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A Bahia e as Capitanias do Centro do Brasil, 1945
194508/04/2024 03:38:56

Fogo, ou ainda Filho do Trovão, prestígio ainda reforçado depois da vitória que alcançou graças á arma milagrosa sobre os selvícolas contrários aos hospedeiros. A alcunha de Caramurú foi muito discutida, e hoje é geralmente atribuída, não ao trovão, mas a um peixe da espécie das Moreias comum na Bahia.

Ademais, a alcunha não pertencia apenas a Diogo Álvares mas também a outros brancos de diferentes nacionalidades aparecidos no mesmo lugar, Na História da Companhia de Jesus de Serafim Leite, ocorre um documento, no qual o povoador é chamado francês, conjeturando-se daí, que proviesse o qualificativo de suas relações com normandos e bretões.

Por outra, nos manuscritos quinhentistas da Biblioteca Nacional, temos a existência de um grande grumete francês também com a alcunha de Caramurú, que ás vezes era grafado Caramelú, como encontramos nas Novas Cartas Jesuíticas, páginas 29 e 84. Alegava ainda Jaboatão, ter descoberto num velho manuscrito existente no convento de São Francisco na Bahia, a informação de que Diogo Álvares era pessoa nobre, de esclarecida linhagem na província de Entre-Douro-e-Minho. Sentimos algumas dúvidas sobre semelhante categoria, porquanto a nobreza naquele tempo outorgava privilégios de que o Caramurú nunca parece ter gozado, a não ser no fim da vida, quando sesmeiro de Francisco Pereira Coutinho, recebeu mercê del-Rei pelos serviços que prestara. Continuaremos, por conseguinte, com limitada confiança nas notícias dos nossos alvores históricos que não concordem com depoimentos seus contemporâneos.

Algumas dessas incertezas pairam sobre D. Rodrigo de Acuña fidalgo espanhol comandante da nau São Gabriel, da esquadra de Francisco Jofre de Loayasa, que rumava ás Molucas pelo estreito de Magalhães.

Apanhado pelos temporais que assolam a ponta extrema da Terra do Fogo, veio ter a Bahia desgarrado do resto da expedição, necessitado de reparos, com intenções de recolher algum pau-brasil nas matas vizinhas para se ressarcir de prejuízos. Aportado na baía de Todos os Santos em 1526, perdeu nove embarcadiços, que foram a terra e nunca mais voltaram. Narra o piloto Francisco de Ávilla ap. Navarrete:

Y estando cargando de Brasil, y tomadas quatro bateladas del, los indios mataron siete hombres de los que estaban in tierra cortando el brasil. Invió el capitan al maestre á saber i poderia saber alguna nueva dellos, y com el dos grumetes. Saltaron los grumetes, mataranlos: salió-se luego la nao de alli: hallo á la boca de la bacia un cristiano que decia que habia quince años que se habia perdido alli con una nao.

E enquanto atacando do Brasil, e tirando dele quatro bateladas, os índios mataram sete homens dos que estavam em terras cortando o Brasil. O capitão convidou o maestre para conhecer ou saber algo novo sobre eles, e com os dois meninos. Os meninos saltaram, mataram-nos: então o navio partiu de lá: encontrou na boca da bacia um cristão que disse que estava perdido há quinze anos com um navio.
[Páginas 37 e 38]
*A Bahia e as Capitanias do Centro do Brasil, 1945

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