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A verdade sobre “não terem Fé, nem Lei, nem Rei”. Adriano César Koboyama (21.01.2023), em Brasilbook
21 de janeiro de 202307/04/2024 06:39:39

Livro de Hans Staden
Data: 01/01/1557
Créditos: Theodor de Bry
(.241.

É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Como a "História" daquele homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174]

Pero Magalhães Gândavo atribuiu a belicosidade dos nativos TUPINAMBÁS à língua. “Não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, pois assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei e, desta maneira, vivem sem justiça e desordenadamente”, escreveu em 1570.

José de Anchieta referiu-se aos "piratininganos" quando escreveu, de São Vicente em 1565, “gente tão bestial e carniceira, que vive sem lei nem rei” [21855]. Em 15 de março de 1555 Anchieta deixou claro o motivo do estabelecimento em São Paulo de Piratininga:

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas. Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós, o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor. Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã. [26939]

Entusiasmado, Nóbrega escreveu a Dom João III, manifestando desejo de evangelizar os povos do interior:

(...) somente lhe darei alguma conta desta capitania de S. Vicente, onde a mayor parte residimos, por ser ella terra mais aparelhada para a conversão do Gentio Carijó que nenhuma das outras, porque nunca tiveram guerra com os Christãos, e é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão, de que temos boas informações; há muitas gerações que não comem carne humana, as mulheres andam cobertas, não são cruéis em suas guerras, como estes da costa, porque somente se defendem; algumas têm um só principal, e outras cousas mui amigas da lei natural, pela qual razão nos obriga Nosso Senhor a mais presto lhes socorrermos, maiormente que nesta capitania nos proveu de instrumentos para isso, que são alguns Irmãos línguas, e por estas razões nesta capitania nos ocupamos mais que nas outras."

Na sessão de 7 de julho de 1590, a ser empreendida contra os seguintes “contrários” alocados em “Bairi (=Barueri)”:

emxoa, mairaira, , jetariba, aibaseru, asaguaseru, ” (ACSP, I, 424). Escrevendo sobre essetrecho, Carlos Drumond, indaga: “Enxoás, Mairairas, Tapoaçabis, Japoasabis, Tetaribas, Iabacerus, Açaguacerús, Cuikaguorimis, Guiraguorini. Grupos tupis? Não tupis? Não o sabemos” (1973:5) [25830] Escreveu o Simão de Vasconcelos (1597-1671):

"Concluo este livro dos nativos com a declaração de sua espécies. (...) Fazendo com curiosidade diligência por vários escritos de antigos, e pessoas de experiência entre os nativos, com mais propriedade julgo, que toda esta gente se deve reduzir as nações dos nativos do Brasil todo, a duas nações genéricas, ou a dois gêneros de nações somente, uma delas os Carijós, a melhor nação do Brasil. [26865]Os carijós possuíam a pele mais clara em relação ao restante dos nativos brasileiros [28173], eram afáveis, porém suspeitosos 24159]. Conclui Luiz Saya (1911-1975), em “Notas sobre a evolução da morada paulista”:

"E é aqui que a bandeira sai do baú onde se guardavam os pertences da Câmara e se torna símbolo, por metonímia, de uma expedição militar, mesmo que a intenção belicosa seja do inimigo, no caso o nativo: levantar a bandeira em uma lança significa ter intenção agressiva declarada. No caso específico, a intenção do gentio carijó que vinha a São Vicente não era agressiva, pois não levantavam bandeira e nem faziam guerra a ninguém." [26876][24544]

SOROCABA

Mas o padre Serafim Leite, da Companhia de Jesus, historiador concencioso, a quem se deve a divulgação de notáveis documentos portugueses sobre a História de S.Paulo, divulga, na sua maravilhosa "História da Companhia de Jesús no Brasil", (tomo I, Livro III, cap. VI, 1º) uma carta de Manuel da Nóbrega, datada de 30 de agosto de 1553:

"Ontem, que foi dia da Degolação de S. João Batista, vindo a uma Aldeia onde se ajuntam novamente e apartam os que convertem e onde pus dois Irmãos para os doutrinar, fiz solenemente uns 50 catecúmenos, dos quais tenho boa esperança de que serão bons cristãos e merecerão o batismo e será mostrada por obras a fé que recebem agora. Eu vou adiante buscar alguns escolhidos, que Nosso Senhor terá entre este gentio; lá andarei até ter novas da Baía, dos Padres que creio serão vindos. Pero Correia foi adiante a denunciar penitência em remissão dos seus pecados".

E Serafim Leite acrescenta:

"Esta carta de Nóbrega é a certidão de idade de São Paulo".

Falando com a dupla responsabilidade de historiador e de jesuíta, Serafim Leite entende que a fundação de S. Paulo foi feita em Piratininga. Em verdade, quando Martim Afonso povoou a margem do Tietê, no campo de Piratininga, deu ao seu ato todas as solenidades essenciais. Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Afonso, faz da fundação um relato breve mas sugestivo:

"... fez vila na ilha de S. Vicente e outra, 9 léguas dentro pelo sertão, à borda de um rio, que se chama Piratininga; e repartiu a gente nestas duas vilas e fez nelas oficiais; e pôs tudo em boa ordem e justiça, de que a gente toda tomou muita consolação, com verem povoar vilas e ter leis e sacrifícios e celebrar matrimônios e viverem em comunicação das artes; e ser cada um senhor seu; e (in) vestir as injúrias particulares; e ter todos os outros bens da vida segura e conversável".

Como se vê, Piratininga foi fundada por Martim Afonso de Sousa, em 1532. Dia e mês continuam ignorados, sabendo-se apenas que o foi logo após a fundação de São Vicente. Nóbrega, na carta citada, passou a "certidão de idade" no dia 30 de agosto de 1553 e Serafim Leite dá a entender que a fundação data de 29 de agosto, com a conversão de 50 catecúmenos. [26239]
A verdade sobre “não terem Fé, nem Lei, nem Rei”. Adriano César Koboyama (21.01.2023), em Brasilbook

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