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Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
1930


Para o estudo das primeiras entradas na Vaccaria ha alguns documentos mais interessantes do que precisos, a troca de cartas entre D. Carlos Morphy, Capitão General do Paraguay e D Luiz Antonio de Souza, Morgado de Matheus, Capitão General de São Paulo, a propósito da ocupação do sul mato grossense na fronteira do Iguatemy. [Página 7]

Irônico lhe repontava D. Carlos Morphy, a lhe falar nessa "figurada posesion ante DIluviana que V. S. pretende teman los Paulistas em virtude de su siempre frequentada Navegacion". E categórico afirmava:

"Todos los Cosmographos y Historiadores que han escrito en aquelos tiempos sobre las Conquistas de estas Americas, convienen unanimes en el Derecho de España al Pais de Xerez y Territorios de la Ciudad Real del Guayrá que los Paulistas Mamelucos destruiron en sus inbasiones del siglo passado. Aora no se que antiguidad guerra V. S. asignar a la posesion que gosa hoy el dicho Alvares en su Camapõa, Jurisdicion de Xerez; me persuado que no esforsará en para cilisar-la (sic) con los tempos muitos antiguos de Navegação".

Há evidente erro do copista.Respondendo-lhe, fez D. Luiz Antonio uma exposição com pretenções eruditas e recheiada de erros e infantilidades. Mas no tempo mais não se poderia exigir.O que nos interessa é a parte referente ás expedições ao sul mato grossense em fins do século XVII.Começa a censurar seu correspondente a pouca civilidade: "V. S. me promete que ha de dar-me un plato de gusto, mas não encontro ele; na sua carta só vejo as azedas palavras de uma mal sazonada e falsa impostura que notoriamente me ofendem, o que deixarei sem resposta tratando somente do que puramente pretende a defensa do claro direito e da justa posse que eu entendo tem El Rey meu Senhor e Amo, em as terras de que se trata."

Logo depois acrescenta:

"Pelo contrário, os Portugueses tinham toda a perfeita notícia e posse das ditas terras, como mais claramente se patenteia, quando pelas historias do Paraguay e deste Brasil, se lê que os antigos mamelucos, que hoje são os Paulistas, naturais desta Capitania de São Paulo, desde o século quinhentos, e princípio de seiscentos, e por todo ele se acham fazendo frequentes entradas destes sertões, como testificam irrefragáveis monumentos, de que se vê sem a menor contradição ou duvida que sempre os conquistaram, amansaram e dominaram as nações de nativos habitadores deles, assim antes como depois da gloriosa aclamação do Senhor Rey D. João o 4o., de feliz memória, porque sempre destruirão, arrasarão e o combaterão tudo o que se opunha á sua passagem e lhes parecia ser estranho nos referidos sertões com aquelas mesmas invasões que V. S. confessa em um dos capítulos desta sua carta de 18 de setembro de 1770, a que estou respondendo, pois não, podiam causar as destruições que V. S. assinala sem estranhar-se muito em os ditos sertões, os quais muitos anos ainda depois destes sucessos eram incógnitos aos Geógrafos Espanhóis, como se lê em Medrano.

Estas expedições continuaram sempre em todos os tempos e em todos os Governos desta Capitania, porque nunca deixarão os sertanistas paulistas, de tempos mui antigos emté o presente, de correr e vadiar todas as companhas e navegar todos os Rios dos sertões de que estou tratando, como pretendo provar, com alguns dos mais notórios e inegáveis sucessos acontecidos neles, de que existem os documentos e memórias autênticas nesta Capitania, como também nessa Província do Paraguay.

Deixando outros muitos fatos que podia trazer, referirei somente aqueles de que ainda não hão de estar nessa Província esquecidas as memórias.Entre estas, parece-me que não serão ignoradas as grandes expedições de Francisco Xavier Pedroso, morador da Vila de Parnahyba, acontecidas nos anos de 1670 e seguintes, o qual depois de dominas muitas nações de nativos brabos entrou com mão armada a Cidade de Assunção do Paraguay e agregou grande número de nativos á sua vizinhança de sorte que, vindo sobre ele o Governador da Cidade de Currientes, sobre nome Andino, com força de armas e muita gente, os Paulistas se fizeram fortes em uma mata, donde fizeram fogo tão vivo e tão terrível sobre ele que com perda de oitocentos homens o fizeram retirar."

Como o leitor viu da leitura dos capítulos antecedentes, a cronologia do morgado de Matheus deixava bem a desejar; não só não foi em 1670 que se deu a incursão de Pedro Xavier como as perdas de Don Juan ai estão prodigiosamente exageradas. Nem Pedroso Xavier atacou e expugnou a Assunção, como Andino não era de todo governador de Corrientes. [Páginas 8 e 9]

Continuava D. Luiz Antonio:

"Hé também memorável a outra expedição de Francisco Dias Mainardos, que pouco mais ou menos pelos mesmos anos conquistou os Gentios habitados dos Rios Jaguary ou Avinheima, Amambahy e os Povos chamados Gualachos."

Quer nos parecer que ela ocorreu nas vizinhanças de 1680. Falando deste Francisco Dias Mainardos escreve Basílio de Magalhães:

"Mainard é como vem na citada carta, e Mainardos é como grafa o Dr. Washington Luis; Mainardi escrevem Taques e Silva Leme os quais, entretanto, nada dizem desta façanha e apenas informam que Francisco Dias Mainardi era filho do italiano Thomé Dias Mainardi e de Maria Leme, casados em 1635, D. de Vasconcelos, atribui aos Mainardis, estabelecidos em São Paulo e Minas origem escocesa e fidalga, dando-os como descendentes dos condes de Marnart."

Na citação documental de Basílio de Magalhães ha um engano de imprensa. Deve-se ler XXXV, p. 1, página 84.

Há também a reparar que o original da carta do Morgado de Matheus traz Mainardos e não Mainard como afirma o doutor escritor a quem induziu em engano um erro de cópia de Azevedo Marques. Escrevendo á vista do texto dos Documentos Interessantes, reproduziu Washington Luis o nome tal qual ali se acha.

Pouco fala Pedro Taques de Francisco Dias Mainardi; "casou em Ytú com... Era filho de Thomaz Dias Mainardi, natural do reino de Piza (sic!) da cidade de Florença" escreve o nosso linhagista, filho de Bartholomeu DIas (provavelmente algum português de passagem pela Toscana) e Isabel Mainardi. Este Thomaz Mainardi casou-se em São Paulo no ano de 1635 com Maria da Silva Leme, filha de Aleixo Leme e Ignez Dias. A citação de Diogo de Vasconcelos não sabemos de todo o que a abone mas dela duvidamos bastante.

Ao explicar a genealogia de Francisco Dias Mainardi, escreve Antonio Piza uma série de erros, pois afirma que Pedro Leme, o Torto, era filho de Leonor Leme e Braz Esteves, quando os pais deste famoso sertanista foram Domingos Leme da Silva e Francisca Cardoso.

Era o Torto neto de Pedro Leme e bisneto de Leonor Leme e Braz Esteve. Há aliás nas notas de Piza numerosas cincadas e algumas graves. Basta lembrar a sua teimosia em querer estabelecer a dualidade de pessoas "entre o português Antonio Raposo Tavares do socorro a Pernambuco e o paulista Antonio Raposo, destruidor do Guayrá."

Continuando a descrever as bandeiras de Iguatemy relatou o Morgado de Matheus:

"Pelos anos de 1680, o Monjolo de São Paulo com a sua Bandeira entrou pelo rio Jaguary ou Avenheima e correndo as campanhas que rega o Rio Cochym até o RIo Batetey dali passou o Rio Cachy e correndo todas as terras até o Amambay e Guatemy, dali por vários casos que lhe aconteceram se passou refugiado ao Paraguay, onde viveu muitos anos".

A este propósito comenta Piza muito procedentemente:

"Houve com certeza erro na cópia do nome deste bandeirante porquanto na história de São Paulo e nas notas genealógicas das famílias da capitania o nome Monjolo é inteiramente desconhecido.

Na vila de Parnahyba havia uma importante família Monjellos, a que naturalmente pertencia o sertanejo aqui mencionado por D. Luiz Antonio.

Mais ou menos no tempo indicado pelo capitão general vivia em Parnahyba João Monjollo, casado com Catharina Pinheiro e tendo duas filhas, a saber: Maria, que foi casada com Luiz Pedroso de Alvarenga, da notável família Alvarenga, e falecida em 1718, e Mariana Pinheiro, casada em 1699 com Simeão Alvares.

Entretanto, no título Alvarenga, da Nobiliarchia Paulistana, não se encontra a menor referência a esta família Monjelos e á expedição feita por um dos seus membros aos sertões de Mato Grosso e ao Paraguay o que aliás não quer necessariamente dizer que tivesse havido omissão, pois a referência pode ter sido feita em algum dos muitos capítulos que se perderam da grande obra de Pedro Taques".

Parece-nos positivo que este Monjolo deva ser Mongelos e não passe de outro indivíduo diverso de Juan Mongel Garcez o intitulado médico castelhano navarrês de Pamplona, que por [Páginas 10 e 11]

Estava organizada a grande expedição esmeraldina. Imenso despendera o seu propulsor. Mais de seis mil cruzados declarou a Câmara de São Paulo o que hoje se traduziria por uns quatrocentos contos seguramente. Seis ou sete,entendia a Câmara de Parnahyba.

Ao partir para o sertão, afim de angariar elementos propusera de todo o seu gado, certificava o padre Domingos Dias, reitor do Colégio jesuítico de São Paulo, a 18 de novembro de 1681. "Ouvi dizer a pessoas muito fidedignas e totalmente desinteressadas que vendeu o ouro e a prata do uso da casa que era grande, com que a deixou em miserável estado de pobreza, havendo-se criado em grande largueza e opulência". [Página 84]

Entendemos contudo forçada a aproximação entre os dois itinerários, o de 1601 e o de 1673. Na sua ânsia pela fixação toponímica chega Orville Derby (1851-1915) a não achar “de todo despropositada a hipótese de que a aldeia de Ibituruna haja sido a que os emissários de Martim Afonso em 1531 tenham visitado”. [Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1930. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 95]

Casara-se Fernão Dias Paes, já velho, com uma rapariga mais moça do que ele 34 anos, Maria Garcia Rodrigues Betimk ou Betim, nascida em São Paulo, a 16 de dezembro de 1642, filha de um personagem paulista de prol, potentado em arcos, Garcia Rodrigues Velho.

Esta Maria, como escreve Silva Leme (cf. Gen. Paul., 7, 452) vinha a ser filha de Geraldo Betting o mineito trazido para o Brasil por D. Francisco de Souza, em companhia de Jacques de Oalte, e holandes de Duysburgo na Gueldria. Mas pela mãe, Custódia Dias, tinha sangue nativo por Custódia, irmã dos três famosos Fernandes, André, Balthazar e Domingos. Descendia portanto de Tibyriçá. [Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros", 1930. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958); Páginas 100 e 101]

Um dos seus principais cabos e desertores foi Mathias Cardoso, aliás pouco afeiçoado á pesquisa de minerais e sobremodo inclinado ao bárbaro sport do descimento de nativos. Era o que explicariam os camaristas de Taubaté em sua certidão de 21 de outubro de 1681 (A. M. e U., 2461) assinado por grandes nomes das expedições como Domingos Rodrigues do Prado e João Gago da Cunha.

"Deixaram-no os homens da sua tropa principalmente o Capitão Mathias Cardoso de Almeida em quem mais se confiava o qual com interesse de conquistas bárbaros para seu serviço particular se apartou com outros de sua fausão como com efeito conduziu depois por duas vezes quantidade de gentio bárbaro para sua casa e serviço por conhecer do dito governador ata´hava seus desígnios por serem prejudiciais aos descobrimentos a que andava."

Assim á sua vida de caçador de nativos mais duas façanhas novas ajuntara Mathias Cardoso, resultantes da expedição esmeraldina.

Grande fora de suas refregas, conta-nos a patente de "Mestre de Campo e Governador absoluto da guerra dos Bárbaros" que a 3 de abril de 1690 lhe passou o Arcebispo da Bahia, Dom Frei Manuel da Ressurreição, Governador Geral interino do Brasil (cf. Borges de Barros: Bandeirantes e sertanistas bahianos, p. i78):

"Naquele sertão de Sabarabussú teve vários encontros com os Bárbaros e uma batalha em que houve muitos feridos de parte a parte até os desbaratar e tomar-lhes os mantimentos".

Acrescenta a patente que Mathias após esta vitória "formou logo arraial no dito Serro, com diversas plantas e criações levadas da vila de São Paulo."

Dera até assistência ao seu grande chefe "mandando conduzir mantimentos ao mesmo governador, cujas tribos estavam com ânimo de se voltarem para a mesma Vila (a de São Paulo) oprimidas da fome e esterilidade daquele sertão."

Afirma o Arcebispo que a separação de Mathias se dera em 1680 depois de sua assistência com o governador durante seis anos. E assim mesmo regressara a São Paulo com licença de Fernão Dias Paes e por doente "a livrar a via do perigo em que se achava gravemente enfermo, em parte tão remota.

A partir ainda deixara a Fernão "quinze escravizados seus, por serem dois naturais do mesmo Serro e importantes ao descobrimento das esmeraldas."

Que haverá de fidedigno nestas expressões? É visível que a informação, nela contida, deve ter sido em grande parte sugerida pelo sertanista. A outra versão, a dos parentes de Fernão Dias Paes se mostra bem pouco amistosa para com Mathias Cardoso.

Mas não só Mathias e os dois capelães abandonaram o seu grande chefe, continuou a deserção de muitos mais dos companheiros de jornada, desesperados por voltarem á vida civilizada.

No documento de 27 de março de 1681,ha este respeito preciosas referências do próprio Fernão. Numa de suas irradiações do Sumidouro, ao regressar a um de seus pontos de parada, constatou que se haviam ido dali "Manuel da Costa com seus camaradas, os capitães Manuel de Góes e João Bernal com suas tropas, diziam-lhe que também o capitão Balthazar da Veiga, no que não cria, e o bastardo Belchior da Cunha." [Páginas 110 e 111]

A primeira nova da morte de Fernão Dias Paes nos dá um documento de 26 de junho de 1681 em que vemos perante Dom Rodrigo Castelo Branco comparecer Garcia Rodrigues Paes no "arraial de São Pedro em os matos de Paraíbipeva" e nas pousadas do Administrador Geral.

Exibiu a Dom Rodrigo, ao seu lugar-tenente Mathias de Cardoso e ao escrivão da Administração João da Maia, umas pedras verdes as quais disse serem esmeraldas que o Governador Fernão Dias Paes, seu pai, que Deus houve, havia mandado "tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos patachós as quais ditas esmeraldas as fizesse presentes á Sua Alteza por duas vias para que no reino se viesse se tinham dureza e fineza e que entretanto vinha em resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza dos ditos cerros adonde se tiraram as ditas plantas digo pedras para que nenhum pessoa pudesse ter direito nelas visto que ele dito have-las manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como ele dito as manifestava." (cf. Reg. Geral da Câmara de São Paulo, 3, 308). [Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros", 1930. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 128]

A 3 de setembro de 1681 expedia Diogo PInto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes.

"Porquanto por notícia certa que tenho haver descoberto Fernão Dias Paes as minas de esmeraldas, onde foi enviado por Sua Alteza, que Deus guarde, vindo a dar parte ao dito senhor faleceu da vida presente deixando as notícias de amostrar de tais esmeraldas com que estão hoje públicas e se saber certamente onde é a paragem delas com que facilmente se poderá ir a elas, e tirarem-se quantidade o que será em grande prejuízo da fazenda real e para se atalhar este dano em nome do príncipe nosso senhor ordeno e mando a toda a pessoa de qualquer qualidade que seja não faça jornada áquela paragem."

Tão importante era o caso que três dias depois mandava a Câmara de São Paulo afixar o bando do capitão-mór. A 8 de setembro de 1681 passava Dom Rodrigo "del Serton del Sumidoro" uma atestação interessante, a Garcia Rodrigues Paes, contando que visitara o arraial de Fernão Dias e recebera de seu filho pedras verdes que tinha como esmeraldas. [Página 129]

Sobre a tragédia que o vitimou comenta Basílio de Magalhães em sua Expansão geográfica.

Seguindo a trilha do "caçador de esmeraldas" o fidalgo encontrou-se, no arraial do Paraopeba, com Garcia Rodrigues Paes, que trazia para a terra natal os ossos do pai e as pedras verdes. Ali, a 26 de junho daquele ano, fez entrega ao superintendente régio, não só das roças que a expedição de 1674-1681 plantára sertão em fóra, como também dos seixos reputados preciosos, que o administrador enviou imediatamente ao soberano.

"Prosseguindo em sua derrota, provavelmente para atingir ao depósito das esmeraldas, D. Rodrigo de Castello Branco, não foi além do Sumidouro, onde, conforme Taques (Informação, 64) "faleceu" no ano de 1682. Sabe-se, porém que a morte do fidalgo espanhol ocorreu em fins de 1681 e foi devida a um ato de violência praticado por Manuel de Borba Gato - fato que se atribui também a um dos pagens ou escravizados deste famigerado paulista. O próprio Taques, em sua Nobiliarchia, refere por menor esse delito".

E realmente conta a Nobiliarchia que Garcia Rodrigues Paes, como vassalo fiel ás ordens do príncipe, não só entregar ao fidalgo castelhano as pedras achadas pelo pai como "todos os arraiais, feitorias, roupas e celeiros de mantimentos que tinha feito seu pai".

E acremente (Rev. Inst. Bras., 23, 2, I62) acrescente o autor linhagista:

"Depois que chegou D. Francisco, voltou Garcia Rodrigues para o seu arraial do Sumidouro, ao qual chegou depois disso D. Rodrigo a tomar posse dele e dos mais arraiais que lhe havia oferecido; e também tomou posso em nome de Sua Alteza de todas as serras, das quais o governador Fernão Dias havia extraído as esmeraldas. Isto foi o que unicamente obrou D. Francisco todo o tempo que lhe durou a vida, o mês de setembro ou outubro do ano (...)" [Página 211]



Admite Coriolano de Medeiros uma migração parahybana para terras de São Paulo, tangida pela terrível seca que durante vários anos calcinou todo o Nordeste a ainda durava em 1654. Mas a notícia desta migração é totalmente fantasiosa. Por ela contudo não é responsável o escritor parahybano que se abeberou á turvíssima fonte das informações de um italiano o Dr. Emmanuel Lomonaco, autor de certa obra: Usi e costumi del Brasile.

Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade: [Página 271]
*Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes
Data: 01/01/1930
Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958)
Página 94
Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes
Data: 01/01/1930
Créditos: Afonso de E. Taunay
Página 155
Historia Geral das Bandeiras Paulistas
Data: 01/01/1930
Créditos: Afonso de E. Taunay
Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Occupação do Sul de Matto Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Página 184
Historia Geral das Bandeiras Paulistas
Data: 01/01/1930
Créditos: Afonso de E. Taunay
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Data: 01/01/1930
Créditos: Afonso de E. Taunay
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