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Folha de Serviços de João Martins Claro
11 de abril de 170904/04/2024 04:00:15

“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII”
Data: 01/01/1954
Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 111

João Martins Claro - Português, foi militar que alcançou o posto de sargento-mor, provido pelo governador Artur de Sá e Meneses, em 7 de fevereiro de 1698. Da sua folha de serviços, expedida a 10 de abril de 1709, ficamos sabendo que assentou praça em 1677, na Bahia e veio com o administrador-geral das minas, d. Rodrigo de Castelo Branco, para a região do sul brasileiro, em 1678, a fim e tomar diligências referentes a supostas minas de prata, tendo corrido toda a costa desde o Rio de Janeiro até Paranaguá, incorporado à companhia do capitão Manuel de Sousa Pereira, indo a todo sertão onde diziam haver minas, como foi Peruna, Itaimbé e Dom Jaime, sustentado com seus recursos a dois mineiros, um religioso da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e outro o chamado João Álvares Coutinho e tendo tomado parte na célebre prisão do provedor dos quintos de Paranaguá Manuel de Lemos Conde. Voltando a São Paulo, trouxe com escravizados seus toda a fábrica da administração-geral das minas, tendo feito jornada ao morro do Araçoiaba, ali plantando roças para um demorado exame do respectivo minério e se fixando em Sorocaba por tal motivo. Em 1694 a 1695, mandou dez negros seus em companhia de Manuel de Aguiar Mendonça a fim de fazerem exploração nuns morros de Taubaté, para feito de saber se existia ouro de beta e nesse último ano citado, livrou o capitão-mór Manuel Peixoto da Mota dum motim que contra ele se levantou na vila de Sorocaba, por causa da execução da lei da baixa da moeda, apaziguando o povo. Renovada a idéia de se fabricar ferro extraído do Araçoiaba, para ali seguiu e fez novamente muitos gastos da sua fazenda. Em 1699, desejando o governo mandar fazer explorações na Vacaria do Mato-Grosso, com o fito de verificar a existência de minas de prata, e como em Itu morava um castelhano, grande prático da região, para ali se transportou João Martins Claro, a fim de providenciar o seu embarque. Tratava-se de Amaro Fernandes Gauto e o sargento-mor lhe forneceu, além de muitos apetrechos necessários, seis negros espingardeiros de seu serviço e bons sertanistas. Em 1700 muito auxiliou fazendo à sua custa a reforma das fortificações de Santos. De 1704 a 1705 fez várias diligências também à sua custa na costa, que percorreu por terra, já para prender marujos estrangeiros foragidos, já para acudir uma grande carestia então havida,que se estendeu até as Minas Gerais, onde muitos morreram à míngua.

Teve João Martins Claro, por todos esses serviços, carta régia de agradecimento, datada de Lisboa, a 20 de outubro de 1698, renovada anos após. E deste resumo ressalta que foi grande entusiasta da mineração e em especial da pesquisa da prata e do ferro. Também pesquisou o ouro em toda a capitania de Itanhaém, de que era o sargento-mór, andando em muitos sítios na companhia do beneditino frei Frutuoso, conhecido como grande mineiro.

Residia de preferência em Sorocaba, onde tinha importantes fazendas de criação e numerosa escravatura. Casou-se em São Paulo, logo que veio para a capitania, com uma filha natural do grande potentado Fernão Pais de Barros, por nome Inácia Pais de Barros, viúva de Brás Leme de Barros e além dos seis filhos que deixou, citados por Silva Leme, podemos acrescentar mais cinco dois varões, Artur e Fernando Pais de Barros, grandes sertanistas em Mato-Grosso e três mulheres que foram casadas com soldados da guarnição de Santos, respectivamente, Francisco Nogueira, João de Sousa e Luís Teixeira, conforme faz certo um documento que examinamos, de 7 de setembro de 1704 e assentamentos do registro de nascimentos da respectiva matriz de Sorocaba, estes revelados pelo padre Luís Castanho de Almeida. No fim da sua proveitosa existência ainda foi o sargento-mór João Martins Claro designado para ser provedor dos quintos de Iguape e Paranaguá, por provisão do ouvidor Rafael Pires Pardinho, segundo este comunicava em carta a El-Rei, datada de 12 de junho e 1720 e para a cobrança dos quintos de Itu, pelas instruções do governador da capitania, baixadas em 9 de agosto de 1723. Faleceu em Sorocaba a 22 de maio de 1725, sendo sepultado na capela da Ordem Terceira de Itu, conforme seu desejo em vida. [24365]
Folha de Serviços de João Martins Claro

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Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.
Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral

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Eu confirmarei perante Deus tudo aquilo que afirmei aos homens.
José Maria da Silva Paranhos
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