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Nativos, pontes e Papas
27 de dezembro de 202205/04/2024 00:44:27

O 32º presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), certa vez teorizou sobre a importância pouco evidente das pontes:

"Sem dúvida que em muitos aspectos a história da construção de pontes é a história da civilização. Através dela podemos medir uma parte importante do progresso de um povo", disse ele.

A Revista do Arquivo Municipal de São Paulo (1942) nota que em época tão remota já o fundador de Sorocaba tivesse construído a maior ponte que existiu em todo o sul do Brasil até o Senhor D. Pedro I (1798-1834) [24468]. A primeira ponte do interior do Estado de São Paulo (...) uma marca única e fantástica, naquele tempo, naquele sertão. Não era qualquer rio que tinha ponte [21228].

Somente em 1675 o Dr. Pedro de Unhão Castella Branco, perece indicar que já nessa data havia uma ponte sobre o Tietê. Obra de vulto é a que solenizaria a passagem do século XVII, a construção da “ponte do Rio Grande de Guaré” (o Tietê), a tão popular Ponte Grande, apostrofada por Castro Alves, em versos de outrora celebres e hoje ainda frequentemente citados. (...) Era a primeira obra de grande engenharia que se realizava na capitania de São Vicente.

Luís Castanho de Almeida (1904-1981) crê na "hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599, pois somente um Governador como D. Francisco de Sousa (1540-1611), tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha [9049]. Contrário ao "Diário de Sorocaba", que atribui a obra aos mineiros Afonso Sardinha e Clemente Alvares (1569-1641) por volta de 1589.

Ensina o Oxford Languages que pontes são obras construídas para estabelecer comunicação entre dois pontos separados por um curso de água ou qualquer depressão do terreno ou qualquer estrutura que liga duas partes homólogas. Que os nativos que habitavam o Brasil nominavam apiassavas ou emboaçabas.

Para o Padre A. Lemos Barbosa (1951) e Moacyr Ribeiro de Carvalho (1987), Nharybobõ ou Nha-rybo-bõ, respectivamente, era como os nativos referiam-se as pontes [24689] [27301]. Jover A. Peralta e Osuna (1952), escreve que Yryvovo significa uma ponte de rio e Yvyvovo seria ponte de terra ou aterro [28027].

O “Léxico Guaraní, Dialeto Mbyá: versão para fins acadêmicos. Com acréscimos do dialeto nhandéva e outros subfalares do sul do Brasil” e o Dicionário Tupi-Guarani / Português Palavras, frases, nomes, etc. escrevem yryvovõ ou ryvovõ sendo pinguela ou ponte, e moyryvovõ o ato de fazer uma pinguela ou ponte. [28000]

O Dr. Carlos Gatti Battilana (1899-1956) descreve yryvovö como uma forma arcaica de ponte e Antonio Ortiz Mayans (1908–1995), Peralta e Osuna dizem que yryvovo é uma ponte de rio; e yvyvovo a ponte de terra ou aterro. [28011] O autor Guasch diz yvyvovo que também diz terrapleno .

O primeiro documento á mencionar o Rio Nharbobon Sorocaba é a Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi, registrado em 7 de março de 1608:(...) ao longo do caminho que ia ao rio Nharbobon Sorocaba e sendo caso que do rio Pirayibig para a banda do campo não houver a legua de matos se encherá a dita légua.

Em 7 de novembro de 1732 terras são concedidas a Domingos Rodrigues da Fonseca Leme no Rio Mariboboni (Sorocaba)

Em 1863 a Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI denomina o rio Sorocaba Maribondo roto, que tem vários galhos nasce da serra Paranabiacaba (pé de maribondo) e rega a cidade de Sorocaba.

"Papa" vem de ponte; pontifex

Desde tempos imemoriais, a humanidade percebeu que precisaria transpor obstáculos rios, despenhadeiros e vales em sua jornada por alimento, refúgio e, consequentemente, uma vida melhor. A resposta racional a esse desafio convencionou-se chamar de ponte. Construindo-as e cruzando-as, o homem foi cada vez mais longe e conquistou o planeta.

Não tardou ainda na história humana para o objeto da engenharia se transformar em símbolo da passagem de um estado inferior a um superior. Os antigos romanos, por exemplo, chamavam seus sacerdotes de pontifex construtor de pontes, literalmente.

Afinal, eram eles que faziam a conexão entre homens e deuses, entre o humano e o divino. O título de pontífice máximo acabou sendo apropriado pelos ditadores e imperadores de Roma como alerta de que tinham autoridade não apenas temporal sobre seus territórios, mas também espiritual.

Ao pontífice supremo cabia, entre outras atribuições, regular o tempo: incluir ou excluir dias do impreciso calendário romano para acertá-lo de acordo com o correr das estações. Foi como pontifex maximus que Júlio César fez uma profunda reforma no calendário de Roma, em 44 a.C.
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Agostinho de Jesus, consulta em Wikipédia

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