2° de 7 fonte(s) [28021] Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI Data: 1863, ver ano (60 registros)
Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano, tratam difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer.
3° de 7 fonte(s) [k-3062] Cardoso, R. I. 1918 La antigua província de Guairá y la Villa Rica del Espíritu Santo. Buenos Aires, Librería y Casa Editora. Data: 1918, ver ano (73 registros)
“Lozano diz que a estrada guarani chamada Peabirú atravessava a província de Tayaoba (...). Quanto às estradas, o Dr. Bertoni Moisés S. Bertoni diz em sua "Pré-história e Protohistoria" que os guaranis abriram uma trilha na montanha e depois limpando-o com alguma proligência, semearam-no de um lugar para outro com sementes de duas ou três espécies de gramíneas, especialmente uma cujos brotos se espalhavam com muita facilidade, e as plantas que nasciam logo cobriam completamente o solo e podiam impedir o crescimento das árvores e. ervas daninhas, que sem isso teriam escondido a picada. Essas gramíneas bem escolhidas tinham a especialidade de ter sementes glutinosas ou sedosas que grudavam espontaneamente nos pés e nas pernas dos viajantes. de légua em légua, por exemplo, para que, depois de pouco tempo, talvez um ou dois anos, o caminho ficasse coberto com um tapete que impedia o crescimento de arbustos e outras ervas daninhas que o pudessem obstruir. Uma dessas estradas... passava do Guairá até o litoral do Brasil; outro saiu do litoral catarinense e chegou a Salto Iguasú; outro de Salto Iguasú passou pela região do Guairá".
4° de 7 fonte(s) [24152] Sesmarias de 1602-1642, Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga Data: 1921, ver ano (91 registros)
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi:
(...) para fazer seus mantimentos portanto me pedia em nome do dito senhor Lopo de Sousa e por virtude de seus poderes que para ello tenho bastantes e como seu procurador lhe desse para os ditos seus filhos e filhas uma légua de terra em quadra tanto em comprimento como de largo de matos maninhos no sertão desta capitania junto do rio que se chama Perayb... começando de uma tapera que foi de .... Corrêa por o dito rio Perayb... abaixo de uma banda e da outra banda pelo mesmo mato ao longo do caminho que ia ao rio Nharbobon Sorocaba e sendo caso que do rio Pirayibig para a banda do campo não houver a legua de matos se encherá a dita légua ....... em quadra tanto de comprido como de largo da outra banda do dito rio Pirayibig que fique a dita légua de terra em quadra tanto de comprido como de largo e receberia merce que na dita petição é mais légua de terra em quadra por virtude dos poderes governador Lopo de Sousa. [ Sesmarias: 1602-1642 (1921) Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo. Páginas 33, 34 e 35 ]
5° de 7 fonte(s) [27918] Revista Histórica do Museu Nacional de Montevidéu* Data: 1 de março de 1956, ver ano (60 registros)
Peabirú - De "pe", estrada e "abirú", de abi, "cabelo". "Por esta província (Tayaobi) corre o caminho dourado, pelos Guaranis Peabirú e pelos Espanhóis de Santo Tomé; tem oito palmos de largura, em cujo espaço cresce apenas um capim muito pequeno, que pela fertilidade chega a meio metro e embora seco a palha, os campos queimados, nunca a grama do referido caminho sobe mais alto.
7° de 7 fonte(s) [27978] “A arquitetura na reprodução da memória: o caminho de Peabiru”. Anderson Franciscon, Caroline Salgueiro da Purificação Marques e Mauricio Hidemi Azuma Data: 2017, ver ano (146 registros)
O Peabiru foi o principal caminho pré-colombiano existente na América e estas características já vêm sendo descritas desde o século XVI. Igor Chmys constou que o Caminho não subia elevações, mas sim as contornava, sendo, portanto, bastante sinuoso, explica Casemiro (2010a). Bond (2009), descreve que o Caminho era forrado “pavimentado”, e o material utilizado mudava de acordo com a região, pois atravessava “pântanos, selvas, rios, pedreiras, areias, entre outros”, sendo considerado uma verdadeira obra de engenharia.
De acordo com Cadernos da ilha (2004), há autores que negam a existência do Peabiru, mas de fato é que no ano de 1555 o ex-governador do Paraguai Alvar Nuñes Cabeza de Vaca, descreve sua caminhada entre a Ilha de Santa Catarina e Assunção, utilizando um Caminho feito pelos índios; Días de Guzmán diz ter andado por um Caminho bastante destacado, nomeado de Peabeyú, o padre Montoya, fundador das missões do Guairá, onde no ano de 1639, dizia ter andado por um Caminho que tinha oito palmos de largura. Bond (2009) acrescenta outros personagens como Pedro Lozano, que no ano de 1739 escreveu o nome Peabiru pela primeira vez, como o conhecemos hoje.