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Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre em História - UFSC
200108/04/2024 06:10:46

las, primeiramente, nas latitudes correspondentes às terras coloniaisespanholas da América. Assim, tudo parecia apontar para os sertões de Porto Seguro. Os ínfimos resultados de uma série de explorações realizadas durante os séculos XVI e XVII no rumo indicadonão estimularam novas expedições na busca de riquezas mineraisem solo brasileiro. Havia, assim, motivos para acreditar que as riquezas minerais estavam, por vontade divina, reservadas aoscastelhanos.

Embora os cronistas da segunda metade do século XVI tenham dado como possível a existência de jazidas de diamantes no Brasil, apenas por volta de 1727 notícias seguras a respeito começaram a surgir25. Na América espanhola, pelo contrário, o encontrode jazidas minerais ocorreu rapidamente". Este fato favoreceu aaplicação de volumosos investimentos da Coroa espanhola na organização do império colonial e prontificou os conquistadores acontinuarem a exploração da América espanhola. Fomentou, igualmente, a crença de que Deus reservara aos espanhóis o encontrodo El Dorado, local paradisíaco, repleto de riquezas e bemaventuranças.

É possível apontarmos um mito da conquista cuja difusão nocontinente americano esteve a cargo dos portugueses e, do Brasil,expandiu-se para o Paraguai, Peru e o Prata. Não foi novidade paraos portugueses a lenda da pregação de São Tomé na Índia, largamente difundida e mencionada em muitos escritos medievais, comoos de Marco Polo. Além disso, essa lenda era imemorial no Extremo Oriente, quando atingido, no século XV, pelas naus de Vasco daGama. O que poderia ter surpreendido os lusitanos era a extensãodo culto, presente entre os índios americanos. De acordo com aspalavras de Sérgio Buarque de Holanda:

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus emterras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova GazetaAlemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos naviosarmados por D. Nunes Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo [...] contava a existência naquela costa de uma gente muito boa e livre condição, gentesem lei, nem rei, a não ser que honram entre si os velhos. Contudo, atéàquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardamemória entre os naturais. "Eles têm recordação de São Tomé", diz otexto. E adianta:

"Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas deSão Tomé no interior do país Indicam também que têm cruzes pelaterra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deuspequeno, mas que havia outro Deus maior. No país chamamfreqüentemente a seus filhos Tomé".

Nos séculos XV e XVI se especulava sobre uma ligação porterra entre a América e a Ásia, originária das velhas concepções deCristóvão Colombo. Circulava, igualmente, a idéia de que a pregação de São Tomé se estendera à América e ao Brasil. Salientando,novamente, as idéias de Sérgio Buarque de Holanda:Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar [apresença de São Tomé] encontradas em várias partes da costa. Simão deVasconcellos, por exemplo, refere-nos como os viu em cinco lugaresdiferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baíade Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra;em Itajunl, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Parnaíba.A uma das pegadas mostradas na Bahia, de que dá conta Vasconcellos,referiu-se provavelmente o Padre Manoel da Nóbrega, onde escreveu,em carta de 1549, que `[...] sus pisadas están sendadas cabo a un rio, losquales yo fuy a ver por más certeza dela verdad, y vi con los propriosojos quatro pisadas muy sefialadas con sus dedos[...]". Segundo osíndios, quando o santo deixou aquelas pisadas, ia fugindo dos índiosque o queriam flechar, e lá chegando, abriu-se o rio à sua passagem, e elecaminhou por seu leito a pé enxuto, até chegar à outra margem, ondefoi à Índian.Parece claro que muitas menções à presença de São Tomé naen América se devem, sobretudo, à colaboração dos missionários católicos, onde incrustaram-se tradições cristãs em crenças origináriascrdos índios. Parece claro também que a presença das pegadas deCL: São Tomé na América foi associada à passagem de algum herói [Páginas 9 e 10 do pdf]
*Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre em História - UFSC

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Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202
Os ricos fazem campanha contra as drogas e falam sobre o poder destrutivo dela. Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro com o álcool que é vendido na favela.

*Raio-x do Brasil


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