Como nos informa Francisco Gaspar, na primeira metade da década de 1930, “o bairro de Sant’Ana já se estendia pela vasta colina. Já estava quase todo arruado e surgiam dezenas de bons prédios e casas de negócios de diversos ramos.”
"(...) em março de 1933, a população de Santana, que reúne sob essa denominação diversas vilas, como Odin, Silveira, S. Adélia, S. Antonio e Bela Vista, endereçava uma representação ao prefeito solicitando uma série de melhoramentos, tais como iluminação das ruas e praças e melhorias no deficiente serviço de águas e esgotos na região." [24903]
O registro cartográfico, assinado por Casemiro Meyer em 27 de julho de 1941, e publicado por em março de 2014 por Giuliano Bonamim, registra toda a região como "Bairro de São Felipe". Teria alguma relação com a "primeira Sorocaba" e o Caminho de São Tomé?
Luiz Castanho de Almeida, diz que:
"O mapa de Gusman encerra um erro grave que é uma verdade que desfigurou. Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as expedições do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema." [24848]
Havia dois caminhos, quase paralelos, em direção ao morro do Araçoiaba: um pelas ruas Souza Pereira, Hermelino Matarazzo e avenida Ipanema, bifurcando-se em direção ao morro e ao Itavuvu; outro pela praça Coronel Fernando Prestes, ruas Cel. Benedito Pires e Francisco Scarpa, praça da Bandeira e avenida General Osório. [27711]
são felipe
Caminho de São Tomé
Santa Ana
É importante saber quem foi Ana! É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionaria. Os contemporâneos (página 23) nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias. [24750]
Para o jornalista e historiador Sérgio Coelho de Oliveira (2014):
"A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante." [21228]
Tendo servido de matriz provisória, com a construção definitiva de sua igreja levada a cabo em 1667 o título de Nossa Senhora da Ponte da antiga capela em posse dos beneditinos é transferido para a nova igreja e a igreja monacal passa a receber a invocação de Nossa Senhora da Visitação em referência ao abade provincial Frei Francisco Da Visitação, de acordo com artigo de Dom Martinho Johnson (1978) publicado em jornal sorocabano. [26694]
A primeira missa celebrada em Sorocaba, crê Castanho de Almeida
"ter sido a 21 de novembro de 1654, dia de Nossa Senhora da Apresentação, que foi o dia da festa da Padroeira até 1925. [9049]
"A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou." [9049]
"É um título notável e único no Brasil e em Portugal. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provável que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte." [24432]
“Imagem de Nossa Senhora da Ponte não seria a original”, jornal Cruzeiro do SulSábado, 3 de Abril de 1982. [18025]
Santa Ana
No Brasil, associa-se Sant´Ana à figura da matrona branca dos engenhos, “que passou a ser considerada guardiã e transmissora da religião”. Para Eduardo Hoornaert, em História da Igreja no Brasil, “Sant´Anna é o símbolo da Casa-Grande ensinando o catecismo ao pessoal da senzala”. [24750]
Sabe-se muito pouco sobre Santa Ana. Sabe-se que esta era mãe de Maria de Nazaré, esposa de São Joaquim e Avó de Jesus. Sabe-se também que esta teria após o nascimento da Virgem Maria tido mais uma ou duas filhas, pois Deus liberara após Joaquim ter ficado 40 dias no deserto. O nome dessas filhas são: Maria Salomé e Maria de Cleofas.
O Proto-Evangelho de Tiago, também conhecido como Evangelho de Tiago e Evangelho da Infância de Tiago, é um evangelho apócrifo escrito provavelmente em 150. Esse título surgiu em fins do século XVI quando foi publicado, pois até então era chamado apenas de Livro de Tiago.
Muitos estudiosos consideram o seu texto muito remoto, anterior mesmo aos Evangelhos Canónicos ou até a base deles. A época e seu verdadeiro autor são desconhecidos. Embora tenha sido atribuído a Tiago Maior, filho de Zebedeu, alguns estudiosos refutam essa teoria, uma vez que o autor demonstra relativo desconhecimento do judaísmo. [28891]
1° de fonte(s) [24848]
“Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís...