' Aos 23 de março do referido ano, padre João Alvares teve sua primeira carta de sesmaria concedida. Este documento está com a maior parte das linhas ilegíveis e por este motivo não foi transcrito na íntegra - 23/03/1610 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Aos 23 de março do referido ano, padre João Alvares teve sua primeira carta de sesmaria concedida. Este documento está com a maior parte das linhas ilegíveis e por este motivo não foi transcrito na íntegra
23 de março de 1610, terça-feira. Há 414 anos
 Fontes (1)
Ver Mogi das Cruzes/SP em 1610
4 registros

1° de fonte(s) [25169]
“Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora da Ajuda na ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640)”. Diana Magna da Costa
Data: 2021, ver ano (148 registros)

Logo no início de 1610, temos o registro da concessão de sesmaria que decerto demarcou as áreas limítrofes iniciais do que viria a se tornar o primeiro núcleo de assentamento colonial nas paragens de Taquaquecetiba. Aos 23 de março do referido ano, padre João Alvares teve sua primeira carta de sesmaria concedida.

Este documento está com a maior parte das linhas ilegíveis e por este motivo não foi transcrito na íntegra. Mas na petição desta carta é possível ler que João Álvares se declarava “[...] clérigo natural da villa de São Paulo [...] era filho e neto de conquistador desta capitania e que elle assistia e morava no Boigi miri ……………………… [...]”.

Pela indicação legível na seção de justificativa para a solicitação das terras, João Álvares afirmava querer “[...] fazer suas milharadas ………………………………………… [...]” e por este motivo requeria a meia légua de terras ao capitão Gaspar Conqueiro. Sobre a demarcação dessa meia légua de terra solicitada, temos a seguinte informação:

[...] ………………………………….. em quadra tanto de largo como ………….. no dito Boigi miri da outra banda ……………………… Anhambi indo para a Paraiba depois de passar ……………………… e começará a partir pelo caminho ……………. para o dito rio da Paraiba e fica esta ……………….re o rio Anhambi a qual terra pedia por estar devoluta e que em lh´a dar receberia mercê [...].

Por este excerto é possível observar que a demarcação das terras de João Álvares seguia o curso do rio Anhembi rumo ao rio Paraiba , pelo dito Boigi miri da outra banda, onde as terras eram devolutas, ou seja, numa área ainda desocupada por colonos. Como bem pontuou Raquel Glezer, o uso da expressão “terras devolutas”, mesmo neste período, não estava associada ao sentido de terras devolvidas, tratando-se de um indicativo de terras desocupadas ou desaproveitadas dentro da perspectiva do processo de ocupação colonial.

Por esta razão, a localização inicial da fazenda de João Álvares é uma incógnita. E quando menciono a localização inicial da fazenda, o faço pelo fato de que padre João Álvares recebeu ao menos três cartas de concessão de sesmaria ao longo de sua vida em São Paulo. E é por meio dessas outras cartas que podemos alcançar um esclarecimento sobre a demarcação das terras de Taquaquecetiba.


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