Faleceu sua 2ª mulher em 1631, com testamento, escrito e assinado a rogo pelo Padre Francisco Jorge3.Fez disposições pias e determinou ser enterrada na igreja matriz, na sepultura de seu pai Vicente Bicudo,com o acompanhamento da bandeira da Misericórdia; por sua alma encomendou um ofício de nove lições e quatorze missas. No inventário, entre os bens, avaliaram-se casas na vila, sítio e gado, e arrolaram-se oitenta edois administrados do gentio (INV. E TEST., VIII, 289). [Revista da ASBRAP nº 10. Genealogia Paulistana - Título Proenças (Adendas às primeiras gerações). H. V. Castro Coelho, consultado em 10.10.2022. Página 6 do pdf]
S.L. 4º, 383, 1-1 Francisco de Proença, Foi 1.º casado com Izabel Ribeiro, natural de S. Paulo e ali falecida em 1627 com testamento, f.ª de Estevão Ribeiro, o moço, e de Maria Duarte, Tit. Bayão; segunda vez foi casado com Maria Bicudo, f.ª de Vicente Bicudo e 1.ª mulher Anna Luiz. Tit. Bicudos. Faleceu Francisco de Proença com testamento em 1638 e foi sepultado na igreja do colégio dos jesuítas em S. Paulo. Teve: [Projeto Compartilhar, projetocompartilhar.org/ SAESPp/manuelcorreadelemos 1693manueldesiqueira1614.htm]
Mécia Nunes Bicudo nasceu em São Paulo por volta de 1570. Segundo o historiador Américo de Moura, era filha de Antônio Bicudo Carneiro com uma primeira esposa, natural de Santos, São Paulo. Após a morte de sua mãe, seu pai casou em segundas núpcias com Isabel Rodrigues, filha de Garcia Rodrigues Velho e Izabel Velho, em São Paulo, a qual considerou a enteada como sua própria filha. Por volta de 1585, Mécia casou com Manoel de Siqueira Caldeira, em São Paulo, vindo a falecer em Cotia, São Paulo, em 1647. Tiveram oito filhos:
1 - Sebastião Bicudo de Siqueira 2 - Antonio de Siqueira Caldeira 3 - Manoel de Siqueira 4 - Francisco Bicudo de Siqueira 5 - Vicente Bicudo 6 - João de Siqueira 7 - Salvador Bicudo 8 - Custódio Bicudo [MOURA, Américo de. Os Povoadores do Campo de Piratininga. Revista do IHGSP. Volume XLVII, São Paulo, 1952, p. 310, 311; LEME, Luiz Gonzaga da Silva, Genealogia Paulistana, Vol. 7, Tit. Siqueiras Mendonças, 1904, p. 505.]
A filiação de Mécia Nunes Bicudo é confirmada por estudo que revela ser ela uma das filhas de Antônio Bicudo Carneiro, fruto de seu primeiro casamento com uma filha de Antão Nunes, e que; depois, foi acolhida como filha por sua segunda esposa Isabel Rodrigues. Assim conclui Américo de Moura em Os Povoadores do Campo de Piratininga. Revista do IHGSP. Volume XLVII, páginas 310 e 311:
"(...) Antonio Bicudo foi casado na capitania mais de uma vez. Sua primeira mulher creio que fosse natural de Santos, filha de Antão Nunes e Maria Siqueira (v. NUNES 1). A segunda foi Isabel Rodrigues, natural de São Paulo (...) Devo aqui acrescentar aos do rol de Silva Leme alguns filhos de Anônio Bicudo:
(...) B) Messias Nunes Bicudo, que também se chamou Messia Bicudo de Mendonça, Pedro Taques a considerou filha de Vicente Bicudo, filiação que Silva Leme muito bem rejeitou. Como boa madrasta, Isabel Rodrigues a considerou filha ("Reg." VII, 51). Casou antes de 1598 com Manuel de Siqueira, que faleceu em 1614, deixando oito filhos, descritos em Silva Leme, VI, 505. (...)." [MOURA, Américo de. Os Povoadores do Campo de Piratininga, p. 310, 311.]
3 - Assentamento em grande parte danificado, do qual foi possível transcrever o que segue (em grafia atualizada): Justificação do Cap. Salvador Pires de Medeiros (feita por volta de 1645).
“... que me foram dadas em dote de casamento por meu sogro, que Deus tem, Francisco de Proença, as quais também lhe foram dadas em dote quando se casou com minha sogra, que Deus haja, Mécia Bicudo, neta e herdeira do defunto Domingos Luís Grou e de sua mulher Maria da Peña, na parte de seu pai alegam que os alicerces mandei abrir como procurador de minha irmã Ana Pires de Medeiros por lhe pertencerem [por morte de] seu marido o defunto [Antônio Bicudo de] Mendonça e outros quinhões <........................................> e Domingos Nunes <..............................> dos netos de Domingos Luiz, primeiro possuidor de todos os chãos naquela <.................................> e não [sabemos] haver deles vendido mais que cinquenta braças a Maria Afonso, de quem o suplicante não é herdeiro por via alguma, a qual Maria Afonso se inteirou dos chãos de sua compra cercando-os com taipa de pilão de todas asquatro faces e ainda <...........................................> [restaram] muito mais chãos dos que lhe foram vendidos <...................> [por] cinquenta braças se entende na realidade [cinquenta] braças e meia por cada face que nas quatro faces [somam as] duzentas e duas braças que a escritura faz menção e ...” (DAESP, Documento nº 23 – 1643-1651).
O Cap. Salvador Pires de Medeiros (juiz ordinário em Taubaté em 1655) casou em S. Paulo a 5 de julho de 1638 com Ana de Proença, n. em 1624, filha de Francisco de Proença e de s.m. Mécia Nunes Bicudo, por esta, neta de Vicente Bicudo e de s.m. Ana Luís Grou e bisneta do Cap. Domingos Luís Grou e de s.m. Maria da Peña, todos esses homens membros da governança de S. Paulo (título Pires). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Páginas 8 e 9 do pdf]