar tão facilmente, (AM), João Ramalho era um judeu sefaradim.

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