' A megafalha de Cubatão no sudeste brasileiro, 1998. O.R. Sadowski, Departamento de Geologia Geral, Instituto de Geografia/USP, São Paulo - 01/01/1998 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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A megafalha de Cubatão no sudeste brasileiro, 1998. O.R. Sadowski, Departamento de Geologia Geral, Instituto de Geografia/USP, São Paulo
1998. Há 26 anos
RESUMOo conjunto de faIbas, conhecidas como trallllCOrrentcs, que bordeja a costasudeste brasileira envolvendo as falhas denominadas de OJbalAo, AMm-Paraíba, Lancinha,Itapc11na, etc., constitue parte de um Sistema de Falhamento de mais de 2.000 km de extenslocom evolução e estruturação compJe;u., ao qual designamos de Sistema de Falhamento Cubatãoou Megafalha do Cubatão.A falha do Cubat10 propriamente dita, apresenta divisão longitudinal emsegmentos cujas deformações expõem diferentes níveis estruturais. O :segmento sudoeste dolineamento e representativo do nível estrutural superior e, conforme avançamos para NE, passaa afetar rochas mais profundas, com o surgimento de estruturas características de deformaçãoprópria a níveis inferiores.A junção da falha com o falhamento de Taxaquara é controvertida no seudesenlace. Os dados existentes inWcam que esta última parece ser a feição dominante.Os indicios tmurais e tectogtifos de deformação mostram, para a falha deOJbatão, uma evolução extremamente complexa desde falhamento inverso até transcorrentedestral e sinistraI, como normal a oh]{qüo. Catadasitos com evidências de reaistalizaçãoposterior com imposição de novas xistosidades bem demonstram tal aspecto.As idades de rochas ígneas afetadas variam desde o Proterozóico Superioraté o Mesozóico. Reativaç6es chegam a afetar sedimentos do Cenoz6ico. E. há evidências,embora ainda tênues, de movimentação atual ao longo de fa.lhas de direção NW que nãopertenceriam ao Sistema.Em termos de compartimentação teclODica antiga, tem-se a impressão queocorre um afinamento da crosta na sua porção sudeste. O sistema de falhamentos ter-se-iaoriginado no mecanimno de colisão e subsequente tectõnica de escape entre os CrátonsAngolano e de São Francisco. [Página 1 do pdf]

(SADOWSKI & MOTIIX)ME, 1987), ativo desde o Pr6-cambliano.c. O .sistema de falhas da borda da bacia C03teica de Santos.d. O sistema de rift terciário da Serra do Mar (AI.MEIDA, 1975).e. O conjunto de lineamentos e enxames de diques de direção NWcorrespondentes ao arco de Ponta Grossa, Lineamentos Guapiara, Ubatuba e Cabo Frio-Poçosde Caldas (SADOWSKI, 1987) ao qual correspondem algumas feições possivelmente ativasdurante o Cenozóico até o presente.EXTENSÃOo Sistema Cubatão inclue várias zonas de cisalhamento extensas,subparalelas e com caracterfsticas semelhantes, sendo geralmente milonfticas de alto lngulo ecom direções oscilantes entre N30E a N70E. Várias apresentam evidências de cisalhamentodirecional Possuem nomes locais tais como Freires, Agudos Grandes. Ribeira, ltape6na,.Boquira, Taxaquara, Caucaia, Jaguari. Além ParaJba. Lancinha, Cubatão, etc. Este Sistema seestende em largura, desde o Atlântico até a borda Sul-Sudeste do Estado de Minas Gerais, porcerca de 300 km, no caso de envolver as cunhas de empurrão Socorro-Guaxupé, ou então, atéaos arredores do falhamento de Janwuvira na borda da cunha de Socorro, totalizando 150 kmde largura. Há d6vidas em se sobcepor estes dois sistemas, transcorrente e de empurrão,podendo eventuahnente estar associados num sistema de tect6nica de escape ou, então,corresponderem a dois eventos tectOnicos distintos, o primeiro de cavalgamento e, o segundo,transcorrente.O termo "transcorrente" nem sempre parece adequado à primeira vista, poisfoi introduzido por ANDERSON (1951) para indicar falhas que cortam ou truncam estruturasou dobramentos. No caso em questão, o arrasto dúctil das estruturas para dentro eparalelamente à zona de cisalhamento toma difícil a defmiçãO deste truncamento no campo.O Sistema Cubatão apresenta, como zona de falhamentos principal, oalinhamento de trê8 segmentos dt: falha: Lancinha-Itapeúna, Cubatão e Além Paraiba. Ocomprimento exposto t de cerca de 800 km. A falha se estende por cerca de mais 1300 km soba Bacia do Paraná (ZALAN et aL, 1987) até o Estado do Rio Grande do Sul, totalizando maisde 2000 km de extensão.LOCALIZAÇÃO TECTÔNICAA zona de falha Lancinha-Cubatão-Altm Paraíba ou simplesmente Cubatão,separa o conjunto de rochas de alto grau dominante dos blocos Costeiros e ltatins (ou Joinville)do conjunto de rochas a NW, portador de diferentes associações metamórficas.O bloco Itatins apresenta estruturas arqueadas ("arcuate") com convexidadt: [Página 3 do pdf]

para W, sendo constituído por maciços granuliticos arqueanos entremeados por algumas faixasmetasscdimentares de baixo grau de idade indefinida e limitados a Nordeste pela falha deItariri O bloco Costeiro apresenta rochas de idade Brasiliana. O conjunto de blocos a NW dafalha é representado por metassedimentos Açungui-Sio Roque de deposição possivelmenteatribulvel ao Proterozóica Médio e por maciços antigos pré-brasilianos e, inclusive arqueanos,entremeados por granitóides brasllianos.A zona de falha de CubalAo aprcsenta-se segmentada nas seguintes porçOesna área de embasamento exposto (Fig. 1):Sepleato I..anclDha - se estende da bacia do Paraná até a planlcie aluvionardo baixo Ribeira sendo interrompido (1) pelo lineamento de Guapiara onde, no local de SeteBarras, foi definido um graben com cerca de 350 km de sedimentos Cenozóicos. O segmentoLancinha corta rochas de baixo grau metamÓrfico o qual passa a ser mlÚS intenso a NE.Set-eato CuINdio -seasu strictP" - onde a falha se apresenta associada auma faixa de metassediment05 de baixo grau. EstenJe..se desde a baixada do Ribeira até asproximidades de reseIVatõrio de Ponte Nova onde é desviado por efeito de um lineamento NW(Ubatuba; RIDEG, 1974). A partir deste trecho OCOITe comple:ridade crescente até o ponto deconvergência com a falha de Taxaquara (tal como proposta por HASill et al., 1978, quedesignamos como Taxaquant I face à possivel controVérsia da extensão da Taxaquara até estelocal). Neste trecho, a Norte de Parlllbuna, fica-se na dúvida sobre qual a falha dominante apóso cruzamento destas duas feições. No entanto, observa-se a continuidade do bloco demetassedimentos cavalgado dentro da zona de falha, tlpico da fa1ha de CubatAo. Neste caso afalha de CubalAo se estende até próximo à borda com o Estado do Rio de Janeiro. onde a faltade dados impede a caracterizaçto da sua continuidade. Todavia, na imagem de Radar observase um "off set" aparente, escalonado ascendente, com a falha de Além Paraíba.5egIDento ~. Paraíba - ateta rochas de alto grau metamórfico, compatente deformação dúctil própria dos níveis estruturais profundos, com arrasto destral decerca de 40 a 50 km, visivel em imagem de satélite.A área de "of! set" mereceria ser investigada em detalhe, pois oseaca..\onamentos deste tipo podem resultar em zonas de achatamento e empurrões no caso defalhas destrais e, de grabens rOmbicas do tipo transtracional ou -rombochasmos· no caso defalhamentosinistral.A falha possue tenninação em "splay" (em leque) ou rabo de cava.lo, emdireção ao Estado do Espirito Santo.EXPRESSÃO TOPOGRÁFICAA Megafalha do Cubatão apresenta notável depressão topográfica linearassociada à erosão diferencial da faixa de metassedimentos associada à falha de Cubatão, bemcomo na área dos milonitos, tanto da falha de Além Par8.lba como na Lancinha. Na área da [Página 4 do pdf]

borda da Bacia do Para.ná observa-se o reOexo da zona de falha, na topografia. através dealinhamentos paralelos da drenagem nos sedimentos. Salientam-ae ainda os encaixes dos valesdos rios Paraíba, Mogi. Cubatão, BI1I!lCO, São Lourencinho e Juquiá e trecho do baixo Ribeira.ASPECrOS GEOMÉIlUCOSEm termos de macroestrutucas asaociadaa observam-se feições estruturaisdücteis e nlpteis ligadas a duas fases de ativaçio distintas. A primeira dúctil destral e asegunda, por fraturamento de grande esca1a, aparentemente associado à movimentaçãosinistra! segundo o padrJo de Riedel (SAOOWSKl, 1984) (Fig.!. 1,2 e 3).As reiç6es ddcteis, destrais, slo notáveis em imagem de Radar 1:250.000, aolongo das falhas de Ribeira, Taxaquara e Além Paraíba. Os des.locamentos pré-ruprura slo daordem de 40 km na região de Além Para1ba e Taxaquara 1. Por outro lado, se considerarmosuma continuidade prévia entre os metassedimentos de baixo grau da regiAo de Pilar do Sul,com os do Grupo São Roque próximos a Santa Isabel, pode-se estimar um deslocamentodestral de cerca de ISO km ao longo do conjunto de falhas Taxaquara-Jaguari e cerca de 80 kmao longo da falha Lancinha-JtapeO:na (entre CoIOnia de Abrantes e ltapeúna) baseados emcorrelaçAo similar. No entanto, estes valores são apenas especulativos, 010 havendo aindaniveis-guia realmente identificados.No que diz respeito às macrofeições de nível nlptil, sinistrais, observam-sefraturas e falhas de direç10 NE (N20-40E) destrais interpretadas como antitéticas dentro domodelo de RiedeJ e que slo mais notáveis no trecho correspondente aos segmentos Alémparafba e o Cubatão a NE de Santos.Dentro do Sistema Cubatão observam-se os grabens de Rezende, Taubaté,São Paulo e Curitiba associados ao sistema Rift da Serra do Mar (ALMEIDA, 1975) ouSudeste (RlCCOMINl, 1989) indicativos de movimentos de componente nonnal etranstensional do Terciário.Três fe)çOes notáveis na macrogeometria da zona de falha merecemdestaque:a. O possível duplex destra.! de Riedel entre as falhas Ribeira e ltapeúnaLancinha(Fig.2A).b. Os arrastos dúcteis de cerca de 40 km e achatamenlo de perfiS de dobras,acompanhados de forte estiramento paralelo à zona de falha Além ParaIba (Fig. 3C).c. O bloco de metassedimentos numa extensão de cerca de 400 km ao longoda zona de falha de CubatAo (Figs. 4 e 5).Destas feições. a mais intrigante em tennos de interpretação é o bloco demetassedimentos com largura de 1 a 3 km em média. Ele se situa entre duas falhas, uma a NW,com indicios de empurrão, e vergência SE, em que os metassedimentos se mostram por vezescavalgados por gnaisses e granitos e, outra, que limita o bloco a SE, subvertical de caráter [Página 6 do pdf]

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