Pombal, os Jesuítas e o Brasil, 1961. Inácio José Veríssimo
1961. Há 63 anos
Mas apoiando tais intenções havia duas razoes ponderáveis. A primeira e que os Portugueses acreditavam, sincera-mente, durante o seculo 16, que a Linha de Tordesilhas deixava a leste todo o rio Parana ate a foz do Iguaçu; ou seja, que Assunção ficava nas vizinhanças da fronteira dos domínios Portugueses.
Tal convicção levou Tome de Sousa, em carta ao rei datada de 1 de junho de 1553, a dizer que a povoação que se chama "Assunção esta muito perto de São Vicente, não passando de cem léguas". E Tome de Sousa acrescenta: "parece-nos a todos que essa povoação esta na demarcação (nos domínios) de V. A." Para justificar a proximidade que ele assinala, informa ao rei que "os de Sã Vicente se comunicam muito com os castelhanos" [Pombal, os Jesuítas e o Brasil, 1961. Inácio José Veríssimo. Página 38]
Lembremo-nos, de que os caminhos nativos (o Peabiru ou dos Pinheiros) que saíam de São Vicente, de Cananéa ou de Santa Catarina conduziam todos à região de Guaíra, e eram seguidos pelos bandeirantes.
Mas os portugueses precederam os espanhóis nas penetrações para o Paraguai não só em terra como por água, pois a pilotagem no Prata "desde o começo da colonização do Prata pelos espanhóis até aos meados do século XVII" era feita por portugueses.
Uma carta datada de Santos, de 30 de junho de 1553, revela que um morador da cidade adquirira 32 nativos escravizados em Assunção, João Ramalho, localizado em Santo André, era fornecedor de nativos escravizados. (Bandeiras e Bandeirantes, 1940. Carvalho Franco. Páginas 23 e 25) [Pombal, os Jesuítas e o Brasil, 1961. Inácio José Veríssimo. Página 39]