Os oficiais da Câmara se reuniram para tratar da necessidade de uma entrada ao sertão da capitania "para ver o estado dos nossos inimigos", com os quais estavam em guerra, havia dois ou três anos - 23/08/1592 de ( registros)
Os oficiais da Câmara se reuniram para tratar da necessidade de uma entrada ao sertão da capitania "para ver o estado dos nossos inimigos", com os quais estavam em guerra, havia dois ou três anos
23 de agosto de 1592, domingo. Há 432 anos
A 23 de agosto de 1592 (Atas, vol. 1º, pág. 445) os oficiais da Câmara se reuniram para tratar da necessidade de uma entrada ao sertão da capitania "para ver o estado dos nossos inimigos", com os quais estavam em guerra, havia dois ou três anos (Atas, vol. 1º, pág. 442), já tendo protestado perante o capitão-mor. Leram, então, e também aos moradores da vila que todos foram convocados, o capítulo de uma carta do capitão Jorge Correia que dizia que "se parecesse bom se fizesse o salto", e logo foi deliberado que se fizesse a guerra com o maior "ímpeto de gente e com toda a brevidade" e que Jorge Correia mandasse a gente de Itanhaém e de S. Vicente.Houve, porém, sério rebate dos índios contrários, sendo grave a situação e "estando os nossos atemorizados", Jorge Correia mandou Afonso Sardinha ao sertão, em seu nome, ver o estado em que estavam os índios contrários ou dar-lhes guerra com a maior segurança podendo levar todos os índios da capitania (30 set. 1592, Reg. Geral, vol. 1º, pág. 59). Queria contemporizar.Jorge Correia ainda quis contemporizar alegando o perigo da guerra no mar com os piratas estrangeiros, e mais ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro. A Câmara, porém, vigorosamente repeliu as alegações protelatórias.Essa entrada se fez, pois que no inventário de Catarina Unhate, em 1613, foi avaliado o índio Francisco, "Pés Largos", da viagem de Afonso Sardinha (Inv. e Test., vol. 1º pág. 270). Dada a forma vaga com que eram feitos os inventários, a cativação do índio Francisco poderia ter sido feita, entretanto, antes ou depois desse ano e por Afonso Sardinha, o moço, pois que ambos entraram ao sertão em diversas épocas. O padre Manuel da Fonseca, porém, na Biografia do Padre Belchior de Pontes, a qual foi escrita em 1752, narra que a aldeia de Carapicuíba fora povoada por índios trazidos do sertão por indústria de Afonso Sardinha, que por sua morte os deixou ao Colégio de S. Paulo (pág. 118).