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Indaiatuba, consultado em Wikipédia
17 de abril de 2023, segunda-feira. Há 1 anos
Indaiatuba é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Campinas, localizando-se a noroeste da capital do estado, a 23º05´24" de latitude sul e 47º13´04" de longitude oeste, a uma altitude de 715 metros do nível do mar. Ocupa uma área de 311,5 km² e sua população estimada pelo IBGE para 2021 era de 260 690 habitantes, estima-se que existe 206 430 habitantes entre 18 a 69 anos, 13 565 acima de 70 anos e 40 695 entre 0 a 17 anos,[1]que a coloca na 32ª posição entre os municípios mais populosos do estado de São Paulo. Destaca-se pela elevada qualidade de vida onde foi considerado por seis vezes consecutivos o melhor município de se morar no Brasil, entre os 5 570 existe no país, onde se encontra sempre entre o três municípios no ranking nacional nós últimos 20 anos, desde 2001 a atualidade.TopônimoConforme Eduardo Navarro, em seu Dicionário de Tupi Antigo (2013), o nome Indaiatuba vem do tupi antigo inaîatyba, "ajuntamento de indaiás", uma variedade de palmeira (inaîá, "indaiá" e tyba, "ajuntamento").[4] A denominação se prendeu às características da paisagem e da vegetação da localidade, hoje já alteradas. Tornou-se oficial em 1830, embora haja notícia de que tenha sido utilizada anteriormente, já no século XVIII.[5]A existência marcante de indaiás carregados de pequenos cocos fez com que Indaiatuba tivesse recebido, entre meados do século XVIII e início do século XIX, também a denominação de "Cocaes".[5]HistóriaPovoamentos pré-coloniaisA região do atual município de Indaiatuba provavelmente começou a ser ocupada por grupos caçadores-coletores e agricultores há cerca de 5000 anos, embora algumas datações em localidades próximas indiquem que a ocupação ameríndia do interior paulista teve início entre 11 mil e 7 mil anos antes do Presente[6]. De acordo com as fontes históricas disponíveis, indígenas falantes de idiomas relacionados ao tronco linguístico Tupi-guarani[7][8] habitavam a região quando as primeiras expedições europeias começaram a cruzar os caminhos terrestres e fluviais do atual estado de São Paulo. Por conseguinte, as pesquisas arqueológicas desenvolvidas nessa região apontam para a existência de diversos sítios por toda sua extensão, sendo registrados (até o momento) 39 sítios arqueológicos, distribuídos por Itu (13), Campinas (05), Indaiatuba (03), Monte Mor (04) e Salto (14).Identificado em 2005, o sítio arqueológico Buruzinho[9] está localizado nas proximidades do Córrego Garcia (Buruzinho), sendo caracterizado pela presença de ferramentas de pedra (também conhecidos como instrumentos líticos) e fragmentos cerâmicos de uso cotidiano de populações indígenas associadas a tradição cerâmica Tupiguarani, assim como, vestígios de ocupação histórica colonial e imperial (séculos XVIII e XIX, portanto), demostrando ao menos dois momentos históricos de ocupação do local. Apesar das informações esparsas, acredita-se que o material deste sítio se encontra no Museu Elizabeth Aytai, localizado no município de Monte Mor. O sítio arqueológico Cambará, localizado nas proximidades do rio Capivari-Mirim, também conta com presença de instrumentos líticos e fragmentos cerâmicos de uso comum entre populações indígenas, assim como vestígios de ocupação do século XIX, mais especificamente do período imperial brasileiro. Esse último sítio foi identificado em 2018, durante as atividades de acompanhamento arqueológico de um empreendimento residencial, sendo que os materiais encontrados (já bastante fragmentados) foram posteriormente enviados ao Museu Raphael Toscano, localizado no município de Jaú. Embora nenhum dos dois sítios arqueológicos foi alvo de pesquisas que determinassem a idade do material pré-colonial, é possível afirmar que toda a região se encontrava no entorno da rota que ligava diversas microbacias hidrográficas a diferentes pontos do rio Tietê, a qual foi utilizada por séculos pelas populações indígenas.[10] Dessa forma, é provável que os sítios de Indaiatuba façam parte do mesmo contexto de ocupação.O último sítio, denominado Capivari-Mirim, foi descoberto em 2018. No local foram identificados instrumentos líticos feitos em quartzito, no que provavelmente foi um antigo acampamento de caça. Localizado próximo às margens do córrego Jacaré, afluente do rio Capivari-Mirim, esse sítio arqueológico é mais um testemunho da recorrente presença de grupos indígenas na região de Indaiatuba.[11]Colonização portuguesa e fundação do povoadoO processo efetivo de colonização portuguesa teve início a partir da segunda metade do século XVIII, quando a região começou a ser ocupada por fazendas de cana-de-açúcar, implementadas por Portugal como política de incentivo à produção de açúcar na capitania de São Paulo. Tal política foi inicialmente desenvolvida por Dom Luís Antônio de Souza Botelho e Mourão, também conhecido como Morgado de Mateus, governador da citada capitania entre 1765 e 1775. Dessa forma, vilas e povoados foram fundadas em um processo progressivo de interiorização da capitania paulista, visando evitar uma possível expansão espanhola sobre os territórios meridionais da América Portuguesa.[12]É incerta a data de fundação do povoado que daria origem à Indaiatuba, entretanto. De acordo com a tradição oral, o primeiro núcleo de povoação teria surgido em fins do século XVII (antes da fundação das primeiras fazendas de cana-de-açúcar, portanto), próximo ao local onde o córrego Barnabé desemboca no rio Jundiaí. O primeiro nome desse assentamento teria sido “Votura”, termo provavelmente de origem tupi. Apesar da virtual ausência de documentações históricas que confirmem o relato, memorialistas dão conta de uma grave epidemia de varíola nesse povoado em algum momento do século XVIII, o que teria motivado seu abandono. Com isso, um novo núcleo de povoamento teria surgido junto ao local onde hoje está situado o largo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária.

Os primeiros registros de um arraial chamado Indayatiba datam de 1768, cuja população praticava uma agricultura predominantemente de subsistência, com destaque para o milho e feijão. O nome do arraial derivaria dos extensos campos de palmeiras indaiá que existiam na região, sendo também observado o uso do topônimo Cocaes para designar a localidade.

Por conseguinte, esse povoado era inicialmente um bairro rural da Vila de Itu, rota de tropas para o sul da Colônia, passando pela vila de Sorocaba e seguindo em direção às vilas existentes nas capitanias de Mato Grosso e Goiás, onde eram exploradas diversas lavras de ouro durante esse período. Com isso, a localidade que daria origem ao atual município de Indaiatuba tornou-se um pouso habitual de tropeiros.

No fim do século XVIII e início do XIX, o povoado seguiu em expansão, com o surgimento de bairros rurais como Itaici e Piraí. Fazendas e engenhos de açúcar foram instalados próximas aos diversos córregos e rios do povoado e, ao redor destas, também o comércio interno que servia àquela população. Algumas fazendas desse período ainda podem ser observadas em Indaiatuba, como a Fazenda Engenho D’Água, próximo ao Córrego Barnabé. Construída em taipa-de-pilão, a sede provavelmente data de 1770, embora a referência documental mais antiga à respeito dessa fazenda – presente no “Livro de Registros de Terras da Freguezia de Indaiatuba” – seja da década de 1850.[14]Em 1813, Pedro Gonçalves Meira – considerado o fundador de Indaiatuba – doou terras para a construção de uma capela curada em honra à Nossa Senhora da Conceição, a qual posteriormente daria origem a atual Igreja Matriz. Posteriormente transformada em uma capela de devoção à Nossa Senhora da Candelária por Joaquim Gonçalves Bicudo, irmão de Pedro, essa edificação religiosa tornou-se um fator de atração para a localidade. Consequentemente, a partir dessa capela se daria a paulatina expansão urbana do arraial. Segundo os registros paroquiais, o primeiro pároco teria sido o padre Pedro Dias Pais Leme.[15]

Criação da freguesia de Indaiatuba e início do cultivo do café

Em 9 de dezembro de 1830, o então povoado de Cocaes foi elevado à condição de sede de uma das freguesias da Vila de Itu por decreto do então imperador Dom Pedro I, com o nome de Indaiatuba.

Essa data passou a ser comemorada como a data do aniversário da cidade. Por sua vez, em 24 de março de 1859, Indaiatuba seria elevada à condição de vila, ganhando autonomia política em relação a Itu, com sua própria Câmara de Vereadores.[12] Durante esse período, Indaiatuba já havia adquirido um traçado urbano quadriculado, típico da tradição racionalista observada em cidades portuguesas dos séculos XVIII e XIX, visível até hoje em seu centro histórico.[16]A partir da década de 1850, justamente durante o contexto que levou à emancipação política de Indaiatuba, o cultivo do café já havia substituído de forma definitiva a primazia da cultura do açúcar nas terras paulistas. Nesse sentido, a vila de Indaiatuba estava inserida em um processo mais amplo de expansão da cafeicultura, o qual gerou um crescimento econômico vertiginoso não só dos municípios da região (como Campinas, Itu e Jundiaí) mas de toda a província de São Paulo.[17] Por conseguinte, na antiga Fazenda Pau Preto foi instalada a primeira máquina a vapor de beneficiamento de café de Indaiatuba. Nota-se, portanto, que o crescimento do plantio de café – ainda que fundamentalmente pautada no trabalho escravo – gerava lucros altos, o que proporcionava investimentos em maquinário importado. Joaquim Emígdio de Campos Bicudo, proprietário da Fazenda Pau Preto, também investiu na construção de uma nova sede, seguindo o padrão arquitetônico de tijolos à vista, típico do contexto fabril inglês de fins do século XIX.[12] A prosperidade trazida pelo plantio do café era realizada a partir do trabalho escravo de brasileiros e africanos escravizados, contudo. Embora não fosse um dos principais centros escravocratas do interior paulista, entre os anos de 1871 e 1872 trabalhavam forçadamente nas fazendas e casas de Indaiatuba cerca de 1.611 pessoas, segundo os dados oficiais da Província de São Paulo[18]. Em 1885, o número total de negros escravizados em Indaiatuba tinha caído para 769, sendo 513 homens e 256 mulheres[19].A expansão da cafeicultura também gerou uma demanda por melhores rotas de transporte, uma vez que os antigos caminhos terrestres e fluviais já não comportavam o fluxo de pessoas e bens. Com isso, em novembro de 1872, foi inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Ytuana entre a estação Pimenta (localizada no bairro homônimo de Indaiatuba e primeira estação construída no município) e Jundiaí.[20] No ano seguinte iniciou-se a construção do trecho Itaici-Piracicaba, sendo posteriormente inauguradas mais duas estações: Itaici e Indaiatuba. De acordo com os registros históricos, a estação de Indaiatuba não foi construída pela Companhia Ytuana de Estradas de Ferro, mas pelo próprio município, através de doação de fundos organizada pela Câmara Municipal.[21] Embora provavelmente tenha existido uma estação de parada mais simples no local a partir de 1873, a estação ferroviária de Indaiatuba seria inaugurada de fato somente em 1880. Substituída por uma estação maior em 1911, a edificação original foi convertida em armazém da ferrovia. Atualmente, a primeira estação de Indaiatuba abriga uma oficina-escola de liuteria (produção de cordas de instrumentos musicais), enquanto na edificação de 1911 funciona o Museu Ferroviário. Já a estação de Itaici, localizada no distrito de mesmo nome, funcionou como um entrocamento de ramais ferroviários para Jundiaí, Piracicaba e Campinas até 1975, sendo permanentemente desativada em 1986.[22]Séculos XIX e XX: Crescimento econômico e demográfico do municípioA partir da segunda metade do século XIX, Indaiatuba também recebeu muitos imigrantes da Suíça, Alemanha, Itália, Espanha, Croácia e, já no século XX, imigrantes do Japão. Parte de uma política imperial e provincial mais ampla de incentivo à imigração europeia, tal processo acabou por transformar de forma significativa as relações de trabalho no contexto rural brasileiro. Em um primeiro momento, os imigrantes deslocados para Indaiatuba foram empregados nas fazendas de café, embora muitos eventualmente tornaram-se proprietários de terras. Um exemplo claro desse processo se deu com a fundação da Colônia Helvétia em 1888, após quatro famílias imigrantes suíças comprarem as terras dos sítios Capivari-Mirim e Serra d’Água.[23] O crescimento econômico da colônia, também pautado no cultivo comercial do café, assegurou sua continuidade até os dias atuais, sendo nela realizada anualmente a Festa da Tradição no Dia da Fundação da Suíça.[14]Localizada em terras próximas à divisa municipal entre Campinas e Indaiatuba, a Colônia Helvétia também recebeu uma estação ferroviária da Sorocabana – apropriadamente batizada de Estação Helvétia – a partir de 1914.[24] Essa estação, assim como Francisco Quirino, inaugurada em 1919, fazia parte do chamado ramal de Campinas, linha férrea que ligava Mairinque até esse município. Dessa forma, em um momento em que o transporte ferroviário ainda era o meio mais eficiente de deslocamento de mercadorias e pessoas pelo interior paulista, Indaiatuba acabou por se tornar um ponto de convergência de linhas férreas.O crescimento econômico e demográfico de Indaiatuba nesse período fez com que fosse elevada à condição de cidade em 19 de dezembro de 1906, através da Lei Estadual n.º 1.038.[12] Nessa época, o município já contava com um sistema público de abastecimento de água, rede de iluminação elétrica e um código de posturas. Nas décadas seguintes, os efeitos econômicos negativos gerados pelas quedas no preço do café prejudicariam o crescimento de Indaiatuba, contudo. Apesar das fazendas locais também produzirem comercialmente outros cultivares, tais como batata e milho, a característica essencialmente agrícola da economia indaiatubense fez com que o desenvolvimento urbano do município se desse de forma mais lenta, quando comparada a outros centros.[14]Segundo consta, em 1933, data em que foi inaugurado o Hospital Augusto de Oliveira Camargo, Indaiatuba contava com cerca de 3 mil habitantes. Também da primeira metade do século XX, datam as profundas reformas realizadas na Igreja Matriz, projeto do arquiteto Cezare Zoppi, responsável também pelo projeto e execução da igreja São Benedito, a casa paroquial e várias outras edificações da época. Em 1950, Indaiatuba já havia alcançado uma população de 11 253 habitantes. Quatorze anos depois, em 1964, já eram 22 928 habitantes, crescimento pautado principalmente na expansão da indústria e de serviços. Desde então, o crescimento demográfico de Indaiatuba foi uma constante, alcançando 92.700 habitantes em 1991, 146.829 em 2000 e, finalmente, 251.627 em estimativa do IBGE para o ano de 2019.[25]Sendo uma cidade que tem suas origens no período colonial brasileiro, contando também com sítios arqueológicos que remontam a tempos ainda mais antigos, Indaiatuba possui diversos bens tombados por sua significância histórica, tanto em escala municipal[26] quanto estadual.[27] São eles:Fazenda Engenho d’Água, edificação com paredes de taipa-de-pilão, construída em meados do século XVIII, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Casa Paroquial, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Casarão do Pau Preto, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Busto de Dom José de Camargo Barros, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Edificações do Hospital Augusto de Oliveira Camargo, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Caixa d’água, remanescente do terreiro de café pertencente ao Casarão do Pau Preto, tombada em 2008 pelo Conselho Municipal de Preservação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;Fazenda Santa Gertrudes, exemplar íntegro da produção cafeeira do final do século XIX, localizada nos municípios de Indaiatuba e Itupeva. Tombada em 2014 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.EconomiaComércioNa década de 1930, a dependência comercial de Indaiatuba era muito grande, pois, para a obtenção de grande parte das mercadorias e serviços existentes, seus moradores tinham que recorrer a cidades como Campinas e Itu. Com o desenvolvimento industrial e o crescimento populacional que foi se processando na década de 1970, a sociedade atingiu níveis financeiros maiores, o que aumentou a demanda por serviços e mercadorias. Nesse período, a concentração comercial era praticamente no centro da cidade. Entretanto, com o surgimento de novos núcleos habitacionais e a formação de outros bairros, o comércio foi se expandindo e descentralizando-se. É o caso, por exemplo, dos polos comerciais da Cidade Nova, Cecap (Núcleo Habitacional Brigadeiro Faria Lima) e Jardim Morada do Sol, que com sua expansão, também vêm se unindo ao comércio de outros bairros.A cidade deixava gradualmente sua tradição agrária e começava a se inserir num contexto urbano, condicionando sua população a uma mudança de valores e costumes levados por um mercado representativo e atrativo, alguns segmentos comerciais, que atuavam em outras cidades com suas redes de lojas, vieram se instalar em Indaiatuba. No final da década de 1970 e início da de 80, devido à falta de concorrência em alguns segmentos comerciais, muitos consumidores iam buscar em outras cidades, como Campinas, produtos oferecidos na cidade. Mas atualmente a realidade é outra.IndústriaO município vem aumentando seu polo industrial nos últimos anos, principalmente devido à vinda de grandes empresas de outras cidades do estado de São Paulo.Indaiatuba possui grandes empresas do setor automotivo como a Toyota Motor do Brasil e o campo de provas da General Motors e da Honda, além das unidades fabris da John Deere, Unilever, Mann+Hummel (Filtros Mann), Yanmar do Brasil, Agritech Lavrale, BASF, Plastek do Brasil, SEW Eurodrive do Brasil, entre outras, que criaram vários empregos na cidade.A partir de 1920, começaram a se instalar, no município, as primeiras unidades industriais.Entre os anos de 1930 e 1945, instalaram-se diversas indústrias de transformação de madeira, teve destaque especial a indústria de cabos de guarda-chuva, cuja produção era vendida para todo o país. Após 1945, instalaram-se e tiveram expansão no município as indústrias têxteis.Na década de 1960, o município recebeu grandes indústrias mecânicas e metalúrgicas. Em 1980, estavam instaladas 422 indústrias no município.Como muitas outras cidades da região, antes da década de 1970, Indaiatuba era uma cidade de predominância rural e provavelmente não imaginava o papel que iria representar no contexto econômico nacional. Atualmente, a realidade é bastante diferente daquela que se apresentava há 25 anos.O grande salto em busca do desenvolvimento de Indaiatuba foi dado com a criação do Distrito Industrial de Indaiatuba em agosto de 1973, no governo do prefeito Romeu Zerbini, que criou no ano seguinte uma lei de incentivos às indústrias que se instalassem no município. Em 1970 havia 37 indústrias em atividade na cidade e esse número subiu para 75 em 1975.As condições para o progresso da cidade seriam favorecidas pelo seu potencial energético; sua localização em relação aos grandes centros industriais e comerciais; as opções de vias de acesso a outras cidades, o que facilitava o escoamento de sua produção e suas relações comerciais. Na década de 1970, a cidade começou a receber grande número de migrantes e a demarcação da área do Distrito Industrial teve que sofrer algumas mudanças, para ceder espaço à ampliação residencial que foi se processando com esse fluxo migratório. Os conjuntos habitacionais do Cecap, por exemplo, surgiram dessas mudanças.Em 1974, foi fundada a Associação das Indústrias do Município de Indaiatuba (Aimi) e, nesse período, alguns empresários começaram a reivindicar a criação de uma unidade do Serviço Nacional da Indústria (SENAI) na cidade, pois a maior parte da formação profissional dos moradores de Indaiatuba era feita no SENAI de Itu.Essa deficiência começou a ser sanada com a criação da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC), em 1985 e a introdução do primeiro curso técnico de mecânica em 1986.AgriculturaNo século XIX, tinham maior importância econômica a cultura de cana-de-açúcar e, a partir da segunda metade do século XIX, também a do café.A década de 1950 assistiu a emergência da cultura do tomate, sobretudo em função da fixação de famílias japonesas no município. O município foi durante muito tempo, predominantemente produtor de café, algodão e batata. Nos últimos anos as culturas permanentes, notadamente a fruticultura, vêm aumentando progressivamente a sua produção em relação às culturas temporárias, a exemplo da uva, abacate, caqui, goiaba e maracujá.[34]A uva é a principal cultura agrícola do município, um dos maiores produtores estaduais, sendo o 6º maior produtor. Com uma área de 620 hectares destinados a plantação de uva e produção de 7 440 toneladas em 2013, o município complementa o abastecimento no estado de São Paulo. E na agricultura temporária se destaca a cana-de-açúcar, com uma produção de 214 400 toneladas em 2013.[35]PecuáriaA pecuária não tem grande importância para o município. A cidade possui propriedades rurais voltadas a avicultura e a criação de bovinos, suínos e equinos em uma quantidade não muito expressiva.EducaçãoEducação básicaSegundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,[36] Indaiatuba, no ano de 2009, contava com:60 escolas de ensino infantil (sendo 27 municipais e 33 privadas)71 escolas de ensino fundamental (sendo 24 estaduais, 28 municipais e 22 privadas);27 escolas de ensino médio (sendo 15 estaduais e 12 privadas);Ensino médioEscola Estadual Profª Annunziatta Leonilda Virginelli Prado (Annunziatta) — pública;Escola Estadual Randolfo Moreira Fernandes (Randolfo) — pública;Escola Estadual Dom José de Camargo Barros (Dom José) — pública;Escola Estadual Suzana Benedicta Gigo Ayres (Suzana) — pública;Escola Estadual Profª. Maria de Lourdes Stipp Steffen - pública;Escola Estadual Prof° Antônio de Pádua Prado - pública;Além destas tradicionais escolas públicas, a cidade conta com outras unidades de ensino tanto da rede estadual como das instituições particulares de ensino, que oferecem o Ensino Médio a sua população.Ensino técnicoEscola Técnica Santos Dumont - Privada;Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC) — pública;Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) — privada;Centro Metropolitano de Ensino Profissional (CEMEP) — privada;Colégio Barão de Mauá — privada;Associação Cristã de Educação e Cultura - Meu Colégio - privadaEnsino superiorFaculdade Anhanguera de Indaiatuba — privada;Centro Universitário Max Planck — privada;Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba (FATEC) - Centro Paula Souza — pública;Pós-graduaçãoFaculdade Anhanguera de Indaiatuba — privada;Centro Universitário Max Planck — privada;Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba — pública;Instituto Educacional Luiz Flávio Gomes (LFG) — privada;Instituto Brasileiro de Formação de Educadores (IBFE) - privada.TransporteAeroportoO Aeroporto Internacional de Viracopos, fica a 10 km da cidade sede do município de Indaiatuba , com fácil acesso pela SP-75. Existem linhas de ônibus metropolitanas que fazem esse trajeto, saindo da Rodoviária de Indaiatuba direto para Viracopos e vice-versa.RodoviasA principal rodovia de acesso ao município é a Rodovia Engº Ermênio de Oliveira Penteado,[37] (SP-75), que, por meio de ligações com outras vias importantes, como Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), Rodovia Castello Branco (SP-280), Rodovia Anhanguera (SP-330), e Rodovia do Açúcar (SP-308), alcança os principais pólos econômicos do estado. O município também conta com a Rodovia Lix da Cunha (Estrada Velha de Campinas) e outras estradas vicinais para o acesso aos municípios vizinhos.FerroviasO principal acesso ferroviário ao município é a Variante Boa Vista-Guaianã da antiga Fepasa, que liga Indaiatuba às cidades de Campinas e Mairinque, sendo responsável pelo escoamento de soja, café, açúcar e minérios e possuindo um dos maiores movimentos ferroviários do Brasil. A variante faz parte do Corredor de Exportação Araguari-Santos e se encontra atualmente sob concessão da Rumo Logística. No entanto, nunca recebeu trens de passageiros desde a época de sua inauguração.[38][39]No passado, Indaiatuba possuía um entroncamento ferroviário entre o Ramal de Campinas e o Ramal de Piracicaba e um segundo entroncamento entre este último ramal e o Ramal de Jundiaí, todos originários da antiga Companhia Ytuana de Estradas de Ferro e pertencentes à antiga Estrada de Ferro Sorocabana. O primeiro entroncamento ocorria no bairro de Itaici, onde possibilitava baldeações entre os passageiros que ali desembarcavam dos trens. O segundo ocorria na Estação Francisco Quirino, onde novamente possibilitava baldeações entre ambos. O Ramal de Jundiaí foi totalmente desativado e suprimido pela própria Sorocabana no ano de 1970.[40]Sob a administração da Fepasa, foram realizadas inúmeras modificações de linhas e ramais e iniciou-se a construção da Variante Boa Vista-Guaianã, o que aos poucos, foram desativando o transporte de passageiros e de cargas em ambos os ramais. O Ramal de Campinas foi desativado localmente para cargas e passageiros no final dos anos 1980, sendo posteriormente erradicado. No entanto, a Estação de Pimenta, pertencente ao antigo ramal foi incorporada a então nova variante da Fepasa, sendo a única que teve o seu leito ferroviário mantido. O Ramal de Piracicaba foi desativado para passageiros em 1977 e para cargas em 1990, quando circularam os últimos trens. Em 1991, os trilhos deste também foram retirados da cidade.[41][42]ComunicaçõesA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973,[43] quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[44] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[45] para suas operações de telefonia fixa.EsporteO Esporte Clube Primavera está de volta à disputa do Campeonato Paulista da Série A2 após 34 anos distante. A última vez que o time de Indaiatuba esteve na divisão de acesso à elite estadual foi em 1987. Na sua melhor campanha da história do torneio, o time superou o Votuporanguense na semifinal do Paulistão A3, por 1 a 0, em Votuporanga e chegou à final. Agora a disputa é pelo título inédito da divisão para a equipe que já venceu o equivalente à quarta e ao quinto escalão estadual.Fundado em 1927, mas em disputas de competições oficiais da FPF desde 1952, o Primavera é o maior vencedor do que atualmente é a Segunda Divisão do futebol de São Paulo, equivalente ao quarto escalão. Venceu as edições de 1977, 1995 e recentemente, em 2018, quando retornou à Série A3. Ainda foi campeão da B2, equivalente à quinta divisão, em 2001.Com pelo menos o vice-campeonato garantido, essa já é a melhor campanha da história do clube na Série A3. Antes disso, o melhor desempenho havia sido em 1981, quando ficou na quinta posição, conseguiu o acesso à Série A2 da época, onde ficou até 1987. Nestes mais de 30 anos distantes da Série A2, o melhor rendimento dos indaiatubanos foi em 2015, quando chegou até o quadrangular semifinal e ficou em sétimo na classificação geral.Além do futebol, a cidade ainda se destaca no ciclismo, atletismo, natação, motocross, luta de braço, bicicross, futsal, futebol amador, handebol, futebol americano e rugby com equipes formadas por colégios, clubes e pela Secretaria Municipal de Esportes, disputando campeonatos em nível local, regional, estadual, nacional e internacional, inclusive sediando diversas competições nestes níveis. A cidade conta também com inúmeros campos de pólo hípico, sendo um cenário de destaque deste esporte no Brasil e no mundo.

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