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A administração dos bens temporais da arquiabadia de São Sebastião da Bahia. Maria Hermínia Oliveira Hernández
200506/04/2024 11:29:31

Em 14 de novembro de 1871, por acordo do Conselho, foi decidido alforriar todos osescravos53. As conseqüências da libertação dos escravos foram fatais para a Ordem. Teveinício um processo de decadência e ruína acelerada das fazendas e engenhos. No triênio de1869-1872, por exemplo, registra-se que, libertos os escravos, tiveram que ser tomadasprovidências sobre as propriedades rurais, sendo a medida imediata a venda das suasbenfeitorias e o aforamento de seus terrenos. Assim, sucessivamente, foi acontecendo com asdemais propriedades. De início eram aforadas e, posteriormente, vendidas.Tem-se referência sobre outra força produtiva, além do negro escravo, no caso, osindígenas. As primeiras alusões à relação entre estes e os beneditinos aparecem na Ata daJunta celebrada no Mosteiro de Pombeiro, no ano de 1596, mencionando a missão de “[...]confessar e doutrinar/ a gente della [...]” (BEZERRO I, AMS, 1570-1611, p. 166v). SegundoLins (2002, v.1, p.193), não foi encontrado na Bahia material sobre o trabalho missionário dosmonges beneditinos. Na Capitania da Paraíba, no entanto, fala-se, em 1614 e 1675, daatividade dos padres da Ordem junto aos indígenas. Neste mesmo século, ressalta-se acontratação de mão-de-obra nativa, por ser a metade do valor da força negra cativa, paraserviços de desentulhar parte do Mosteiro de Olinda, em ruínas, após a retirada dosholandeses. O mesmo autor acrescenta que, na região Sudoeste, o Mosteiro de Sorocaba54recebeu gentio da terra como parte de seu dote fundacional, para ser utilizado em serviços doMosteiro. O autor refere ainda o uso da mão-de-obra indígena, em regime de escravidão, nasfazendas pertencentes ao Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.No caso dos engenhos, a documentação registra a contratação de mão-de-obradiferente, como mestres de açucares55, feitores, barqueiros, purgadores, caldeireiros,53 Ver Anexo OO.54 Fundado em 1667, como se viu no Capítulo 1.55 Pinho (1982, p.77) aponta a importância dos mestres de açucares, explicando: “Os mestres de açucares são ossenhores de engenho, porque em sua mão está o rendimento e ter o engenho fama, pelo que são tratados commuitos mimos [...]” Nos registros de descarrego dos engenhos, este cargo aparece com os valores maiselevados de remuneração. [Página 275]

Por que sua Magestade Fidelissima que Deos Guarde foy servido ordenar-mos por carta/ de 30 dejaneiro do Excelentissimo Senhor Francisco Xavier de Mendonça Furtado Secre/tario de Estado, queremetessemos à aquella Secretaria de Estado huma exacta/ relação de todos os Mosteyros, cazas, erezidencias, que nos são subordinados,/ declarando o numero que tem cada hum delles em Sacerdotes,Choristas, Leigos, / e Donados, e declarando tambem as rendas que tem cada hum dos referidos/Mosteyros, cazas, e Rezidencias para sustentação dos que nelles rezidem, e o não/ podemos fazer antesde termos a inteira informação dos Prellados locaes./ Mandamos ao Muito Reverendo PadrePrezidente actual do nosso Mosteyro de Sorocaba,/ que pello que responde ao seu Mosteyro; faça estaaveriguação, e exacta relação/ assim, e da mesma forma que se contem na ordem de sua MagestedeFidelissima/ assima expressada a qual lançarâ ao pe desta, e nos remeterâ para o/ Rio de Janeiro com abrevidade possivel para com a mesma a remeteremos a Se/cretaria de Estado como se nos ordena; oque inaugmentum meriti mandamos/ em virtude da Sancta obediencia, e de escomunnhão mayor, ipsofacto incurrenda,/ Dada neste nosso Mosteyro de São Bento da Bahia sob nosso signal, e sello, / erefrendadas pello nosso secretario aos 22 de mayo de 1746.Frey Francisco de São JozeDom Abbade Provincial da Ordem de São Bento na Provincia do BrazilPor mandado de sua Reverendissima/ Frey mauro de Jesus Maria/ Companheiro e SecretarioObediente ao mandado de Vossa Reverendissima humildemente respondo. Tem esta caza // (fl.01) aoprezente dois Religiozos sacerdotes a saber o Prezidente e seu Companheiro. Para sua sustentação,possue quazi huma legoa de terra, e meya de largo com pouca/ deferença de mais, ou menos, porduação que com alguns moveis lhe fes hum devoto no/ anno de 1667 para huma fundação com o realbeneplacito de El Rey Nosso Sem/hor; e obrigação de treze missas annuais.Destas terras, e mattos colhem os frutos que/ o Senhor he servido darnos mediante o trabalho de tresescravos velhos e de alguns poucos/ homens livres que por sua bondade se comservão naadministração em que forão criados,/ e se vão criando algumas familias dos que são cazados cujosfrutos de milho e feijão se/ despende no preciso gasto desta caza.Recebe alguns foreyros situados nas extremi/dades dos referidos mattos, huns annos mais , outrosmenos, segundo mayor, ou menor nu/mero destes foreyros ao prezente onze mil sette centos e vintereis.Recebe de juros de trezentos mil reis, que erdou do defunto Padre Frey João Baptista vinte/ mil reis,que com os rendimentos do foros faz a quantia de vinte e seis mil sete centos e vinte/ reis.

Tem mais em distancia de seis legoas, em comum sentir hum legoa em Qua/dra, que se pedio, econcedeo por sesmaria no anno de 1694 em cujos campos se achão sinco/enta, e sete cabeças de gadoentre grandes, e pequenas; duas egoas com huma cria; duas7 ovelhas hum carneyro e huma cria para oprecizo gasto desta caza.Deve-se hoje sento e secenta e quatro mil quarenta, e sinco reis para cujo empenho alem de al/gumasobras precizas, concorrerão continuadas doensas, ou quazi apydemias, e por consequen/cias faltas demantimentos.Mosteyro de São Bento da Vila de Sorocaba em 22 de setembro/ de 1764.Frey Diogo do DesterroPrezidente // (fl. 01)Nº.1o Setembro 22 de 1764Relasam das rendas da caza de rezidencia da Or/dem de São Bento da Vila de Sorocaba da Com/marcade São Paulo, com declaração do numeros dos seos/ Religiozos. // (fl. 02v)(DOC 11)Obedecendo a ordem de Vossa Reverendissima me man/da de baixo de preçeito lhe declare os reditosdeste Hospiçio, e o nu/mero de Monges que nelle residem; revendo os livros de recibos, e fo/ros acho,que as suas rendas são tão diminutas por inçertas, que to/das se reduzem ao Nº. de vinte vacaz, e aotrabalho de trez escravos que/ tantos tem o Hospiçio em huma piquena Chacra da qual se tira osos/tento para o Prezidente e companheiro, quando o tem, e aporando o que/ sobeja, com a piquenapurção que de foros reçebe, a qual nem para/ guizamento(quizamento?) da S. Christia, e vistoario doPadre Prezidente chega, por/ cuanto tudo o que sobra do sustento redozido a moeda, em nenhum/ doscoatros annos, que neste Hospiçio tenho rezidido execeo ao/ compito de vinte e dous mil reis.E comtinoando o/ mesmo ponto sou a dizer, que no anno de 1722 nelle existião/ tres Monges, e oPrezidente, os quais vendo a empoçebilidade que/ tinhão para se poderem sostentar, pertenderão largaro Hospiçio;/ porem apondoçe a Camera, e moradores da Vila ajustarão dar todos/ os annos coarentamil reis, e o Reverendo Vigario des, cujo compito athe hoje/ senão pagou por empoçebilidade daCamara, e falecimento do Pa/rocho, por cujo motivo asentarão os Prelados sopriores asestiçem/ dousMonges no Hospiçio quando muyto para que os moradores tiveçem/ fora do Parocho quem nasneçecidades espiritoais lhes acestiçem.
[Páginas 490 e 491]

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O homem brasileiro, desde o faxineiro até o Presidente da República, nenhum deles sai de casa dizendo hoje ‘vou errar, hoje vou errar’. Não. Não! Todos saem de casa com a intenção de acertar. Fazem 10 coisas, erram três e os jornais e a televisão, sem dó, encontram os três defeitos. Não encontra uma só qualidade. Qual é o ser humano que vai progredir se ele não recebe estímulo da televisão?

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A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém.
Martinho Lutero
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