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Os Bandeirantes e a conquista do sul, Clovis Ivan, depositosociale.blogspot.com
16 de agosto de 201304/04/2024 23:50:48

Em novembro de 2003, intelectuais , acadêmicos e representante do governo reuniram-se em um fórum sediado em Campos do Jordão/SP, para debater questões referentes à América Latina, à Portugal e à Espanha. Um dos temas que esteve em pauta foi a vigilância nas fronteiras dos países sul-americanos, atualmente ameaçadas pelo narcotráfico e contrabando. As fronteiras brasileiras totalizam hoje 16.886 Km de extensão, outrora já foram bem menores. Ao lado monumento às Bandeiras, obra do escultor brasileiro Victor Brecheret (1894-1955) situada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Brecheret criou um dos símbolos da cidade ao retratar o movimento dos Bandeirantes em suas incursões no sertão das novas terras da América do Sul. Agora convido você a viajar pela história dos carrascos Bandeirantes portugueses. Certamente até o final do século XVI, o território pertencente a colônia portuguesa na América era o mesmo que definira o Tratado de Tordesilhas em 1494, estendia-se desde o oceano Atlântico até a linha imaginária que liga a ilha de Marajó, ao norte, a Laguna, ao sul. Inicialmente os portugueses se estabeleceram no litoral, sendo assim até o começo do século XVII o interior permaneceu praticamente inexplorado. Entrementes algumas expedições foram empreendidas com o sutil objetivo de explorar esta região, dentre elas a de Aleixo Garcia, em 1526, e em 1531 a de Pero Lobo. Estas incursões pleiteada pela Coroa Portuguesa, conhecida como entradas, não tiveram grandes êxitos, na sua maioria foram dizimadas por doenças ou por ataques indígenas. A ocupação das regiões mais afastadas do litoral se deu com a introdução do gado no Nordeste e com a fundação do povoado de São Paulo de Piratininga, na capital de São Vicente, em 1554. Mais tarde elevado à categoria de vila, São Paulo se tornou principal centro de onde partiram as bandeiras, expedições armadas que conquistaram o território dos atuais estados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e pequena parte do Rio Grande do Sul. Os integrantes dessas expedições inicialmente ficaram conhecido como Bandeirantes ou sertanistas. Em busca de mão de obra escrava para a lavoura, um dos principais objetivos dos bandeirantes era capturar indígenas para mais tarde vende-los como escravo em São Paulo. Normalmente eles mobilizavam toda a vila de São Paulo, algumas reuniam mais de mil pessoas. Viajando geralmente descalços, mal trapilhos e armados com arco e flecha e mosquetões, os bandeirantes cruzavam vales e montanhas seguindo o curso dos grandes rios. Quando os bandeirantes regressavam traziam consigo uma bagagem com centenas e até milhares de índios feito escravos. Estes eram os negros da terra, expressão utilizada para diferencia-los dos negros africanos,conhecidos como negros da Guiné. Por outro lado os jesuítas se opunham a essas expedições sangrentas e carrascas. Em 1570 a Coroa Portuguesa sancionou uma lei determinando que só poderiam ser escravizados os índios capturados nas chamadas guerras justas. As guerras justas eram aquelas iniciadas pelos indígenas ou as que tivessem por objetivo punir as tribos hostis aos portugueses. Esta lei de nada protegeu os índios, todavia serviu de base para mais atrocidades dos bandeirantes que amparados por ela justificavam todo tipo de escravização como decorrente de guerras justas. No principio, os bandeirantes capturavam os índios que se encontravam mais próximos de São Paulo; depois, passaram a procura-los sertão adentro; por fim resolveram capturar os índios já aculturados que viviam em grande e pequenas reduções. Um dos principais alvos foram as reduções dos jesuítas espanhóis em regiões onde se encontram o Uruguai e os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os ataques às reduções vigoraram até 1623, quando praticamente todas haviam sido destruídas pelos bandeirantes que saqueavam, queimavam e estupravam as mulheres indígenas que habitavam os redutos missioneiros.

As bandeiras normalmente ultrapassavam constantemente a linha de Tordesilhas. Isso culminou em mais conflitos entre espanhóis e portugueses. Um dos mais violentos confrontos iniciou-se em 1680, na região do Prata. Este confronto ficou conhecido como Guerra Guaranítica. Foi procurando ampliar seus domínios na região da Prata, que os portugueses fundaram em 1680, no atual território do Uruguai, a cidade de Nova Colônia do Santíssimo Sacramento. Em contra partida, os espanhóis atacaram Sacramento, dando assim inicio a uma série de conflitos com os portugueses pelo domínio da região platina. Pretendendo por fim nesses conflitos e delimitar as fronteiras entre suas colônias no sul do continente, os governos de Portugal e Espanha firmaram diversos acordo diplomáticos, dentre eles em 1750 o Tratado de Madrid. Segundo esse acordo, a Colônia do Sacramento passava ao domínio espanhol. Portugal, por sua vez garantia para si a posse das terras desbravadas na Amazônia e a região dos Sete Povos das Missões, no atual Rio Grande do Sul.Pelo referido tratado, os religiosos espanhóis e os índios Guarani de Sete Povos deveriam cruzar o rio Uruguai e se alojarem em terras pertencentes a Espanha. Os índios se recusaram a sair das Missões, e em 1754, se rebelaram, sob a liderança do ilustre Guerreiro Sepé Tiarajú. Era o principio da Guerra Guaranítica, que se estendeu por dois anos e findou-se com a morte de Sepé em Caaró, hoje tombado pela ONU junto com as ruínas das reduções como patrimônio histórico cultural da humanidade.Simplesmente a guerra levou à anulação do Tratado de Madrid. Em razão disso foi assinado em 1777 o Tratado de Santo Ildefonso, pelo qual a região dos Sete Povos voltou ao domínio espanhol. Seguiram-se mais disputas, e foi em 1801 que o Tratado de Badajos devolveu os Sete Povos das Missões a Portugal e delineou quase integralmente as fronteiras do nosso país como as conhecemos hoje. Os bandeirantes ficaram rodeados de mitos e realidades. A eles cabe ser patrono de nomes de ruas, praças, emissoras de radio e TV, palácios e monumentos. Porém, os bandeirantes não eram os perfeitos heróis consagrado pelo povo. Eles sim eram pessoas simples, cruéis e muitas vezes analfabetas. Para algumas vertentes históricas não se trata de considerar os bandeirantes heróis ou bandidos, mas sim vê-los como fruto de uma época, pessoas que pertenciam a determinada parte da cultura e viveram de acordo com os padrões da sociedade de seu tempo, o que não justifica as suas atrocidades e crimes cometidos.RAPOSO TAVARES

Um português nato que muito serviu a Dom Francisco de Souza, nascido em São Miguel do Pinheiro em 1559, conselho de Mértola e distrito de Beja, Portugal. Antônio Raposo Tavares comandou em 1638 uma bandeira que visava conquistar a região do Tape onde se localizavam as Reduções Missioneiras. Esta nova expedição visava expulsar os jesuítas espanhóis estabelecidos nas reduções do Tapes, hoje Rio Grande do Sul. Deixou São Paulo em janeiro, com 120 paulistas e mil índios.

Em 2 de dezembro a bandeira atingiu e atacou a redução de Jesus Maria José, na margem esquerda do rio Jacuí e depois foi a vez da redução de São Cristóvão em Rio pardo e no rio Jacuí. Logo depois tomou a redução de Santana. Segundo a tática usada por Raposo a bandeira ia dividida em companhias, dispersas em vários pontos, guardando porém unidade de ação. Uma dessas, a de Diogo de Melo Coutinho ficou agindo no chamado sertão dos Carijós. Esta bandeira regressou a São Paulo em 20 de janeiro de 1639 mas permaneceu no Tapes Raposo Tavares. Espero que tenhas gostado, qualquer duvida ou sugestões deixe seu comentário. Obrigado!
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Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
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