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O mosteiro de São Bento de Jundiaí e o culto e devoção à Santa Ana na vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro. Rogério Fernandes Calheiros
202207/04/2024 23:23:16

Assim em 1589 chegam a esta cidade, Frei Pedro Ferraz e Frei João Porcalho,sendo recebidos pelo Governador Salvador Corrêa de Sá e se hospedando na ermidade Nossa Senhora do Ó, até após visita a possíveis sítios para instalação do mosteiro,resolvem estabelecer-se na ermida de Nossa Senhora da Conceição, no Morro daConceição, recebendo sua doação a 13 de maio de 1596, acrescida de uma doaçãode sesmaria de 1590, lavrada em 31 de janeiro de 1620 além de outras terras nomesmo período. Com a construção do edifício do mosteiro o lugar passou a serchamado Morro de São Bento.Em 1592 Dom Francisco de Souza, Governador Geral do Brasil pede aosmonges que a igreja seja dedicada à Nossa Senhora de Monte Serrat, imagem de suadevoção, o qual é prontamente atendido.

Em 1667 recebem os monges, como doação, os engenhos de Vargem eCamorim no qual anos mais tarde, no governo do abade Frei Gaspar da Madre deDeus, a partir de 1762, foram tomadas medidas de reconstrução e melhoramentosque resultaram na construção capela de Nossa Senhora do Pilar na qual segundoTaunay (1927), “fez-se consagração do novo templo com grande solenidade econcorrência de convidados e povo, nele se entronizando jubilosamente as imagensda Virgem, de Sant’Ana e de São Bento” (TAUNAY, 1927, p. 205).5.6 O Mosteiro de São Bento da ParaíbaApós a fundação e estabelecimento do mosteiro de São Bento da Bahia em1584 o monge Frei Damião da Fonseca, membro desta comunidade foi enviado àCapitania do Espírito Santo por Frei Antônio Ventura para erigir em Vila Velha um novomosteiro na casa que pertencera a Governadora Dona Luísa Grimalda; dois anosdepoisFrei Damião parte para Vila Nova de Vitória para fundar novo mosteiro até quedepoisde assumir o cargo de presidente do mosteiro de Olinda parte para a cidade daParaíba para ali fundar um mosteiro. em 21 de janeiro de 1595.Mesmo recebendo as devidas autorizações da Congregação em 1596, afundação não é realizada, o que faz com que em 1599 o Governador Geral dacapitania Dom Feliciano Coelho de Carvalho escreva ao abade Fr. Remígio domosteiro da Bahia para enviar monges a fim de construir uma igreja e mosteiro nacidade da Paraíba. [Página 47]

Ainda segundo Almeida (1964) foi o fundador, Balthazar Fernandes, que trouxea imagem de Nossa Senhora da Ponte e a fez entronizar na capela recém erguida,esta imagem poderia ter sido enviada do povoado de Vila Rica do Guairá, de umacapela existente neste local e que levava o seu nome, pelo vigário local que era amigoda Família Fernandes e que talvez a tenha entregue ao construtor, outra conjectura éque o título da imagem é derivado da ponte do rio Sorocaba próximo a capela.

Em 4 de julho de 1667 o Pe. Provincial Dr. Frei Francisco da Visitação tomou posse do mosteiro e de sua igreja, instituindo Frei Anselmo da Anunciação Como primeiro presidente do mosteiro, tendo por irmão conventual Frei Mauro da TrindadeVieira segundo Endres (1980).

Tendo servido de matriz provisória, com a construção definitiva de sua igreja levada a cabo em 1667 o título de Nossa Senhora da Ponte da antiga capela em posse dos beneditinos é transferido para a nova igreja e a igreja monacal passa a receber ainvocação de Nossa Senhora da Visitação em referência ao abade provincial Frei Francisco Da Visitação, de acordo com artigo de Dom Martinho Johnson (1978) publicado em jornal sorocabano.

Em documento de 1732 citado por Johnson (1977) é dito que Frei Pedro de Jesus Maria, presidente do mosteiro entre os anos 1711-1718, mandou fazer uma imagem de Nossa Senhora do Pilar, sendo esta, a mesma que Manuel Fernandes doou uma coroa feita com o primeiro ouro extraído das minas de Goiás.

Nesta mesma época ainda segundo Johnson (1978) teria sido feita e depois entronizada a imagem de Sant’Ana Mestra, que veio a substituir o orago de Nossa Senhora da Visitação da igreja por ocasião da visita canônica14 de Frei Gaspar da Madre de Deus que em 1769 recebera a incumbência e o cargo de Visitador Comissário Geral dos mosteiros da Capitania de São Paulo.

6. O MOSTEIRO DE SANT’ANA DE JUNDIAÍ E O CULTO DE SANT’ANASegundo antigo documento do arquivo metropolitano de São Paulo15, EstácioFerreira, que foi procurador da Câmara em Jundiaí e sua esposa Violante Jorge14 Visita Canônica ou pastoral é a obrigação imposta aos bispos católicos e representantes religiosospelo Código de Direito Canônico de visitar a diocese e/ou as instituições religiosas em determinadointervalo de tempo, abrangendo as pessoas, instituições, coisas e lugares sagrados do espaço aosquais se referem a visita.15 Caderno escrito pelo Vigário Miguel de Castro Aguiar, página 1 em 9 de julho de 1747. [O mosteiro de São Bento de Jundiaí e o culto e devoção à Santa Ana na vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro, 2022. Rogério Fernandes Calheiros. Página 54]

margens do rio Tamanduateí e defronte ao Mosteiro (JOHNSON, M. 1977. op. cit. p.13.). Seus apelos foram prontamente atendidos e no governo do Abade Frei Mauro daTrindade em 1667 novo pedido é feito, desta vez em razão da falta de água para usono mosteiro, pedindo então os terrenos de um brejo localizado na parte do poentedo rioAnhangabaú e o caminho que vai para o Guaré (JOHNSON, M. 1977. op. cit. p.17-21).Estava presente como testemunha nos dois autos de posse Frei João do EspíritoSanto, futuro fundador do Mosteiro de São Bento de Jundiaí em 1668:Aos Quatorze dias do mez de Abril de mil e seis centos e secenta e sete anos.Nesta vila de Sam Paulo da Capitania de Sam Vicente do estado do Brasil &em virtude do despacho da pet. am. atraz e Carta de data dos oficiaes daCamara. Eu Andre de Barros de Miranda tabaliam do publico judicial de notasnesta vila de Sam Paulo, e seu termo, e nela Escr.am da Camara, ealmotassaria, com o porteiro do Concelho Gaspar Fernandes Marsal, emcompanhia do Rdº P.D. Abb.e. Fr. Mauro da Trindade e o Rd.º P.e. Fr. Joãodo Esprº. Stº. Fomos a paragem conteuda na da. Pet.am. e Carta de data, epelo porteiro foi dito por tres vezes em alta voz, posse, há q. m. vá contra estaposse, posse há quem vá contra esta posse, posse, há q. m. vá contra estaposse; e por não haver quem a contradissesse a d.a. posse, metemos deposse ao dº. Reverendo P. e. d. Abb.e. e mais Religiozos dando lhe na mãoo dº. porteiro hum ramo verde, e o houvemos por empossado dos dº. sítiosp.a. dous currais de gado na d.a. paragem; em fé do fiz este termo de posseem q’ asinou o dº. porteiro commigo tabalião, e o dº. Religiozo D. Abbe. Andrede Barros de Miranda tabalião o escrevi. // Andre de Barros de Miranda// Sinalde Gas + par Fernandes Marsal. // o M. Dr. Fr. Mauro da Trindade D. Abbe.// Fr. João do Esprº. Santo // Prior (JOHNSON, 1977. p. 14-15).As atas da Câmara no ano de 1669 mencionam Frei João do Espírito Santocomo padre presidente e religioso do Patriarca São Bento e em 25 de fevereiro de1681 é mencionado o Mosteiro como a Capela do Mosteiro de São Bento. Frei Joãodo Espírito Santo é mencionado no Dietário do Mosteiro da Bahia quando nonecrológio do 88º falecido, Frei Anselmo da Anunciação se diz que o mesmo foimandado por companheiro de Frei João do Espírito Santo a fundar um hospício nacomarca de São Paulo em uma terra chamada Jundiahy.Hospício era o termo antigo para estalagem, o hospício é a casa religiosa ondese abrigam os religiosos da Ordem, de passagem pela terra onde está o hospício.Na Ata do dia 21 de abril de 1669 da Câmara Municipal de Jundiaí temos umadas primeiras informações das relações entre o mosteiro e a comunidade:termo da CameraAos vinte Ehú dias do mes de abril dahera de mil Esseis ssentos EssessentaE noveannos Em Esta villa fermoza denossassenhora do destero de jhundiahinaCaza deputada para sse fazer Camera Estando os ofiais juntos assaverjuizes domingos Cordeiro E francisco de farias Breador francisco Cabral detabora LuCas fernadez de matos pedro dassiLva procurador doComsselhopero daguiar Eperante os ditos ssenhores aparesseu omuito Reverendo [Página 56]
O mosteiro de São Bento de Jundiaí e o culto e devoção à Santa Ana na vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro. Rogério Fernandes Calheiros

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testeBalthazar Fernandes (1580-1667)
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Você sabia?
, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”. Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE MSS2355) fala- se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.
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As cores da vida, são as que pintamos.
José de Anchieta (1534-1597)
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