Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
1938. Há 86 anos
Fontes (2)
O capitão-mor Martim Afonso de Sousa só entrou no porto dois dias depois (19 de fevereiro), e daí enviou Diogo Leite, antes do 1o de março, com duas caravelas, para explorar a costa do Maranhão, despachando ao mesmo tempo para Lisboa um dos três navios franceses capturados (ver 31 de janeiro e 2 de fevereiro). O porto de Pernambuco, de que fala o Diário da navegação de Pero Lopes de Sousa, não era o do Recife, mas sim o da barra sul do canal de Itamaracá.
Outros que: "(...) partiu do Rio de Janeiro em junho de 1531, por ocasião da permanência da armada de Martim Afonso naquele ponto. Compunha-se a mesma de quatro ousados expedicionários portugueses, cujos nomes são ignorados." []
Martim Afonso de Sousa, vindo do Sul, e já reunido a seu irmão Pero Lopes de Sousa, que fora explorar o rio da Prata, chega ao porto de São Vicente. Aí mandou logo construir uma casa, “para meter as velas e enxárcia”. “A todos nós pareceu tão bem esta terra”, escreveu Pero Lopes de Sousa, “que o capitão (Martim Afonso) determinou de povoá-la e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas”.
Fundou-se assim a vila de São Vicente, a mais antiga colônia portuguesa estabelecida no Brasil. Antes, tinham sido fundadas apenas pequenas feitorias fortificadas: a de Cabo Frio, em 1504, por Américo Vespúcio; a do Rio de Janeiro, pelo mesmo tempo, por Gonçalo Coelho (ambas destruídas, anos depois, pelos Tamoio); e a de Pernambuco(canal de Itamaracá), estabelecida mais tarde. Martim Afonso reforçou com colonos a aldeia de Piratininga, dirigida por João Ramalho, no lugar denominado Borda do Campo. Esta aldeia foi elevada à vila em 8 de setembro de 1553, e extinta e incorporada em 1560 (carta de 20 de maio, de Mem de Sá) a São Paulo de Piratininga, fundada pelos jesuítas em 1554 (ver 25 de janeiro), e elevada à vila em 5 de abril de 1557. [EFEMéRIDES BRASILEIAS p.73;74]
reuniram-se no dia 25 aos exploradores. Foram dos primeiros a saltar emterra Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e Pero Vaz de Caminha.1562 — Carta de Brás Cubas ao rei, anunciando que descobriuouro perto de São Paulo (História geral, I, 290, nota).1647 — Combate naval, na altura da Paraíba, no qual o almiranteBanckert aprisiona a Francisco Barreto de Meneses.1767 — Nascimento de Luís Gonçalves dos Santos, no Rio deJaneiro. Foi padre e escreveu as Memórias históricas do Brasil,durante os anos em que o Rio de Janeiro foi a capital da monarquiaportuguesa. Faleceu a 1o de dezembro de 1844 (ver essa data) namesma cidade.1777 — Uma emboscada do capitão Cipriano Cardoso de BarrosLeme destroça os espanhóis, que haviam desembarcado em Vila Nova(Santa Catarina).1819 — O coronel Andrés Artigas atravessa o Uruguai e invade,pela segunda vez, o território brasileiro de Missões. A 9 de junho foibatido em Itacorubi, ficando prisioneiro alguns dias depois.1822 — Chega ao Rio de Janeiro, de volta de sua viagem a Minas,o príncipe regente dom Pedro.1825 — Aviso assinado pelo imperador dom Pedro I ordenandoque fosse impresso na Imprensa Nacional o texto da Flora Fluminense,de frei Conceição Veloso, e remetidos os desenhos para Paris, a fim deserem litografados na oficina Lasterie.1836 — Tomada de Viseu (Pará) pelo primeiro-tenente Sabino,comandante da canhoneira D. Francisca.1850 — Falecimento do senador visconde de Macaé (AlmeidaTorres), um dos chefes do Partido Liberal. Foi por vezes ministro deEstado e presidente de Conselho. [Página 275]
10 de julho
1562 — Os Guaianá, Tupi e Carijó, dirigidos por Araraí, atacam neste dia e no seguinte a vila de São Paulo, e são repelidos por Tibiriçá. Este principal, sogro de João Ramalho, era irmão de Araraí (ver 25 de dezembro).
1592 — Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa,capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Riode São Francisco, vereador da Câmara da Bahia e autor do preciosoTratado descritivo do Brasil em 1557. Gabriel Soares faleceu poucoantes, ao chegar com a sua expedição às nascentes do Paraguaçu.1631 — O capitão Francisco Gomes de Melo repele, no posto dosAfogados, um ataque dos holandeses, dirigidos pelo tenente-coronelSteyn Callenfels.1633 — Os holandeses da guarnição de Itamaracá são repelidos noAraripe pelos capitães Riba Aguero, Figueiredo Vasconcelos, Rebeloda França e Babilon de Sousa.1780 — Nascimento de Januário da Cunha Barbosa, no Rio deJaneiro (ver 22 de fevereiro de 1846).1817 — São enforcados no Recife três dos chefes da insurreiçãopernambucana: os capitães Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa,José de Barros Lima e o vigário Pedro de Sousa Tenório.1824 — Toma posse da presidência da província do Maranhão oprimeiro presidente nomeado para esse cargo, Miguel Inácio dos SantosFreire Bruce.1836 — O primeiro-tenente Francisco Ferreira dos Santos toma, norio Moju, uma gambarra artilhada.1840 — O major João da Rocha Moreira toma, depois de vivocombate, as trincheiras da fazenda Buriti (Piauí), perto de Piracuruca. [Página 394]
Em 1 de de setembro de 1585 a Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mór Jeronymo Leitão, mostrando a necessidade da guerra contra os Tupiniquins e os Carijós, por estar a terra pobre e sem escravaria e hostilizada pelos selvagens. Em 10 de abril, as Câmaras de Santos e São Vicente haviam feito igual representação. O capitão-mór, atendendo a esses requerimentos, marchou á frente dos expedicionários. Os Tupiniquins, segundo Techo (Hist. Provinciae Paraquariae), tinham na região do Anheby 300 aldeias e 30.000 sagitários. Em seis anos de guerra, ficaram destruídas todas as aldeias. De 1592 a 1599, dirigidos por Afonso Sardinha e depois por Jorge Correia e João do Prado, fizeram os paulistas outra grande guerra de extermínio contra os selvagens do rio Jeticay. Nos primeiros anos do século XVII (1601-1602), como se vê no "Roteiro" de Glimmer, os paulistas já chegavam a Sabará. Uma terceira expedição, que parece ter sido por chefes Nicolau Barreto e Manuel Preto, foi mais para o norte (1602) e devastou, durante cinco anos, as aldeias do Paraupaba, nome que se dava então ao Alto Araguaya. [Página 486]
das baterias de Curuzu. Os bombardeamentos entre estas duas posiçõeseram quase diários.1868 — Pouco antes das 6h30, a bandeira de parlamentário nasavançadas brasileiras da colina de Acosta, uma das Lomas Valentinas, fezcessar o tiroteio entre as linhas dos combatentes. O nosso parlamentárioentregou ao paraguaio uma nota dos generais aliados, dirigida aoditador López. Esse documento, assinado pelo marechal Caxias e pelosgenerais Gelly y Obes (argentino) e Enrique Castro (oriental), era umaintimação para que o ditador depusesse as armas. “O exército nacional,em grito uníssono [diz a relação oficial paraguaia] protestou quevingaria este novo ultraje à nação e a seu governo, feito precisamentenos momentos em que os bons filhos da pátria estavam dando as maisrelevantes provas das virtudes cívicas que os distinguem, pelejandodia e noite para salvar a pátria das garras desses mesmos inimigos.”.Às 15h30, foi entregue nas nossas avançadas a resposta do ditador,declarando que estava disposto a tratar da paz sobre bases igualmentehonrosas para os beligerantes, mas que não estava disposto a ouvir umaintimação de deposição de armas. Muitos exemplares impressos dosdois documentos foram lançados nas avançadas pelo inimigo. O fogode fuzilaria e artilharia começou pouco depois.25 de dezembro
1562 — Morre em São Paulo o célebre Martim Afonso Tibiriçá (este nome significa o “principal da terra”, segundo Batista Caetano), cacique dos Guaianase de Piratininga, convertido à fé Católica por Anchieta e Leonardo Nunes. Meses antes, defendera vitoriosamente a nova vila de São Paulo, quando atacada por Arari, de quem era irmão (10 e 11 de julho de 1562). “Morreu o nosso principal, grande amigo, e protetor Martim Afonso”, dizia Anchieta em carta de 10 de abril do ano seguinte. Tibiriçá era sogro de João Ramalho.
1591 — A vila de Santos é assaltada e surpreendida pordestacamentos do Roebuck (capitão Cocke), Desire (capitão JohnDavies) e Blacke Pinesse, navios da esquadra do corsário inglês [Página 732]