*Em 1954, essa rodovia passou a ser administrada de forma independente do trecho que, de Itapetininga, prosseguia ao Paraná, e recebeu o nome de Raposo Tavares, em referência ao fato de que, em 1626, sua bandeira percorreu esse caminho (que na época correspondia ao braço principal do antigo caminho indígena do Peabiru, que ligava a atual São Vicente ao Paraná e ao Paraguai), rumo às reduções jesuíticas do Guairá, com a finalidade de captura e escravização de índios, tipo de ação que os historiadores do século XIX passaram a denominar "desbravamento". [VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História geral do Brasil: antes de sua separação e independência de Portugal; revisão e notas J. Capistrano de Abreu, Rodolfo Garcia. 10ª ed. integral, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, EDUSP, 1981. 3 v. (Coleção reconquista do Brasil, nova série, edição especial)]
inauguração da Rodovia Raposo Tavares, em 1954 (antiga estrada São Paulo-Curitiba).Os traçados remanescentes dos antigos Caminho do Peabiru, Caminho do Sertão, Caminho dos Pinheiros, Caminho das Tropas, Caminho de Cotia e Caminho de Sorocaba, parcialmente preservados na Rodovia Raposo Tavares (ainda que com a alteração ou retificação de vários trechos) constituem importante patrimônio histórico do Estado de São Paulo. Diferentemente do trecho da Estrada Real que ligava Ouro Preto a Ouro Branco, em Minas Gerais, na qual foram preservadas algumas pontes, muros de contenção, calçamentos antigos e rochas escavadas, a Rodovia Raposo Tavares perdeu todos os vestígios arqueológicos, exceto parte do seu traçado, mas que vem sendo alvo de vários estudos sobre o bandeirantismo, a ocupação colonial do oeste paulista e o tropeirismo.