Índios e jesuítas no Guairá: A Redução como Espaço de Reinterpretação Cultural (século XVII), 2003. Oséias de Oliveira. Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP como requisito para a obtenção do título de Doutor em História
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intervenção dos deuses, ou seja, da Palavra.179 A retórica, o poderpersuasivo da linguagem tem por isso toda uma especial conotaçãopara os nativos, afirma Maria Leonia C. de Rezende.180Dando mostras de sua percepção antropológica quandobusca descrever os ritos dos indios guarani, o Pe. Antonio Ruiz deMontoya em sua Conquista Espiritual ressalta que muitosindígenas se enobrecem com a eloquência, isso devido aimportância que dão à sua língua, pois “é com ela que agregamgente e vassalos”. A relação do jesuíta com a cultura guarani eprincipalmente a admiração que possui pela língua nativatransparece quando afirma que ela é digna de louvor e encontradestaque entre as mais famosas.181Reconhecendo que a conquista espiritual se faz com o usoda palavra, os jesuítas não dão início à empresa evangelizadorasem antes dominá-la. É o caso do Pe. Montoya que, ao serchamado para apresentar o cristianismo à parcialidade indígenaque ele identifica como gualachos, toma como primeira iniciativaaprender a língua. 182
182 - Assim considera Montoya sobre a importância em se aprender primeiro alíngua dos gualachos antes de inicar o trabalho evangélico:“Desde el Taiaova a los campos de los Gualachos havra como quatro dias de camino. Enbiaron a llamar al P. Antoniopara que los reduxese, estando actualmente ocupado con los Taiaovas y no pudiendo dexar luegoaquella reducción, para hazer a dos manos començo a aprender la lengua de los gualachos que esmuy diversa de la general de todas las demas naciones del Paraguay.”CORTESÃO, Jaime.(org). Manuscritos da Coleção de Angelis. Op. cit. 255 [Índios e jesuítas no Guairá: A Redução como Espaço de Reinterpretação Cultural (século XVII), 2003. Oséias de Oliveira. Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP como requisito para a obtenção do título de Doutor em História. Páginas 136 e 137]
Em São Paulo, rico era quem tinha talheres – só dez famílias possuíam – e camas. Isso mesmo: camas. Em 1620, um representante do rei de Portugal em visita à cidade simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo Pires.
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Que me dite bem o Governo, antes de pretender retalhar a propriedade rural dos paulistas, lembrando- se de que foi também um assalto ao patrimônio privado Abolição da Escravidão no Brasil) que deitou por terra a Monarquia.
Com a patriótica e espontânea colaboração dos valorosos Sargentos de nossa briosa Força Pública, a Coluna Senador Vergueiro não vacilará em sair sic) à rua para defender o patrimônio privado que, através de quatro séculos, foram acumulados pelos intrépidos Bandeirantes que bradaram bem alto "No duco, ducor