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Iperó
20 de dezembro de 202203/04/2024 22:17:18

Em seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) confirma que "os Carijós, depois das grandes lutas, foram obrigados a abandonar a região de Sorocaba e seus sertões. Eis que tomaram posse da região de Sorocaba nativos partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia". [25788]

Concluo este livro dos nativos com a declaração de sua espécies. As nações dos nativos do Brasil todo, eu fazendo com curiosidade diligência por vários escritos de antigos, e pessoas de experiência entre os nativos, com mais propriedade julgo, que toda esta gente se deve reduzir a duas nações genéricas, ou a dois gêneros de nações somente, as quais dividam depois em suas espécies na maneira seguinte. [Simão de Vasconcelos (1597-1671). Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1, 1865. Página 87]

E é aqui que a bandeira sai do baú onde se guardavam os pertences da Câmara e se torna símbolo, por metonímia, de uma expedição militar, mesmo que a intenção belicosa seja do inimigo, no caso o índio: levantar a bandeira em uma lança significa ter intenção agressiva declarada. No caso específico, a intenção do gentio carijó que vinha a São Vicente não era agressiva, pois não levantavam bandeira e nem faziam guerra a ninguém.

Nesse pequeno trecho está resumida toda a problemática daquilo que seria tratado no futuro como o /ciclo das Bandeiras Paulistas/:os índios vinham voluntariamente ou involuntariamente ao encontro dos paulistas? os índios eram escravizados ou trabalhavam em troca de uma recompensa em termos de alimento, vestuário, moradia e alimentação? nos conflitos entre os paulistas e a Santa Madre Igreja – sendo que nesse momento em São Paulo a Santa Madre Igreja era fortemente (se não totalmente) representada pela Companhia de Jesus – qual era a posição da jurisdição real de Sua Majestade? e o que podemos entender por jurisdição real de Sua Majestade em um momento que o rei era espanhol, mas a administração era portuguesa?Atenção para o fato de que possivelmente nenhuma dessas respostas poderá ser unívoca, dentro de um contexto pleno de contradições políticas e conflitos sociais. A acreditar nas declarações (bastante duvidosas, em face do que sabemos através da documentação de época, principalmente pelas cartas dos governadores e dos capitães-generais, e pelas cartas e relatos dos padres jesuítas) dos paulistas, estes também não davam guerra a ninguém e nem levantavam bandeira: os índios carijós voluntariamente lhes vinham procurar.Na história americana, não faltam exemplos de grupos indígenas que, por diversas razões e principalmente por necessidade de aliança de defesa contra outros grupos indígenas inimigos, fizeram pactos com os conquistadores de além-mar. Mas as entradas para descer índios e a permanente oposição dos religiosos contra essa prática são muito claras nas Atas, como, por exemplo, a 23 de Março de 1619:“... e veio o senhor doutor e desembargador Antão de Mesquita de Oliveira e ordenou e mandou o seguinte – primeiramente que tivessem particular cuidado de acudir pela jurisdição de Sua Majestade e particularmente nas excomunhões e censuras eclesiásticas com que de ordinário nesta capitania [de São Vicente] os vigários da vara e mais justiças eclesiásticas se intrometiam a proceder contra os moradores por vender índios forros e fazerem entradas ao sertão a descer gentio, porque ainda que uma coisa e outra sejam tão reprovadas por leis de Sua Majestade, contudo não era coisa em que as justiças eclesiásticas se pudessem intrometer por pertencer o castigo dos ditos crimes somente às justiças seculares e nos casos que sucederem tirarão agravo para a Relação e o enviarão ao procurador da Coroa dando-lhe conta de tudo para que acuda a sua obrigação e corra com o dito agravo e mande acudir com o provimento que se der em Relação no dito agravo e que o mesmo [26876]

A Lagoa Dourada dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. [26567]

Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região*Terça-feira, 1 de Setembro de 1542

a primeira ligação textual entre o homem dourado e um lago, ocorreu em 1542, com uma carta de Pizzaro ao rei espanhol. [23448]

A vila de São Vicente, então com 150 habitantes, foi destruída por “forças” ainda não esclarecidasQuinta-feira, 1 de Janeiro de 1542, o solicitavam a que João Ramalho emigrasse para S. Vicente [20732] Em 11 de Março de 1542 Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca [] Em 25 de Maio de 1542 Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” [19956]

Cabeza de Vaca parte da foz do ItapocúSábado, 29 de Novembro de 1541



Em 1550 Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”Entrementes, enquanto por aqui a frota esteve, seu piloto-mor João Sanches, natural de Biscaia, registrou para o rio o nome Itapocú (que Cabeza de Vaca anotou Itabucu). Deixou-nos a respeito afamada Carta-descrição relatanto tal visita. E Sanches traduziu o nome por Pedra Alta. A tradução todavia, é incompatível com o rio. [24485]

Com a primeira edição impressa da obra História Geral de las Índias de Francisco Lopes de Gomara em 1552, a aproximação do Eldorado com o Peru foi ainda mais acentuada. O cronista descreveu em detalhes o resplandecer de Cuzco, a grande capital incaica no Peru, modelo andino para toda a América: todos os objetos domésticos e estatuária eram de ouro puro (GOMARA, 1965, p. 209). [GOMARA, 1965, p. 209]

O Peru, sabia-o toda gente, era a terra da prata. Das minas do Potosi, tão largamente faladas, partiam para Castela, a cada nau, carregamentos opulentíssimos do tesouro branco. Pode-se afirmar, sem exagero, ter a Espanha colhido no Peru a riqueza mais espantosa que um país, até então, já tivera a boa dita de colher em minas. Ora, a terra do Brasil era a continuação da terra do Peru.

Formavam ambas um bloco só. "... esta terra e o Perum, Senhor, he toda huma" — mandava dizer ao Rei, numa frase famosa, o velho Tomé de Sousa. Pois sendo esta terra e o Perum toda huma, na expressão viva, e tão chistosa, do governador, como se admitir haver imensidão de prata no Peru e, ao mesmo tempo, não haver prata alguma no Brasil? Seria isso o absurdo dos absurdos! Mas tal não acontecia. Pois, consoante as interessantíssimas idéias do tempo, o oriente era tido como mais rico do que o ocidente. Ora, ficando o Brasil no oriente da América e o Peru no ocidente — "não podia, evidentemente, faltar aqui o que abundava por lá". Assim sendo, e com saborosa lógica, concluía um velho documento, citado por Capistrano: "esta região, por boa razão de philosophia, deve ter mais e melhores minas de prata do que o Perú, por ficar mais oriental que elle e mais disposta à criação dos metaes". Não havia, pois, dúvida: o Brasil não era apenas a terra selvosa do pau-de-tinta; oBrasil, acima de tudo, por boa razão de philosofhia, era a terra bem-fadada da prata! [2]

Sardinha, Manuel 30 de Junho de 1553 [19958]

Em novembro 1553, chegava a Lisboa a notícia levada por Tomé de Sousa, atribuída a certo mameluco do Brasil que o acompanhava, que pretendia ter andado no Peru, de onde tornara por terra à costa do Brasil e afirmava que tal percurso poderia ser feito em muito poucos dias. Em 1560 e no ano anterior, tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, a partir do litoral vicentino, e "de uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a área do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se, assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte, pelas bandeiras paulistas", refere Sérgio Buarque de Holanda. (Fonte:http://migre.me/8pT2c) [20831]

Em 14 de outubro de 1597, D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas. Se desgarra no sertão com doze portuguêses de uma bandeira saída de Parati o aventureiro inglês Anthony Knivet, denunciando a abundância de metal amarelo, alude às gamelas que do mesmo metal fazia o gentio, para dar de comer aos porcos, referirá depois, entre as muitas maravilhas de sua jornada, que os índios daquelas partes se valiam do ouro para as suas pescarias, atando à extremidade da linha um granete dêle.

E se em seu relato o resplendor da enorme serra avistada no percurso não se mostra tão temível que dê para afugentar os nativos, como acontecia com as ofuscantes montanhas da versão do espanhol, o fato é que ainda continua a apresentar dificuldades a quem procure acercar-se das encostas.

Êle próprio e seus camaradas portuguêses não tinham conseguido chegar-se a elas durante o dia e com o sol a pino. Além dessas montanhas deslumbradoras, vira Knivet pedras verdes, e tinham o verde da erva do campo. Estas ou algumas das gemas brilhantes que também encontrou, brilhantes como cristal, vermelhas,verdes, azuis, brancas, de tanta formosura e galantaria que davam contentamento aos olhos, deviam aparentar-se, por sua vez, às esmeraldas e outras pedras finas pressentidas por Filipe Guillén e noticiadas por Gandavo.Por essas mostras julgara-se Knivet a pouca distância de Potosi.Tomando o rumo de sudoeste foi dar, porém, com os companheiros, a uma grande serra áspera e selvagem; depois, passada ela, a um lugar de terras pardacentas, todo cheio de colinas, penedias e ribeiros. Aqui acharam de nôvo muito ouro, que se apresentava em fragmentos do tamanho de avelãs ou desfeito em pó. Dêste pó havia grandíssima quantidade, que cobria como se fôra areia, as beiradas de muitos riachos.A crença de que o Potosi não ficaria longe, sugere-a o inglês ainda em outra ocasião, ao descrever a entrada de Martim de Sá. Nessa jornada, os expedicionários, depois de transposta a Mantiqueira e alcançada certa "montanha de pedras verdes", chegaram a um rio de nome Jaguari (Jawary), o qual tinha suas cabeceiras no próprio [26567]

Lê-se no memorável texto histórico que foi em “mongi” que nativos desbarataram a bandeira de Luiz Grou e massacraram seus seguidores, em 1590. Sobreviventes do morticínio “disseram que é verdade que o nativo de mongi rio abaixo do Anhemby perto de outro rio de Jaguary (...) no dito sitio foram dando neles e matando e desbarataram a uns e outros”. Contaram à Câmara da vila de São Paulo, em sessão, segundo a Ata de 5/12/1593, que voltavam dos lados do Paraíba para o Anhemby: "vinham para esta Capitania (São Paulo), quando os nativos atacaram. O rio Jaguari, junto do qual foram dizimados, não é afluente do Rio Tietê, nem existem cachoeiras em Mogi ou nas suas redondezas, entre o Tietê e o vale do Paraíba. Documenta-se, em São José dos Campos, um rio chamado Jaguari e um lugar denominado "campos do Jaguari", à margem da vila D. Pedro I, nas cercanias de Jacareí. [23527]

Chegamos num lugar de terra seca, cheio de morros, rochas e nascentes de vários córregos. Em muitos desses córregos encontramos pequenas pepitas de ouro do tamanho de uma noz, e muito ouro em pó feito areia. Depois disso, chegamos a uma região bonita onde avistamos uma enorme montanha brilhante à nossa frente. Levamos dez dias para alcança-la pois, tentamos atravessar a planície, mesmo longe da serra, o sol ficava forte demais e não podíamos mais avançar por causa da claridade que refletia e nos cegava (...) Então respondi:

"Amigos, o melhor é arriscar nossas vidas agora como já fizemos antes em outros lugares. (...) Por isso, creio que o melhor caminho a seguir é tentar atravessar, pois sem dúvida Deus, que já nos livrou de perigos sem fim, não há de nos abandonar agora. Além disso, se tivermos sorte de atravessarmos para o outro lado, decerto encontraremos espanhóis ou nativos, pois sei que todos vocês já ouviram que num dia claro pode-se ver o caminho desde Potosí até esta montanha." Quando terminei de dizer isso, os portugueses decidiram arriscar a travessia.

Depois de atravessarem essa região, chegaram os retirantes a um rio que corria do Tucuman para o Chile, expressão esta que, como vimos antes, equivale a dizer : --- correndo de leste para oeste, rio, que é o mesmo Tietê, no trecho a jusante do Salto de Itú, onde se detiveram quatro dias, “fazendo canôas para o atravessarem , pois havia tantos jacarés, que ninguém se atrevia a passa-lo a nado”.

Passado o Tietê, Knivet e seu séquito encaminharam - se para a montanha de todos os metaes, que, como vimos, é o muito conhecido morro de Araçoyaba, já a esse tempo ex plorado, e onde, conforme o próprio narrador, havia “diversas qualidades de metais, cobre, ferro, algum ouro e grande porção de mercúrio.”

Nessa montanha, descrita então como muito alta e toda despida de arvores, é que Knivet encontrou a cruz ali assentada por Pedro Sarmento, com uma inscripção assignalando a posse do rei de Espanha e uma pequena capela com duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Christo Crucificado,facto que muito aterrou os tamoyos, os quaes julgaram ver nestes sinais, a vizinhança de alguma povoação portuguesa, e, portanto, o perigo iminente de caírem em poder dos seus inimigos tradicionais.

Efectivamente, os portugueses já a esse tempo tinham começado uma povoação na localidade. Em 1591, Affonso Sardinha tinha ai mandado construir dois pequenos fornos para fundição de ferro. Em 1599 ou começos de 1600, d. Francisco de Sousa, governador das minas, tinha mandado fazer alli as primeiras edificações, começando uma povoação que se chamou Itapebuçú. Knivet e seu sequito de tamoyos te riam chegado a essa montanha de todos os metais, a julgar-se pelas notações do narrador, ai pelos meados de 1599.

A capelinha e a santa cruz que, no local, encontraram, datariam decerto de alguns anos antes, talvez da época de Affonso Sardinha. Acalmados os tamoyos e persuadidos por Knivet a prose guirem na jornada para o mar, tomaram os retirantes o rumo proximamente do sul, procurando as terras auríferas do vale do Sarapohy e vizinhanças da atual Pilar.
[24356]

O Pará está além de Paraeyva oitenta léguas: esses índios não trabalham nos minas para. ouro, como fazem os espanhóis, mas só pegam os pedaços que encontram quando a chuva leva a terra: pois onde estão as minas de ouro não há árvores, mas são montanhas secas de terra preta, que os índios chamam de Taiuquara; e a montanha onde os molopaques encontram esse grande depósito de ouro chama-se Etepararange: se esses canibais tivessem o conhecimento de Deus, posso dizer com ousadia que não há nenhum no mundo como eles. [23864]

Em 14 de agosto de 1601 Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru. Embora um pouco mais tardio, encontramos um exemplo dela em um documento da Biblioteca D´Ajuda, cujo título é “Relações das capitanias do Brasil”. Na parte sobre a capitania de São Vicente lê-se que:

Nos limites desta capitania pela terra adentro obra de quarenta léguas estão as minas de ouro e prata que Dom Francisco de Sousa diz ter descobertas, as quais muitos anos antes se tinha notícia e por boa razão de philosophia esta região do Brasil deve ter mais e melhores minas que as do Peru por ficar mais oriental que ela e mais disposta para a criação de metais. [23816]

“Em 1855, o naturalista frances João Mauricio Farvre, que abria nos sertões do Ivaí a estrada entre Colonia Santa Teresa, Ponta Grossa e Guarapuava, encontrou um caminho de terra batida que supôs aberto por jesuítas, e que, em verdade, seria de origem ignorada. Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior paulista, que seria um dos pontos do roteiro do Peabiru, no morro de Araçoiaba, haveria uma verdadeira pirâmide de origem incaica, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, seria um sinal de orientação do Peabiru.”
Iperó

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Alguns erros você sabe que são erros no momento em que você comete. E alguns erros nem são realmente erros quando você os comete. Eles só se tornam erros porque o mundo em que você vive mudou e de repente ele se torna o maior erro que você cometeu na sua vida.
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