Em 1719 o sertanista é cogitado, pelo governador-geral, para comandar a guerra ao gentiobárbaro que ameaçava os moradores da vila de Cairu, assaltando fazendas e matandoescravos, assunto que fora objeto de uma ordem do rei.241 Disponho de apenas um documentoa respeito dessa questão, do qual se pode vagamente inferir que Leal não estava disposto aassumir a função. Parece que o baiano estava em preparativos para uma viagem a Portugal, naqual utilizaria uma nau de sua propriedade, que se engajaria na frota que deixaria Pernambucorumo ao Reino.242 Ciente da intenção demissória do baiano, o governador-geral o insta apermanecer no seu posto, afirmando que Leal, “se não é paulista, é um dos que sabem melhorde nosso Brasil”, é “um dos coronéis que melhor têm servido a Sua Majestade” e é“capacitadíssimo”; mas não deixa de lembrá-lo que, se pretende mesmo fazê-lo, poderáconseguir a sua baixa em Portugal, porque El Rei sabe muito bem que tem no Brasil pessoasque poderiam substituí-lo. Ademais, sempre segundo o governador-geral, Sua Majestade nãodeclarara, na ordem enviada para o Brasil, se preferia para o posto um paulista ou um oficialmilitar