c | Dois negros famosos estão na origem do bairro Campolim, consultado em acso.com.br |
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| 28 de março de 2023, terça-feira. Há 1 anos |
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| | | elso MarvadãoHoje Campolim é o nome geral da região mais valorizada de Sorocaba, um bairro estendido de classe alta, em fase de verticalização, referência na paisagem urbana da zona sul da cidade.A sequência Estrada da Água vermelha-Estrada do Quiló era o próprio “caminho da roça”, região desvalorizada, quase abandonada, com apenas algum cultivo agrícola e criação de gado leiteiro. Quem poderia imaginar que o local iria se transformar num requintado espaço habitacional, comercial e de lazer, dotado de grandes empreendimentos?Na origem dessa transformação estão as figuras de dois negros que marcaram época em Sorocaba: Achilles Campolim (“Seu Quiló”) e João de Camargo (“Nhô João”).Funcionário de uma fazenda existente no local, em 1917 Achilles Campolim acabou comprando a extensa área. Na época, os terrenos por ali tinham pouco valor.Nos anos 50, com a morte de Achilles, assume os negócios o filho João. Por volta de 1970, a família decide iniciar o projeto de loteamento da área, por partes, num grande investimento, o que foi concretizado em parceria com a Construtora e Empreendedora Júlio e Júlio, por volta de 1976. A comercialização dos terrenos que viraria o atual Parque Campolim teve início em 1981.Achilles Campolim, curiosamente, nasceu no dia 15 de agosto de 1888, dia do aniversário de Sorocaba, ano da lei da Abolição da Escravatura no Brasil. Sempre teve espírito empreendedor, tornando-se ativo empresário. Espirito seguido pela família. Como já criava gado leiteiro, em 1933 Achilles tornou-se um dos sócios-fundadores da Cooperativa de Laticínios de Sorocaba (COLASO), nome muito conhecido de nossa indústria e comércio, cujos produtos hoje atingem 65 municípios.NHÔ JOÃOJoão de Camargo, místico popular milagreiro, objeto de estudos, livros e filmes, foi um líder que fundou uma igreja e uma vila, na estrada da Água Vermelha (hojeBarão de Tatuí). Em torno da Igreja João de Camargo desenvolveu-se a primeira vila naquele setor da cidade. Nhô João havia recebido uma considerável gleba de terra da família Camargo Barros, às margens do córrego Água Vermelha (também chamado de Ribeirão do Lajeado).Ali havia uma hospedagem, algum comércio básico, venda de artigos religiosos e até a Escola Mista da Água Vermelha, onde a professora Ondina Campolim, esposa de Achilles Campolim, ensinava crianças negras e brancas a ler e escrever. A escola funcionou de 1931 a 1942, ano do falecimento de Nhô João.O sepultamento do líder negro foi acompanhado, a pé, por milhares de fiéis, no percurso entre o bairro Água Vermelha e o Cemitério da Saudade. Ao passar pelo centro da cidade, a igreja matriz fechou suas portas, por causa do sincretismo religioso de João de Camargo e a fama de “curandeiro”. E olha que ele era amigo de Monsenhor João Soares!Por onde o corpo passava, o comércio também fechava as portas. E as pessoas paravam e tiravam o chapéu, em sinal de respeito. | |
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