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“Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda
10 de novembro de 202205/04/2024 18:38:29

É a de que Cabral descobriu o Brasil por acaso, porque a frota desgarrou-se. Em Portugal, já ninguém leva a sério esta ingenuidade, porém no Brasil ainda a contam. Por quê ? Porque, para os anti-lusitanos, que vicejaram entre nós por décadas, era inadmissível que Portugal detivesse conhecimento e capacidade para que a sua gente navegasse com rumo certo até aqui.

Leia-se "Portugal no Brasil e no mundo", do >>brasileiro<< Tito Lívio Ferreira, em cronologia que estabeleceu (entre colchetes escrevi eu; também as maiúsculas):

"1434 - Pela primeira vez, na História das Navegações, os portugueses utilizam essas forças da natureza [os ventos]. [...] Até então, as embarcações eram impelidas pela força dos braços dos tripulantes.

1452- Diogo de Paiva arriba a Terra Nova, no Altântico Oeste [DESCOBRIU A AMÉRICA DO NORTE].
1472- João de Corte-Real vai à Groenlândia e ao Canadá.
1490- OS PORTUGUESES CONSTROEM O CASTELO DE FERNÃOBUC (PERNAMBUCO) [Maiúsculas minhas].
1492- Pedro de Barcelos e João Fernandes Lavrador descobrem a Terra do Labrador no Atlântico Norte [NA AMÉRICA DO NORTE]. [...] Cristovão Colombo atravessa o Atlântico Norte, COM ROTEIROS FORNECIDOS PELOS PORTUGUESES [...].

1498- Duarte Pacheco Pereira, a mandado de D. Manoel I, rei de Portugal [...] vem localizar, geograficamente, a futura Província de Santa Cruz [O BRASIL], e escreve a narrativa dessa viagem na sua obra Esmeraldo de Situ Orbis.

1499- Mandados pelo rei de Castela, Vicente Ianez Pinzon e outros [...] chegam até o rio Oiapock [...] e não passam adiante."

Os portugueses chegaram por primeiro à América do Norte e ao Brasil; neste, já estavam em 1490. Cabral veio com rumo certo.

Os dinamarqueses (viquingues) não estiveram no Brasil, pois não detinham meios técnicos de navegação para tal. Se algum viquingue cá chegou, foi porque o seu navio desgarrou-se.

BRASIL CONHECIDO NA CARTA DE CAMINHA E NA DE CABRAL.

Nada divulgada, conhece-se passo da carta de Cabral a el-rei, motivada pelo achamento do que veio a ser o Brasil.

Caminha e Cabral sabiam da existência do Brasil; este possivelmente já cá estivera antes de 1500. A famosa carta foi, provavelmente, relatório para o rei, encomendado; a informação do passo com mesóclise é de que a agricultura prosperava e a água doce abundava: é aceitável presumir que secretamente haviam vindo povoadores antes de 1500; pelo menos, em Pernambuco houve (talvez em 1500 houvera) feitoria portuguesa em 1490.

Como explicar a indiferença de Caminha diante do descobrimento da “nova” terra ? Ele sabia-lhe da existência. E os dois degredados que cá ficaram, os dois grumetes que desertaram, os tais dezoito outros que desertaram também —foram reunir-se aos índios ou a compatriotas seus?

Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel:

“[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão[1].

É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001.

Caminha é explícito em que Nicolau Coelho estivera no Brasil antes de 1500. As primeiras investigações relativas ao conhecimento do Brasil anteriormente a 1500, pelos portugueses, deram-se no Instituto Histórico Brasileiro, em 1852, com a produção de interessantes monografias, em que o brasileiro Joaquim Norberto de Sousa coligiu várias pistas. De então a esta parte, inúmeros indícios acumularam-se, dentre eles o exame náutico da carta de Caminha e a singradura da frota de Cabral, efetuda pelo mareante Fernando Lourenço Fernandes (Descobrimento do Brasil. A Armada de 1500 e as Singularidades de Arribada na Escala do Atlântico Sul. Latitudes, número 9, setembro de 2000, p. 3 a 9.) . De começo, a terra chamou-se Ilha de Vera Cruz, do que alguns inferem julgarem os portugueses ser isto ilha e não continente; ao tempo, contudo, ilha significava terra ignota, inexplorada, fosse ilhoa ou continental, e não o que hodiernamente chamamos ilha.

São inúmeros os indícios da presença portuguesa no Brasil antes de 1500, averiguados alguns já ao tempo de Bóris Fausto e Sérgio Buarque de Holanda e antes deles; outros, posteriormente a eles : o conhecimento não se deteve em suas obras, ao revés; até eles próprios, se houvessem lido competentemente a carta de Caminha (como outros o fizeram) ter-lhe-iam reconhecido vários indícios de que afirmo.

Podereis ler:

I) antes de tudo, meus artigos sobre o descobrimento do Brasil, a carta de caminha e a (possível) presença de Cabral no Brasil antes de 1500, em meu blogue arthurlacerda. wordpress. com.

II) "A construção do Brasil", de Jorge Couto (autor português)III) "Pedro Álvares Cabral", de Eduardo Metzer Leone, assinalável biografia do dito, com elucidações e percepções valiosíssimas.IV) "O Brasil na lenda e na cartografia antiga", de Gustavo Barroso (que já em 1941, no Brasil, afirmou o conhecimento pré-cabralino do Brasil).

[1] CINTRA, Francisco de Assis. No limiar da história. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1923. Arquivo das Colônias, número 26, 1929, Portugal. HELENO, Manuel. O descobrimento da América. Lisboa, 1933, p. 19. COSTA, Sérgio Corrêa da. Brasil, segredo de Estado. Rio de Janeiro, editora Record, 2001, p. 66.
“Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda

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Limpo o solo e ao iniciarem a construção dos alicerces do palácio que no local seria erguido, foi encontrado um enorme buraco, que servira de depósito de detritos e, entre eles, uma lápide em forma de pirâmide de faces irregulares, tendo a base aperfeiçoada e abaixo dela estava a sepultura de Afonso Sardinha.

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