Afonso Sardinha acresce seu patrimônio com “uns alagadiços ao longo do rio Jerobatiba”
23 de janeiro de 1609, sexta-feira. Há 415 anos
Posteriormente acresce seu patrimônio com "uns alagadiços ao longo do rio Jerobatiba", por petição feita a Gaspar Conqueiro, capitão e ouvidor da Capitania de São Vicente e que foi atendida, visto ser Afonso Sardinha "morador antigo da dita capitania e servir Sua Majestade em tudo que nela se oferecera e... oferecera em tudo o que a bem da terra se havia a fazer..." ["Registro de uma carta de data... Sardinha no campo...". 3 de novembro de 1607] Confirma a doação, o auto de propriedade da data concedida, onde consta que "sendo presente o dito Afonso Sardinha lhe pediu o metesse de posse dos alagadiços e campos..." ["Auto de posse que foi dada a Afonso Sardinha da terra e capão contendo nesta carta...". 23 de janeiro de 1609] [Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História, 11.1965. Página 174]
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil]