' A ideia de Cidade: A fundação da vila de Sorocaba e seus primeiros desmembramentos no século XVIII, Itapeva, Itapetininga e Apiaí* - 01/02/2018 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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A ideia de Cidade: A fundação da vila de Sorocaba e seus primeiros desmembramentos no século XVIII, Itapeva, Itapetininga e Apiaí
fevereiro de 2018. Há 6 anos
Porém cumpriu a rigor, somente com alguns dos costumes coloniais quetranspassariam os séculos, a dedicação da capela a um orago, com construção domosteiro para uma Ordem Religiosa e a eleição da câmara de vereadores.Três anos depois, no dia 23 de fevereiro de 1664, a já conhecida carta dedoação do Patrimônio religioso à ordem Beneditina é publicada:Saibam quantos este público instrumento de escritura de doação virem queno ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos esessenta e quatro aos vinte e três dias do mês de fevereiro do dito eram nestavila de São Paulo capitania de São Vicente partes do Brasil e neste mosteirodo Patriarca São Bento desta vila de São Paulo onde esse público tabeliãoadiante nomeado foi sendo chamado e sendo ali logo apareceram partes asaber de uma parte o Capitão Baltazar Fernandes e da outra o Padre FreiAnselmo da Anunciação procurador do mosteiro de São Bento da vila deSantana da vila de Parnaíba, e em nome de todos os mais religiosos do ditoconvento e pelo dito Capitão Baltazar Fernandes me foi dito a mim tabeliãoperante as testemunhas que presentes se achavam adiante nomeadas eassinadas que ele ora em virtude deste público instrumento dava e doavadeste dia para todo o sempre aos nomeados Padres do Patriarca São Bentodo mosteiro de Parnaíba a igreja de Nossa Senhora da Ponte com toda a suafábrica sita na paragem chamada Sorocaba com obrigação dele dito CapitãoBaltazar Fernandes lhe fabricar um dormitório com quatro celas suadespensa cozinha e refeitório e assim mais lhe dava e doava toda a suaterça28 que diretamente lhe couber por sua morte assim de bens móveis comode raiz peças do gentio da terra como de Guiné e outrossim disse ele ditoCapitão Baltazar Fernandes que para fabricar a dita igreja dava logo em suavida como de fato logo deu doze serviços de peças do gentio da terra e assimlhe dava logo um moço também do gentio da terra para serviço da sacristia eassim mais uma moça cozinheira para serviço dos ditos Padres e outrossimlhe dava doze vacas e um touro, mais um moinho uma vinha a qual vinha emoinho sucede e logra ele obrigante digo moinho e vinha sucederá e lograráele obrigante em sua vida e depois de falecido tomarão posse da dita vinha emoinho os ditos religiosos e assim mais lhe dava logo como de fato deu aosditos Padres para fazerem suas lavouras uma légua de terras que começaráde uma roça que é plantada de mandioca para sustento dos ditos Padres atésair aos campos onde está Bráz Esteves e de largura desde o rio deSorocaba até onde está dom Diogo do Rego Mendonça genro do ditoobrigante as quais coisas atrás nomeadas disse dava e doava ele ditoobrigante em sua vida aos ditos religiosos desde hoje para todo o sempre epor sua morte lhe dava toda sua terça como dito e com a obrigação de queos ditos Reverendos Padres do mosteiro de São Bento de Parnaíba lhe dirãodoze missas cada ano na dita igreja e uma mais no dia da festividade deNossa Senhora da Ponte as quais sobreditas missas serão obrigados os ditosReverendos Padres a lhe dizer deste dia para todo o sempre com adeclaração que as sobreditas coisas que ele em sua vida dava e doava comotudo o que lhe pertencia de sua terça serão anexos sempre à dita igreja edela não poderão tirar nem alheiar coisa alguma e outrossim declarou ele ditoCapitão Baltazar Fernandes que as ditas missas seriam ditas por eles e porseus herdeiros ascendentes e descendentes e os que após dele vierem asquais sobreditas coisas prometeu ele obrigante cumprir tão inteiramentecomo nestas se contém prometendo não ser nunca por si nem por seus herdeiros contra o teor desta escritura mas antes em tudo e por tudo dar efazer dar inteiro cumprimento dando-se por opoente a toda dúvida e embargoque a elas seja posto sob obrigação de sua pessoa e bens móveis e de raízque a esta obrigam e da mesma maneira se obrigavam por si e por seussucessores dar inteiro cumprimento à obrigação nesta declarada e aceito simdisseram e uns e outros e se nesta escritura faltassem algumas cláusulas ousolenidades em direito requeridas ou alegadas haviam aqui por postas edeclaradas como se de cada uma delas fizera declarada e distinta menção oque em ser testemunho da verdade assim o obrigaram mandaram ser feitaesta nesta nota donde mandaram dar os instados29 necessários quecumprissem sendo presentes por testemunhas Antônio Leite Ferreira, IsidórioPinto e João Ribeiro pessoas de mim tabelião reconhecidas que assinaramcomo o dito obrigante e como o Reverendo Padre Frei Anselmo procuradordo dito mosteiro eu André de Barros Miranda Tabelião do Público Judicial eNotas desta vila de São Paulo e seu termo o escrevi com declaração de quefoi feita esta escritura na era de mil seiscentos e sessenta e quatro anos //Baltazar Fernandes // Procurador Frei Anselmo da Anunciação // AntônioLeite Ferreira // João Ribeiro da Silva // Isidório Pinto (fim do documento)// euPedro Matia Sigar Tabelião do Público Judicial e Notas nesta cidade de SãoPaulo este instrumento do Livro de Notas a que me reporto em que oescreveu o dito tabelião André de Barros de Miranda a que tresladei e assineiem público e raso30 nesta sobredita cidade de São Paulo em os quatorze diasdo mês de fevereiro de mil setecentos e trinta e declaro que o dito livro épertencente ao Cartório do Tabelião Elzeário Dias de Matos que ao presenteserve. Em testamento da verdade: Pedro Matias Sigar. (Disponível em:Arquivo Histórico de Santana do Parnaíba – Casa do Anhanguera).O documento acima citado na íntegra tem poder jurídico, pois é registrado comoescritura de doação da igreja de Nossa Senhora da Ponte com toda a sua Fábrica(sendo que nesta data, 1664, a vila já havia sido fundada, no ano de 1661) à ordemBeneditina. O escrivão que o redigiu foi André de Barros Miranda e pertencia ao“Público Judicial e Notas da vila de São Paulo”. No dia 23 de fevereiro de 1664,estavam reunidos no mosteiro de São Bento, da vila de São Paulo, o padre FreiAnselmo da anunciação, procurador do mosteiro de São Bento da vila de Santana doParnaíba – representando a parte cessionária com os padres que tomariam posse danova igreja de Sorocaba – e o Capitão Baltazar Fernandes – representando a partecedente das novas terras desmembradas de Santana do Parnaíba e provedor donecessário à instalação do mosteiro na nova vila. Algumas testemunhaspresenciavam tal ritual e assinaram ao final do documento, são elas: Antônio LeiteFerreira, João Ribeiro da Silva e Isidório Pinto. Fica claro que a partir destedocumento, o Capitão Baltazar dava e doava deste dia para todo o sempre, aosPadres do mosteiro de São Bento de Santana do Parnaíba – representados por FreiAnselmo da Anunciação – a igreja de Nossa Senhora da Ponte, que já tinha tímidacapela edificada, situada em Sorocaba, com toda a sua fábrica. [Páginas 79 e 80]

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