Os 13 prédios remanescentes da primeira siderúrgica do Brasil estão preservados na Floresta Nacional de Ipanema, antiga fazenda de Ipanema, em Iperó (SP).Criada no início do século 19, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil, a Real Fábrica de Ferro de Ipanema funcionou de 1811 a 1895, marcando a entrada do país na era industrial.
O pioneirismo da fazenda na produção de ferro começou em 1591. O comerciante português Afonso Sardinha extraía na região a magnetita, minério que, quando fundido, transforma-se em ferro.
(“Floresta guarda fornos industriais”, Folha de São Paulo, 16.04.2000 folha.uol.com.br/fsp/brasil/ fc1604200026.htm)
Os vestígios dos primeiros fornos estão hoje cobertos por uma reserva da mata atlântica e foram encontrados, em 1982, pela arqueóloga Margarida Andreatta.
Em 1989, a Associação Mundial de Produtores de Aço, sediada em Nova York, reconheceu os fornos de Sardinha como os pioneiros na produção de ferro na América. Durante a Guerra do Paraguai, de 1865 a 1870, o lugar abrigou a Fábrica de Armas Brancas, onde eram produzidos espadas e facões para os soldados brasileiros. Desde 1992, o local está sob os cuidados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A fazenda é aberta à visitação e fica próxima à rodovia Castelo Branco, a cerca de 130 km de São Paulo. (NM)