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Revista Marítima Brazileira/RJ
195510/04/2024 00:30:16
Revista Marítima Brasileira/RJ
Data: 01/01/1955
Créditos:

IX - Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.

"Em 1565, - informa-nos P. Padro - is camarista (de São Paulo) dirigem uma longa representação a Estácio de Sá, capitão-mór da Armada Real destinada ao povoamento do Rio de Janeiro, reclamando de termos energéticos, providências contra os assaltos dos tamôios e tupiniquins, que matam a roubam impunemente em todo o território da capitania, não lhe fazendo a gente desta capitania mal nenhum" (!!!).

Mais tarde, em 1585, a situação exige organização de verdadeira companha, sob o comando do capitão-mór Jerônimo Leitão, loco-tenente do donatário, contra as tribos dos carijós, tupinaés e outras que infestavam diversas regiões da capitania.[Página 316]

Depois das expedições escravizados do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao nativo, requerida a aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo. "Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravidão do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram à expedição de resgate".

Enquanto isso, os castelhanos, no sul, iam,semeando pequenos povoados como Mendoza, San Juan, San Luis e Tucumán, na vasta província do Rio da Prata, e os inacianos, procedentes do Brasil e do Peru, penetravam no Paraguai, dando início à catequese dos ameríndios de Guaíra, Vila Rica, etc.

X - Enquanto ocorriam os fatos acima, era despachado de Lisboa Dom Luís de Brito e Almeida a fim de render no governo do Brasil a Mem de Sá que, infelizmente, falecera dois meses antes da chegada do seu substituto (1572). A administração deste ilustre militar for, segundo Varnhagen, tolerante e uma das mais profícuas para o Brasil, salvando-o, principalmente, das invasões francesas e dos nativos. Pode-se dizer que ao seus esforços deveu o Brasil começar a viver independente de socorros.

Mostrara, como bom psicólogo, como se devia governar nosso povo. "Esta terra - dizia - não se pode nem deve regular pelas leis e estilos do reino. Se V. A. não for muito fácil em perdoar, não terá gente no Brasil; e por que ganhei de novo, desejo que ele se conserve".

Por essa mesma ocasião a governação do Brasil foi desdobrada em duas, indo Luis de Brito para a do norte, tendo por sede a cidade do Salvador da Bahia, e o Dr. Antonio de Salema para a do sul, sendo designada para capital de sua circunscrição administrativa a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Cingiram-se os dois administradores a fazer crua guerra aos exploradores ameríndios, sem entretanto, delinearem qualquer obra ou serviço de relevância. Afirma o padre Galanti que o governo do Sr. Salema distinguiu-se pela expulsão definitiva dos franceses, que apoiados pelos tamoios seus aliados sempre fiéis, ainda traficavam em Cabo Rio.

"Marchou Salema contra eles à testa de 400 portugueses e 700 nativos. Defendiam-se com denodo os bárbaros, e a vitória parecia duvidosa, quando o governador separou deles os franceses, prometendo-lhes as vidas salvas. Estes então se submeteram a se retirarem. A vitória foi completa; a matança horrível e o número de prisioneiros subiu a diversos milhares. Os tamoios ficaram aniquilados, e os tupinambás internaram-se para o sertão indo parar no vale do Amazonas".

XI - Como deixamos dito, o ano de 1585 marca o início, pelo que se sabe, do terrível movimento escravista rumo ao sul, a caminho de Paranaguá e mais além, com a expedição chefiada pelo capitão-mór de São Vicente. Varejou ela uma vasta zona evidentemente já reconhecida pelos vicentistas. É bem possível que chegassem os expedicionários até as raias atuais de Santa Catarina. [Página 317]
*Revista Marítima Brazileira/RJ
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