Domingos Rodrigues da Fonseca Leme era natural da vila de Parnahyba, filho do capitão João Rodrigues da Fonseca e D. Antonia Pinheiro Raposo Tavares - 30/10/1749 de ( registros)
*Domingos Rodrigues da Fonseca Leme era natural da vila de Parnahyba, filho do capitão João Rodrigues da Fonseca e D. Antonia Pinheiro Raposo Tavares. Faleceu em seu sítio de Teymotinga, distrito de São Roque, em 1738, casou com Izabel Bueno de Moraes.
Tem uma história interessante a velha fazenda da Borda do Campo, situada a poucos quilômetros da estação do Sítio, na Estrada de Ferro Centra, comarca de Barbacena. Ela foi teatro de conversações patrióticas, assistiu as cenas de ardor cívico, conferências de inconfidentes e lá se fez ouvir muitas vezes a voz sincera, entusiasta e vibrando do proto-mártir Tiradentes.
Seu proprietário era, por esse tempo, o coronel José Ayres Gomes. Antes dele, em 1703, a fazenda da Borda do Campo pertencer ao coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme distinto paulista, cujos serviços e merecimento são atestados na patente de coronel da Nobreza da Capitania de São Paulo, que lhe passou o Capitão General Rodrigo César de Meneses, em 22 de outubro de 1724.
Desse documento consta que "sucedendo entrar a Armada Francesa no porto do Rio de Janeiro, e baixando das Minas o Governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, com um pé de exército a socorre-lo, se, aquartelou na Borda do Campo, no sítio do suplicante, onde lhe foi necessário demorar-se alguns dias para regular as tropas e as ir despedindo de sorte que fizessem as marchas com mais facilidade, ás quais assistiu o dito Domingos Rodrigues da Fonseca Leme com todos os mantimentos necessários, e tudo o mais que lhe pediu, com a maior grandeza e liberalidade, oferecendo tudo sem estipendio nem paga..."
Foi a invasão dirigida por Duguay Trouin, em 1771, em que os franceses, no dia 22 de setembro, tomaram o Rio de Janeiro, que não fôra defendido convenientemente pelo governador Francisco de Castro. Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho chegara de Minas com esse reforço que passara na Borda do Campo, mas encontrou firmado com Duguay um contrato desonroso. Coelho de Carvalho foi então convidado para assumir o governo e fel-o em 1711, conservando-se até 1713.
Depois do Coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, as terras da Borda do Campo passaram ao domínio de Manoel Lopes de Oliveira, que também obteve carta de sesmaria em 30 de outubro de 1749. [A Fazenda da Borda do Campo. O inconfidente José Ayres Gomes, 1992. Wilson de Lima Bastos. Páginas 1 e 2 do pdf]