No entanto, essa foi uma daquelas “leis que não pegaram”, pois, só para mencionar um dentre vários casos de reclamação, um colunista da imprensa local, em 1917, reclamava do “desânimo” dos fiscais da prefeitura no sentido de fazer cumprir a legislação.
Dentre os vários pontos determinados pelas posturas, um que definitivamente não estava sendo cumprido era justamente o que se referia à presença de animais pelas ruas, particularmente os cães.
Assim, o articulista reclamava contra “a terrível malta de cães vadios, que, perambulando pelas vias públicas, trazem em completo desassocego a uma população urbana.”
E diante da situação, chamava a atenção dos senhores fiscais para que compreendessem “que a postura do município não foi redigida, approvada, promulgada e impressa para inglez ver; a sua applicação se impõe para a tranquilidade, segurança e conforto dos municipes.
A nossa população essencialmente operaria, está sujeita a um horario, que a obriga a levantar-se cedo. Ora, com as correrias, disputas e infernal orchestra nocturna da canzoada vagabunda é humanamente impossível conseguir-se o somnoconfortante paras os exhaustivos trabalhos diarios.” [Fisionomia da cidade: Sorocaba – cotidiano e desenvolvimento urbano – 1890-1943, 2008. Rogério Lopes Pinheiro de Carvalho. Página 172]