' “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) - 01/01/1612 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
1612. Há 412 anos
 Fontes (8)
Então, ao entrar neste rio, é fácil navegar, e antes de quarenta léguas descobrem-se muitos vazios e recifes onde há uma lagoa à esquerda do rio que chamam de Santa Ana, muito povoada, até outra muito poderosa. entra-se à esquerda, mesma mão que chama Iguazú, que significa Rio Grande; Vem das costas da Cananeia e percorre duzentas léguas por um grande número de nações nativas:

os primeiros e mais altos são todos guaranis, e indo para o sul pelas cidades chamadas Chovas, Muños e Chiquis: terra fria de grandes abacaxis até entrar no leste do Paraná, por onde subindo trinta léguas é aquele salto estranho, que eu entendo ser a mais maravilhosa obra da natureza que existe, pela fúria e velocidade com que cai todo o corpo de água deste rio; São mais de 200 estados por onze canais, todos eles fazendo uma fumaça muito espessa na região do ar dos vapores que causam: daqui de baixo é impossível navegar com tantas ladeiras e solavancos que faz, com grandes redemoinhos e rajadas que se elevam como colinas nevadas.

Toda a água desta cachoeira cai sobre uma rocha, como uma caixa forrada de rochas e rochas duras, em que todo o rio se estreita em um tiro de flecha, tendo o topo da cachoeira mais de duas léguas de largura, de onde se divide em esses canais, que não há olhos ou cabeça humana que possam olhar para ela sem desvanecer e perder a visão:

Ouve-se o barulho deste salto de oito léguas, e vê-se a fumaça e o vapor dessas quedas de mais de seis, como uma nuvem esbranquiçada. Três léguas acima é fundada uma cidade chamada Puerto Real, na foz de um rio chamado Piquirí: Fica no mesmo Trópico de Capricórnio, por isso é um lugar muito doente, e é a maior parte do rio e da província que comumente se chama Guayra, tomando o nome de um cacique daquela terra.

Doze léguas adiante entram dois rios, um à direita, que se chama Ubay; e a outra à esquerda chamada Muñey, que desce da província de Jerez, da qual, e sua população, se mencionará oportunamente.

A outra vem do Oriente, onde se funda o povoado de Espírito Santo, 50 léguas para o interior, em cuja jurisdição e região existem mais de 200.000 guaranis nativos, povoados por rios e montanhas, bem como nos campos e abacaxis, que correm para São Paulo, população do Brasil:

e subindo o rio do Paraná, há outro muito poderoso, que vem do Brasil chamado Paraná Pané, no qual entram muitos outros, todos muito povoados, especialmente o chamado Atiuajiua, contendo mais de 100 mil populações nativas desta nação. Nasce de uma serra que chamamos de Sobaú, que não fica longe de São Paulo, juntar-se a três torna-se poderoso; e circunda a colina de Nossa Senhora de Monserrate que tem um circuito de cinco léguas, de cuja orla os portugueses tiram daquela costa muito rico ouro de 23 quilates; e em cima dela há muitos veios de prata, perto dos quais D. Francisco de Sosa, fidalgo desta nação, fundou uma vila que ainda subsiste, e continua a fazer efeito e beneficiar das minas de ouro e prata.

E voltando à parte principal deste rio, outro entra nele muito grande, apesar de muitos recifes e cachoeiras, que os nativos chamam Ayembí: nasce nas costas de Cabo Frio, e passa pela cidade de São Pablo, em cuja margem é povoado; Não tem índios, porque o que havia foram expulsos e destruídos pelos portugueses por uma rebelião e revolta que tentaram contra eles, cercando esta cidade para devastar e destruir, em que eles não saíram com sua intenção.

Hoje eles se comunicam por -9- Este rio os portugueses da costa com os castelhanos desta província de Guayra: mais adiante pelo Paraná muitos outros entram de ambos os lados, especialmente o Paraná Ibabuiyi, e outro que dizem sair da Laguna del Dorado, É vem do Norte, de onde alguns portugueses entenderam que cai aquela tão falada lagoa, que os habitantes dela possuem muitas riquezas, de onde este poderoso rio sai por grandes populações de nativos até diminuir em muitos braços e fontes , de onde eles vêm para tirar todo o seu fluxo, de acordo com o quanto eu naveguei; que dizem os portugueses, tem sua nascente na região e altura da Bahia, sede das cidades do Brasil. [La Argentina, 1912. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629). Páginas 12 e 13 do pdf]

Atibajiba. Rio que nasce numa serra, não muito longe de San Paulo; envolve a colina de Nuestra Señora de Monserrate-8. suas margens são povoado por índios Guarani-55, 94. Corre próximo ao Iguaçu-94. Entra no Paranapane; é muito poderoso; com muitos recifes e cachoeiras, e povoada por multidão de índios-100. [Tibaxiva, ou Tibagy, como é chamado pelos Português, é um afluente do Paraná-pané. Nasce a oeste do Cananea, e segue para noroeste, atravessando os campos de Guarapuaba, onde se torna poderoso com o tributo de muitos outros rios que coloque junto A maior delas é a Cairussú, que passa pela Serra Dorada.

Padre Lozano, em sua História da Companhia de Jesus do Paraguai, tom.II, pág. 454, nomeia várias cidades indígenas que cobriam as margens doesse rio. Na língua guarani, Ati significa acumular, inchar; ba expressa ohábito de fazer algo; hí, colidem e ba, o mesmo de antes. R) Sim,Pois bem, Atibahibá significa, rio, cujas águas avolumam-se, ecolidem: esta é uma água fervente.]

Ayembi - Rio que nasce próximo a Cabo Frio; passa pela cidade de São Paulo; deságua em Atibajiba-8. [Nome antigo do rio Tietê, e que recebeu de uma tribo que não existe mais. Nasce a vinte léguas da cidade de San Pablo, da qual passa a uma boa distância; e um pouco mais abaixo recebe na margem esquerda o rio Pinheiro . Treze léguas depois, o rio Jundiahy junta-se a ela na margem oposta , que passa pela cidade de mesmo nome. A partir deste ponto o rio toma um aumento considerável, e que o Capibary , o Sorocala aumentam sucessivamente ; o Pirasicaba o rio Lançoes , e por fim o Jacaré Pipirá. O curso do Tietê é extremamente tortuoso, e sua quebra é dificultada por um grande número de ilhas e cachoeiras. Apesar desses entraves, é muito frequentado pelos moradores de São Paulo, que possuem grandes estabelecimentos rurais nos campos adjacentes, principalmente na Serra de Araquara. O foco principal dessa navegação interior é Puerto Feliz, localizado na margem esquerda do próprio rio Tietê. Embora este nome tenha substituído o antigo, vamos retificar a grafia deste último, que em alguns mapas costuma ser colocado um ao lado do outro. Não é Ayemby, como escreve nosso autor, nem Nembis ou Anambi, como outros o chamam, mas Añembí, cujo significado é o seguinte. A designa aquele que fala, e ñembí está abaixo. Assim -VII- bem, Añembí, significa, estou mais abaixo; que corresponde exatamente ao que é este rio, cujos saltos multiplicados o precipitam cada vez mais baixo, em seu curso.] [Páginas 127 e 128 do pdf]

Monserrate. Colina de cinco léguas de circuito. Os portugueses tiramouro muito fino dela, e no topo tem prata-8. [O rio que banha oencostas deste morro não é, como afirma o autor, a Tibajiba, mas aTietê ou Añemby. Monserrate fica perto da cidade de San Pablo, ondeSouza fundou alguns estabelecimentos.] [Página 194 do pdf]

Sedeno (Jorge). Continua as descobertas dos portugueses no Peru; sai de São Vicente; descer o rio Añemby em canoas; sai para Paraná, e chega a Salto. Entrou no Paraguai e morreu nas mãos dos índios-17. [Página 215 do pdf]

Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina". O Araçoiaba era para ele uma montanha que se denominava "serro de Nossa Senhora do Monte Serrate, que tem o círculo de cinco léguas, de cujas fraldas extraem os portugueses muito ouro de 23 quilates e em seu cume, encontram-se muitas betas de prata; perto desse serro, d. Francisco de Sousa, cavaleiro daquela nação, fundou um povoado que continua dedicando-se ao benefício dessas minas de ouro e prata". [“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII”, 1954. Francisco de Assis Carvalho Franco. Página 396]

Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII
Data: 01/01/1954 1954
Créditos / Fonte: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 396

1° de fonte(s) [21917]
“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Data: 1901



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2° de fonte(s) [24848]
“Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
Data: 1 de setembro de 1940, ver ano (95 registros)

Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga.


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3° de fonte(s) [24365]
“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
Data: 1954, ver ano (100 registros)

Conseguiu, também, pelo Espírito Santo, visando a mesma Sabarábocú, uma expedição cujo cabo foi Marcos de Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas.

Em São Paulo continuava na faina de buscar prata no Araçoiaba, que até então e sempre apenas revelou possuir ferro. Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina". O Araçoiaba era para ele uma montanha que se denominava "serro de Nossa Senhora do Monte Serrate, que tem o círculo de cinco léguas, de cujas fraldas extraem os portugueses muito ouro de 23 quilates e em seu cume, encontram-se muitas betas de prata; perto desse serro, d. Francisco de Sousa, cavaleiro daquela nação, fundou um povoado que continua dedicando-se ao benefício dessas minas de ouro e prata". Não encontrara no entanto o fidalgo português nesse local os metais nobres que tanto ambicionava. E mergulhado no isolamento dessas paragens desde janeiro de 1611, desamparado de toda sua antiga comitiva e de todo seu antigo fausto, veio por fim a perecer, em meados de junho, com o mais humilde e desabaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido.


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4° de fonte(s) [29270]
“As relações entre o Brasil e a região do Rio de La Plata no sécu...
Data: 2006



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5° de fonte(s) [27590]
O encontro entre os guarani e os jesuítas na Província do Paragua...
Data: 2010



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6° de fonte(s) [27985]
“Europeus e Indígenas - Relações interculturais no Guairá nos séculos XVI e XVII”. Mestrado de Nádia Moreira Chagas, Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - MESTRADO
Data: 2010, ver ano (130 registros)

Ainda na descrição de Guzmán, e continuando a subir o Rio Paraná, está seu grande afluente, o rio Paranapanema, um dos principais rios do Guairá. Seus afluentes são os Rios Tibajiba, e o Pirapó. O rio Ayembí ou Añemby (que é o Tietê) que, de São Vicente chega ao rio Paraná, também é citado aqui, e que por esse rio “[...] se comunican [...] los portugueses de la costa de los castellanos de esta província de Guayrá [...]”, em referência à sua importância para a comunicação entre as regiões. São relacionados ainda outros rios que entram pelo rio Paraná, como o seu afluente Paraná-Itabuiyí ou Itabuigí que, na interpretação do autor, estava ao lado do Brasil. Seu nome quer dizer “yibá = brazo; bú = salir; iguí = de él, esto es, rio de donde brota outro.


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7° de fonte(s) [27626]
João Barcellos - “Mairinque: Entre o Sertão e a Ferrovia”
Data: 2013



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8° de fonte(s) [27978]
“A arquitetura na reprodução da memória: o caminho de Peabiru”. A...
Data: 2017



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