Cópia da carta do abade Maserati a S.M. - Nela ele dá conta dos excessos dos portugueses do Brasil, cometidos no Paraguai e no saque da Villa Rica del Espíritu Santo, e dos comércios que gastou neste motivo. Que soube do Governador que era, há dois anos, do Rio de Janeiro, General de Artilharia Juan de Silva de Sousa; que a Villa de San Pablo fica a apenas cinco ou seis dias de viagem do referido rio; que seus habitantes e os de sua região são pessoas como rebeldes e foras da lei; e que sua distância da Baía de Todos os Santos, onde reside o Governador Geral de todo o Brasil, é de 400 léguas; que mal o reconhecem; e que quando as Audiências talvez enviem algum Ouvidor para punir os delinquentes, costumam despedi-lo com ameaças; que o número de índios em suas fazendas é muito considerável e que sua maior riqueza consiste em suas tarefas; que nos casamentos, o dote ordinário é dar 100 índios; que quando D. Juan de Silva estava para vir do Rio de Janeiro, soube que os paulistas haviam ido para o interior, a pretexto de ir descobrir e beneficiar algumas minas de chapas, com a autoridade do Príncipe... [Historia de la Compañía de Jesús en la provincia del Paraguay, Vol. 3, 1912. Páginas 207 e 208]