Segundo se verifica do n.° 37, de 21 de agosto de 1864, sua primeira redação, constituída de alunos de todos os anos, estavam assim organizada: redator-chefe, Luis Ramos Figueroa, do 2o. ano; redatores, Pessanha Póvoa, do 5o., Joaquim Xavier da Silveira, do 4o, Joaquim José Ferreira de Menseses, do 3o., Antonio Cordeiro Negreiros de Saião Lobato, do 2o. e Emiliano Rodrigues do 1o. ano.
Publicava-se, inicialmente, duas vezes por semana, na Tipografia Alemã, de Henrique Schroeder, à Rua Direita, no. 5. Posteriormente a direção foi alterada, passando a chefia da redação a ser exercida por Pessanha Póvoa, sendo Ferreira de Meneses substituído por Antonio Antunes Ribas, contando, também, com a colaboração de João Júlio dos Santos e Paulo Egídio Carvalho.
Chamada a juízo pelo indivíduo Caetano Ferreira Baltar, o editor, Henrique Schoroeder, exibiu o autógrafo do artigo incriminado, referente a questões ligadas ao elemento servil, de autoria do grande abolicionista Luis Gama, assim redigido:
"ESCÂNDALO INAUDITO: Existe vendida, na cidade de Sorocaba pelo sr. Caetano Ferreira Baltar uma africana livre de nome Inácia, que o mesmo sr. houve de dote ou por herança de seu finado sogro, dr. Lourenço Aimberé, que também comprou-a de um finado larápio de Santos, que tendo arrematado os seus serviços vendeu-a como Escrava.
O finado e muito virtuoso sr. Felício Fernandes Lima, a despeito da pobreza que o trazia de rastros, sem temor do valimento do sr. Baltar provou com documento e com testemunhas perante a delegacia desta Capital a condição da africana Inácia. Por fraqueza de alguém continuou a referida africana em escravidão até que a Sociedade Artística Beneficente moveu ao honrado dr. Rodrigo Otávio para tomar a si a proteção da infeliz. O ilustre advogado fez quanto cabia em suas forças, os autos foram ao delegado suplente do Exmo. Sr. Dr. João Teodoro, lente da Faculdade de Direito, que há dois anos tem-nos em si!
Este fato, obrigado-me a perguntar às autoridades de São Paulo se é lícito, se é moral e digno de um povo que se diz civilizado conservar em escravidão pessoas livres, como são a africana Inácia e seus filhos." [Páginas 225 e 226 do pdf]